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07/09/2024
 

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RECOLHIMENTO DE LIXO: Falta de contêineres incomoda moradores na Doutor Barcelos

Em 2011 a Prefeitura prometeu que equipamentos estariam dispostos a cada 100 metros

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Émerson Vasconcelos

Moradores e comerciantes da rua Dr. Barcelos têm reclamado da falta de contêineres de recolhimento de lixo em boa parte da via. A promessa, feita em 2011 pela Prefeitura, era de que haveria um par de equipamentos a cada 100 metros nas áreas de abrangência deste modelo de coleta, o que, pelo menos neste ponto da cidade, não tem se confirmado.

Ouça o trecho do programa OT Notícias sobre o assunto:


Quando a administração municipal divulgou que o novo sistema começaria a funcionar, informou que o sistema contaria com 430 equipamentos, inicialmente na área delimitada pela avenida Guilherme Schell, ruas São Paulo, Porto Alegre e continuação da Brasil até Araçá, no lado oeste. No leste, seriam afetados os bairros Nossa Senhora das Graças, Marechal Rondon e Jardim do Lago. A abrangência definitiva ainda estava sendo avaliada pela Prefeitura, mas esperava-se por uma cobertura maior e não por um encolhimento.
Vale ressaltar que o sistema encontrou muita resistência antes de sua implantação e jamais foi unanimidade entre os canoenses. Nas áreas onde a coleta automatizada foi implantada, as pessoas não puderam mais deixar o lixo nas suas lixeiras, que precisaram ser retiradas.
A falta de contêineres não foi o primeiro problema detectado nesta forma de recolhimento de lixo. O primeiro transtorno causado foi a distribuição indiscriminada dos equipamentos, que em vários locais, onde não era possível colocá-los na via, ficavam em cima da calçada, atrapalhando o trânsito de pedestres e inviabilizando a locomoção de cadeirantes.
Outro problema recorrente relacionado aos contêineres é relacionado à facilidade de se violar seu conteúdo. Por armazenarem grandes quantidades de resíduos, os equipamentos voltados a lixo seco acabam sendo adentrados por catadores que em várias ocasiões jogam no chão aquilo que julgam não servir para reciclagem.
Antes dos contêineres, se o lixeiro não passava por vários dias, as pessoas tinham por hábito armazenar seu lixo em sacolas dentro do pátio, em recipientes fechados, até que se normalizasse a situação. No entanto, no final do ano de 2014, quando a Prefeitura rompeu o contrato com a empresa Revita, ocorreu uma destas situações, e a cidade presenciou um caos. As pessoas não pararam de lotar os contêineres e nem podiam recolher seu lixo para algum lugar em seus pátios, já que ninguém sabe qual é seu depois de misturado nos recipientes. Problema este, de demora no recolhimento, que alguns bairros voltam a enfrentar.

O que diz a Prefeitura
Questionada, a Prefeitura de Canoas informou que “a instalação dos contêineres segue, por regra, a distância de 100m entre si, entretanto, em muitos casos, algumas variáveis impedem que a referida distância seja seguida”. Trechos como proibido estacionar, entradas e saídas de veículos e estabelecimentos que vendem alimentos seriam “algumas das variáveis que impossibilitam que seja mantida esta distância”. Segundo a nota, atualmente a cidade conta com 439 contêineres e estuda a viabilidade técnica da expansão do serviço.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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