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Jairo Jorge oficializa apoio à Beth Colombo e Busato entra no jogo
Eleições municipais de 2016 já estão acirradas e partidos já apresentam seus pré-candidatos
Bruno Lara
Até o momento, o nome do deputado federal Luiz Carlos Busato (PTB) era apenas especulação de jornalistas e simpatizantes. Nelsinho Metalúrgio (PT), deputado estadual, era o nome do partido para a sucessão de Jairo Jorge (PT). Porém, com a surpreendente atitude do prefeito de Canoas, na sexta-feira, 11, de oficializar o apoio a sua vice – até com flores – mexeu com os ânimos da base aliada que, segundo os mesmos, não foram sequer consultados sobre essa atitude e a esperavam uma posição apenas em meados de fevereiro do próximo ano.
Em oposição ao ato, e já se preparando para o próximo pleito, na noite deste domingo último, dia 13, vereadores e executivos do PMDB, PDT e PTB se reuniram em um jantar – nem tanto formal – com seu nome em 2016, o deputado federal Luiz Carlos Busato. Pessoas ligadas aos partidos garantem que o deputado é o candidato em 2016 e, com ele, mais de uma dezena de vereadores da Câmara de vereadores devem seguir o caminho diferente do atual. Busato ainda desconversa e participa de atos formais como a inauguração do calçadão na manhã desta segunda-feira, 14.
A atual vice e agora pré-candidata à Prefeitura é filiada hoje ao Partido Progressista, que tem como presidente Francisco Biazus, seu marido. Mas o murmirinho é que ela mudará de sigla em breve, até porque o PP deve, segundo fontes, ingressar na chapa encabeçada pelo PTB, partido dos vereadores Dr. Pompeu e Betinho do Cartório. São duas as opções para a professora: O PRB, partido do vereador César Augusto e aquele com maior possibilidade até então, e o PSB, partido do vereador Francisco da Mensagem, que está na briga pela majoritária da chapa que deve ter o Partido dos Trabalhadores como vice. Beth, no entanto, não tem histórico socialista. O presidente do Partido Socialista Brasileiro, Diego Santa Helena, afirmou que o partido se reunirá nesta segunda-feira, e só após isso haverá uma posição.
Os partidos PPS (sem representante), PSB (Francisco da Mensagem), PSD (José Carlos Patrício), Solidariedade (sem representante), PR (Alexandre Gonçalves), PV (sem representante), PCdoB (sem representante), Pros (sem representante) e o PSC (sem representante) ainda não definiram a posição, mas devem seguir no bloco do governo e, com isso, apoiar a opção de Jairo e da Executiva municipal dos trabalhadores de seguir com Beth e, especula-se, com Mario Cardoso de vice.
O PSDB, partido do vereador Marcos Ronchetti, deve vir com Felipe Mahfuz Martini na majoritária, já considerado pré-candidato. Não há, entretanto, notícias de negociação com outros partidos. Martini pertence ao lado “PSDB Democrático” da dualidade existente dentro da sigla. Os democráticos pertencem ao lado da ex-governadora Yeda Crusius que mede forças com o indicado à executiva dos tucanos no Rio Grande do Sul pelo presidente nacional, Aécio Neves, Nelson Marchezan Júnior.
O Democratas deve seguir com o nome de Paulo Feijó na majoritária. Não se sabe se haverá uma junção com os tucanos e talvez uma possível chapa com Feijó e Martini. Até o momento, tudo é especulação. A Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, sustenta que está realizando reuniões semanais e que a convenção será em janeiro de 2016. A intenção, segundo um de seus porta-vozes, Júlio Fontes, é ter candidato próprio a majoritária e nominata na proporcional. O PSOL, segundo fontes, está mais rachado que o PSDB e ainda não apontou se haverá candidato próprio, mas fala-se no nome do presidente municipal.
Como fica a Câmara
A Câmara Municipal de Vereadores, atualmente presidida pelo vereador Paulo Ritter (PT), deve sofrer a mais drástica mudança. Atualmente, 19 dos 21 parlamentares pertencem a base aliada do governo. Apenas Marcos Ronchetti (PSDB), que mal frequenta as sessões, e Juares Hoy (PDT), que se emancipou este ano, são ditos de oposição.
Mas a mudança na postura do cenário político e as reuniões que vem sendo feitas e ostentadas nas redes sociais prometem uma mudança. Com a perda da totalidade da base, Jairo pode perder a solidez do Legislativo no seu último ano de mandato. Mesmo com a junção dos que continuam no governo com os ainda indecisos, supostamente, no cenário que se apresenta, o governo agora passará a ser minoria no Legislativo.
Sai do governo, supostamente (11 vereadores)
Bancada do PDT que possui três vereadores: Walmor Solano Herrmann – Líder; Juares Carlos Hoy – Vice-Líder; Sidiclei Mancy.
Bancada do PMDB: Cezar Paulo Mossini – Líder; Ivo da Silva Lech – Vice-Líder; e Jozir Bernardes Prestes (Patteta)
Bancada do PP: Airton José de Souza – Líder; e Júlio Barbosa – Vice-Líder
Bancada do PPL: Aloísio Bamberg – Líder
Bancada do PTB: Gemelson Sperandio Pompeu – Líder; e Humberto da Silva Araújo (Betinho do Cartório) – Vice-Líder
Continuam no governo (6 vereadores)
Bancada do PRB: César Augusto Ribas Moreira – Líder
Bancada do PT: Paulo Rogério Ambieda (Paulinho de Odé) – Líder; Ivo Fiorotti – Vice-Líder; Pedro Roberto Bueno Pinto; Emilio Millan Neto; e Paulo Roberto Ritter
Indefinidos (3 vereadores)
Bancada do PR: Carlos Alexandre Gonçalves – Líder
Bancada do PSB (se não receber Beth): José Francisco Nunes – Líder
Bancada do PSD: José Carlos Patricio – Líder
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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