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17/09/2025
 

Comunidade

Ladrões roubam professora dentro de sala de aula no Guajuviras

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Escola Carlos Drummont de Andrade é vítima de frequentes roubos. Foto: Bruno Lara/OT.

Escola Carlos Drummont de Andrade é vítima de frequentes roubos. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara

 

O dia começou como outro qualquer na quarta-feira, 14, para Caroline Andréa Raimundo, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Carlos Drummond De Andrade e que atua há 14 anos no Município. Porém, um roubo quebrou a sua rotina.

“A sala 2 estava fechada, porta e janela. Estávamos em uma atividade da Semana Farroupilha, em outra sala, todos deixaram material lá. Quando voltei estava sem carteira e sem dinheiro. Eles entraram pela janela. Não levaram material dos alunos”, relata a professora que viu sua sala de aula arrombada e seus pertences roubados. “Esperava isso na rua, jamais dentro de uma escola”, desabafa. “A gente não tem apoio de nada e nem de ninguém”, critica.

A direção da escola entrou em contato com a Guarda Municipal, responsável por cuidar do patrimônio público, que ainda este ano recebeu poder de polícia e agora circula com arma de fogo. “Quando percebi a situação, a Guarda foi acionada e encontrei dois adolescentes estranhos no pátio da escola que, ao serem abordados, pularam o muro”, relata a vice-diretora Ana Lúcia Catelan. Segundo ela, os suspeitos frequentam a frente da escola nos horários de entrada e saída das turmas. “Quando abordados, disseram que queriam apenas comer merenda. Os convidei para ir até o refeitório e eles então saíram correndo”, complementa.

Os Guardas chegaram a localizar os suspeitos, mas voltaram desolados para a sala onde a reportagem de OT conversava com as envolvidas e afirmaram que seu superior os orientou a não revistar ninguém. “A gente tentou muito, me desculpem, mas não deu”, relatou um dos guardas.

 

Problema reincidente

A volta do feriado de 7 de Setembro não foi muito diferente. Segundo a vice, o refeitório e outras estruturas estavam arrombados. “Toda semana a gente é visitada por eles, que levam as lâmpadas e arrombam armários dos professores. Pessoas de fora pulam o muro e fazem o afrontamento com a direção. Até com ameaças”, relata ela. “Vou chamar o meu irmão para fazer uns barulhos aí na frente”, foi uma das ameaças que recebeu.

Em seu entendimento, o problema começou após a retirada dos guardas das escolas desde o início deste ano letivo. “Desde que a gente ficou sem portaria, a gente vem sofrendo pequenos delitos. Todas as salas têm nove lâmpadas. De lá para cá, de 2015, levaram tudo. Isso não acontecia com os guardas”, aponta.

Uma mãe da comunidade presente na escola na hora do ocorrido diz que pediu ajuda na Secretaria Municipal de Educação (SME) e recebeu uma negativa como resposta à reposição de guardas. “Tenho medo de deixar minha filha na escola. Ela é a segunda geração na escola e a única com problemas. Propus de trazer ela na entrada, buscar no intervalo e trazê-la de novo para a aula. Buscaria na saída”, diz a mãe que busca soluções para driblar a violência.

 

Fogueira em sala de aula

Para a funcionária Raquel Romano, que está na escola há um ano e oito meses, esta não é a primeiro e nem a pior das situações.  “Desde que a Prefeitura tirou os guardas, quem dá o respaldo na segurança somos nós da limpeza”, conta ela que, em junho, recebeu orientação para saírem dos portões que não são mais cuidados por ninguém.

“Fui várias vezes ameaçada. Pulam o muro e querem ficar misturados com os alunos. Várias vezes bati de porta em porta avisando que tinham meliantes no pátio para não mandarem as meninas para o banheiro. Eles quebram portas, janelas, invadem as salas no final de semana e feriados. No ano passado, colocaram fogo em cadernos em uma sala de aula e fizeram uma fogueira. O parquet está queimado até hoje”, conta. O problema, em sua opinião, se resolveria se os guardas voltassem para as escolas. “Precisamos que coloque guardas de volta as escolas”, conclui.

 

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.

O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.

Podem solicitar o benefício as famílias que:

  • Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
  • Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
  • Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
  • Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.

Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,

“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.

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Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.

Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.

O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.

As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.

O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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