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21/11/2024
 

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HNSG sofre com crise financeira e ameaças de greve

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Sinara Dutra

A situação do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) continua crítica. Com dívidas que chegam ao montante de R$ 100 milhões, ameaças de greve por parte de funcionários, e setores de atendimento especializado sem funcionar, a instituição precisa de intervenções drásticas para evitar problemas ainda mais graves.

Luis Possebon, recém empossado como presidente da Associação Beneficente de Canoas (ABC), mantenedora do HNSG, falou com o Timoneiro sobre a crise enfrentada pela instituição. “Quero ser um instrumento de esperança e solução para o HNSG”, afirma Possebon. Segundo o novo presidente da ABC, o problema do hospital é de uma dimensão muito grande. Ainda, de acordo ele, todos sabem que a crise na Saúde não ocorre apenas em Canoas. “Se não tivermos cuidado com o HNSG, fatalmente ele poderá fechar. Mas sou otimista, ainda tenho esperança de uma solução”, afirma Luis.

Estado de Greve

Apenas um dia após ter assumido como presidente da ABC, Possebon foi surpreendido com a divulgação realizada pelo Sindisaúde-RS, na sexta-feira, 17, de que os funcionários do hospital entrariam em estado de greve. “Acho que isso não contribui com nada. Greve não é solução. O sindicato sabe da atual situação do hospital. Não me preocupo com isso por que acho que faltou legitimidade nessa atitude. Esperava diálogo com o sindicato e não ameaças de greve”, afirma Possebon.
O Sindisaúde-RS justifica que os funcionários decidiram pelo estado de greve devido ao atraso no pagamento de salários ocorrido no mês de fevereiro, atrasos no pagamento de férias e relatos de assédio moral no ambiente de trabalho.

Salários dos médicos

De acordo com Luis Possebon, os vencimentos do corpo clínico ainda não estão regularizados. “Agora nós vamos pegar equipe por equipe para tentar solucionar. A ideia é pagar em dia os próximos meses e negociar os atrasados”, afirma o presidente da ABC.

Por conta da manutenção do impasse no pagamento de salários, algumas especialidades ainda estão paralisadas no hospital. O diretor técnico do HNSG, Marco Antônio Figueiró, afirma que os atendimentos de Neurologia e Traumatologia não estão ocorrendo. Apenas situações de urgência e emergência estão sendo contempladas.

Condições de trabalho

Além de atrasos de pagamentos, a condição de trabalho também é um problema relatado pelo corpo clínico do Graças. A afirmação foi divulgada, em nota, pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que esteve reunido na terça-feira, 21, com a equipe técnica do Hospital Nossa Senhora das Graças.

De acordo com o Simers, os médicos rotineiros e plantonistas estão sobrecarregados. “Cinco médicos, sendo que um está em férias, atendem as demandas diárias, quando o ideal seriam nove profissionais”, afirma o sindicato. Médicos que integram os programas de Residência Médica também relatam problemas na estrutura física do hospital. Entre os apontamentos, a sala cirúrgica em número e condições inadequadas para a demanda, com recorrente falta de materiais cirúrgicos para a realização de procedimentos, além da falta de investimento em material didático e rede de computadores com acesso online aos portais médicos-científicos, indispensável aos médicos em formação.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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