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27/07/2024
 

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Sargento Maurício: Morre o herói, nasce a lenda

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A nova geração da rua José Bonifácio ouvirá falar de um homem. O maior colorado do mundo. O sargento dos bombeiros. Um daqueles que faz de tudo para ajudar alguém que gosta e é destemido o baste para fazer o mesmo por alguém que nem conhecia.

A história de um homem que percorria as ruas de onde quer que seja e era cumprimentado, respeitado. Que cultivou amizades desde o tempo do colégio. Que trazia felicidade. Que deixou saudades.

Perdemos o nosso herói. Ganhamos uma lenda.

Não será a história do brigadiano que é abraçado por sua comunidade pelo trabalho que sempre honrou. Não só isso. É a do pai de família exemplar que criou quatro filhos com honra, sem deixar que nada faltasse. Pelo contrário. Nada nunca faltou. É a do amigo que subia a lomba com um sorriso no rosto. É a do vizinho sempre presente.

Talvez essa seja a pior dor. A dor da saudade. Os amigos dos familiares conhecem aí outra dor: a impotência. Nada que se faça ou diga é capaz de confortar.

A grande verdade é que os filhos de seus filhos ouvirão as histórias do avô e sentiram saudades mesmo sem conhecê-lo. Vão saber por seus pais como era entrar no Corpo de Bombeiros para jogar sinuca. Como ele fazia o churrasco. Que a camisa favorita era a antiga do colorado, assinada pelo Fernandão. Saberão que devem seguir o caminho certo, pois foi assim que se criou seu exemplo.

Saberão que em um sábado a maior avenida da cidade ficou completamente intransitável. Seu corpo era levado pelos carros dos bombeiros, acompanhado de uma interminável fila de carros. O maior cortejo que essa cidade já viu, digo sem medo de errar. A sirene anunciou a despedida de seu herói.

Prefiro pensar que a sua missão agora mudou. Em terra protegeu, educou, criou, foi um gigante. Mas foi chamado para um patamar maior. Para cuidar de todos lá de cima. Para fiscalizar o jogo. A insegurança chegou até nós e levou consigo um dos melhores. Mas ele, onde quer que esteja agora, nos ajudará a mudar essa realidade. Precisa ajudar. Nos deu a gana necessária para acreditar que algo precisa mudar. Algo precisa e vai ser feito.

Agora é a hora da virada. O marco de uma nova fase. O momento que meninos viram homens, que os caminhos se acertam, que os próximos ficam ainda mais próximos. Uma perda irreparável. Uma saudade angustiante. Um dia que todos irão lembrar como o de partida de um dos nossos.  De um dos melhores dos nossos.

 

Onde quer que esteja Sargento Maurício,

Saudações coloradas!

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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