Conecte-se conosco

header-top

 






 

18/10/2024
 

Destaques

Entenda os principais pontos do polêmico pacote do governo Sartori

Medidas, que incluem a extinção da TVE e da Metroplan, dependem de aprovação do Legislativo

Avatar

Publicado

em

Governador José Ivo Sartori (PMDB). Foto: Luiz Chaves/Palacio Piratini

Governador José Ivo Sartori (PMDB). Foto: Luiz Chaves/Palacio Piratini

Na segunda-feira, 21, o governador José Ivo Sartori (PMDB) anunciou um pacote de medidas que já causava polêmica antes mesmo de ser oficializado. Tanto a grande imprensa regional quanto diversas páginas independentes nas redes sociais já davam como certa a proposta de extinção da Fundação Cultural Piratini (FCP-TVE), mantenedora da TVE e da FM Cultura. No entanto, o conjunto de ações propostas pelo governo propõe o fim de várias outras instituições, como a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regionalização Administrativa e dos Recursos Humanos (Metroplan) e a Fundação Zoobotânica. Além disso, a administração estadual pretende privatizar uma série de empresas públicas e mexer na forma de pagamento do funcionalismo, além de aumentar o tempo de trabalho para aposentadoria de algumas categorias. A Secretaria Estadual da Fazenda afirma que o pacote, se aprovado na Assembleia Legislativa, pode gerar um ganho real de R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos.

Demissões e déficit

De acordo com o governo do Estado, o pacote deve ocasionar entre 1,1 e 1,2 mil demissões, que vão abranger funcionários efetivos e cargos em comissão. Sabendo do impacto negativo para a imagem da administração, a equipe do Palácio Piratini justificou a necessidade de enxugamento da máquina pública dizendo que o Rio Grande do Sul deve fechar 2016 com um déficit de R$ 2,359 bilhões. Ainda de acordo com o governo, caso as medidas e, consequentemente, as demissões não sejam aprovadas pela Assembleia Legislativa, o déficit acumulado chegará a até R$ 5,194 bilhões em 2017 e a R$ 8,822 bilhões em 2018.

Diminuição de secretarias

Uma das mudanças mais evidentes do pacote é a diminuição de secretarias estaduais, que passam de 20 para 17, o que será possível com a realização de fusões. A unificação da Secretaria-Geral do Governo e da Secretaria do Planejamento dá origem à Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão. A fusão entre a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos e a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social forma a Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho e Justiça. Já a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer se funde com a Secretaria da Cultura e resulta na Secretaria da Cultura, Turismo e Esporte.

Autarquias

As propostas atingem também as autarquias. Segundo o governo, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento deve se tornar o Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), que será integrado à estrutura da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Enquanto isso, a Superintendência de Portos e Hidrovias deve ser extinta.

Fundações extintas

Além das já citadas Fundação Cultural Piratini, Fundação Zoobotânica e Metroplan, o governo também pretende extinguir: Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) e Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF).

Companhias estatais

As mudanças geradas pelo pacote devem abranger também as companhias estatais. Pela proposta, a Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag) deve ser extinta. Enquanto isso, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) deverão ser privatizadas ou federalizadas.

TVE

Embora o governo afirme que as concessões da TVE e da FM Cultura continuam em vigor e que as emissoras de televisão e rádio não serão fechadas com a extinção da Fundação Piratini, foi confirmado que a intenção é desligar os funcionários. Assim como os que trabalham para as demais fundações que podem estar com os dias contados, eles trabalham sob o regime CLT, o que abre espaço para as demissões. No entanto, não foi explicado com que mão-de-obra as emissoras funcionarão se o pacote for aprovado pelos deputados estaduais.

O fim desta fundação tem gerado um forte movimento contrário nas redes sociais, formado não apenas pelos próprios funcionários, mas também por muitos espectadores e simpatizantes do modelo de conteúdo produzido.

Jardim Zoológico

A extinção da Fundação Zoobotânica tem sido ventilada em várias ocasiões nos últimos anos. No entanto, além da lógica preocupação com as demissões, outra dúvida que sempre pairou foi o destino que seria dado a espaços como o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico. O governo estadual afirma que eles não serão extintos e, embora seja vago na explicação, aponta qual pode ser o destino destes locais. “O gerenciamento inicial será feito pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que buscará parcerias para qualificar os serviços, preservando-os como patrimônio ambiental do Estado”, diz a justificativa publicada no site oficial do governo.

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaques

Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

Publicado

em

Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

Continuar a ler

Destaques

Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

Publicado

em

Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

Continuar a ler

Destaques

DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

Publicado

em

DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

Continuar a ler
publicidade

Destaques

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm