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Espírito Santo inaugura novo prédio
O local possui 1.600 metros quadrados de área construída
O novo prédio do Berçário do Colégio Espírito Santo será inaugurado no dia 27 de novembro, em cerimônia oficial, às 16 horas, na Rua Expedicionário, 776, bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas. Com projeto arquitetônico e execução do arquiteto Daniel Kroth, ex-aluno da escola, a obra foi totalmente planejada para servir ao melhor atendimento e bem-estar de bebês a partir de três meses e dos alunos do Maternal A, que em virtude da pouca idade, até 3 anos, também farão uso do prédio.
A arquitetura em estilo contemporâneo, com predominância de linhas retas, proporciona modernidade à edificação, dividida em três pavimentos que são interligados por rampas com inclinação adequada ao uso. No total, são 1.600 metros quadrados de área construída.
O acesso frontal conta com uma área de desembarque que facilita a retirada dos bebês dos veículos, garantindo mais segurança e também proteção nos dias de chuva. “O aproveitamento da inclinação do terreno favoreceu a criação da área de entrada dos carros”, afirma Daniel.
O local possui 13 salas de aula, sendo seis delas com fraldários compartimentados que atendem a duas salas, cada. Todos os ambientes de ensino são climatizados por equipamentos modernos de ar condicionado de teto.
O novo prédio do Berçário tem ainda: biblioteca de pano (própria para a idade dos bebês), sala multimídia, auditório com 24 lugares (para reuniões e palestras voltadas aos pais), cozinha industrial, refeitório, lactário, sala de amamentação, recepção, secretaria, sala da supervisora, sala dos professores, sala dos funcionários, guarita para seguranças, banheiros infantis, banheiros para funcionários e banheiro com acessibilidade a pessoas com necessidades especiais, além de dois parquinhos com grama sintética e brinquedos.
Rampas definem o projeto
Para idealizar o projeto do novo Berçário, o arquiteto Daniel Kroth e as Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo buscaram inspiração em prédios que são referência no Rio Grande do Sul e no Paraná. “Foram feitas muitas pesquisas antes e durante a concepção do projeto. Visitamos um berçário modelo em Santa Maria e outro em Curitiba, além de pesquisas em livros e sites internacionais”, comenta o arquiteto. Com base neste levantamento de informações e referências, ele conta que planejou o prédio a partir das rampas que interligam todos os três pavimentos. “É por meio das rampas que os bebês serão conduzidos, por carrinhos, pelas berçaristas, facilitando a sua locomoção. O local das rampas resultou num átrio central que interliga todos os ambientes do Berçário, inclusive as salas de aula”, destaca Daniel. Além das rampas, o prédio também é dotado de escadas e elevador.
Medidas de sustentabilidade
Para proporcionar a entrada de iluminação natural no interior da edificação, o arquiteto Daniel Kroth projetou uma abertura zenital na parte superior do átrio do Berçário. Desta forma, não é necessário ligar as luminárias, evitando o uso de energia elétrica durante o dia. Outras medidas de sustentabilidade adotadas na arquitetura do espaço são as luminárias com a tecnologia LED, que também reduzem o consumo de energia. As esquadrias de todas as salas são amplas e permitem a entrada de iluminação natural e foram executadas em alumínio branco. “A opção pelo vidro permite aproximar a natureza do entorno para dentro do prédio”, observa Daniel.
Cores que alegram
O azul marinho, cor que identifica o Colégio Espírito Santo, é predominante na fachada do novo prédio do Berçário. Porém, o que chama a atenção de quem passa em frente ao local é o uso de cores diversas, em degradê, nos brises das janelas. “Este colorido reforça o aspecto de escola infantil. Antes, a construção era sóbria, em cinza, azul e branco. Os acabamentos deram mais alegria ao prédio”, comenta o arquiteto Daniel Kroth, que orientou o trabalho de comunicação visual da empresa Identity, responsável pela sinalização interna, letreiro e brises da fachada.
O degradê de cores também aparece nos armários das salas e na decoração de vários ambientes. Outro destaque divertido do projeto é o conceito dos círculos, presente na grade externa e nos espaços internos do prédio. As “escotilhas coloridas” nas paredes foram pensadas para que os pais e alunos possam visualizar o que está acontecendo nas das salas de aula, além de garantir mais iluminação natural. “O uso de diversas cores nas escotilhas proporcionou um ambiente mais divertido, dinâmico e lúdico para as crianças”, afirma o arquiteto.
Dez anos de serviço
O Berçário do Colégio Espírito Santo foi implantado em 2005, atendendo aos pedidos de pais interessados em matricular os filhos, ainda bebês, na instituição. Até dezembro de 2013, o serviço teve como sede a antiga casa na Rua Expedicionário. De 2014 a 2015, período de construção do novo prédio, as atividades foram transferidas para outra casa, na Rua Gomes Freire de Andrade.
O Berçário acolhe crianças de 3 meses a 2 anos de idade, sendo destinado não só ao desenvolvimento físico, como também ao desenvolvimento intelectual e social. Neste espaço privilegiado de aprendizagem, são realizadas atividades de estimulação com enfoque voltado à socialização, ao desenvolvimento da linguagem e às condutas psicomotoras. Junto a essas capacidades expressivas, o bebê realiza importantes conquistas no plano da sustentação do próprio corpo, representadas em ações como virar, rolar e sentar-se. Estas conquistas antecedem e preparam para o aprendizado da locomoção, o que amplia muito a possibilidade de ação independente.
Relação mais do que profissional
A participação do arquiteto Daniel Kroth no projeto do novo Berçário do Colégio Espírito Santo é marcada pelo profissionalismo e também pelo carinho próprio de um ex-aluno. “Sinto-me honrado em poder contribuir com o colégio em que estudei desde criança”, afirma ele, que iniciou sua formação no maternal. “Estudei no CES até a 8ª série, pois na minha época ainda não havia o Ensino Médio”, relembra. Já formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Daniel recebeu, no início de 2010, um convite para desenvolver o projeto de um pórtico para a escola. “A partir daí, projetei inúmeras obras de melhorias e projetos novos. Sempre com a intenção de modernizar e tornar o ambiente de estudo mais aprazível para os estudantes. Tenho uma relação de muito respeito com as irmãs e elas acreditam no meu trabalho, permitindo que eu tenha liberdade para criar”, declara o arquiteto.
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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos
Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.
Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.
Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.
Resgate
Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.
No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade. A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.
Prazeres
Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.
“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.
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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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