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14/08/2025
 

Comunidade

Grupo coleta assinaturas para redução do salário de vereadores

Para o presidente do Legislativo, veredor Paulo Ritter, houve reduções significativas desde a última legislatura

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Bruno Lara

O Grupo Fala Canoas, conhecido através da rede social Facebook, lançou uma iniciativa a exemplo do que ocorre no interior do estado: baixar o salário dos vereadores do município. A proposta é de reduzir em 20% o subsídio dos 21 legisladores e de todos os assessores a eles ligados a partir do primeiro dia de 2017.
Segundo o texto da proposta, o índice de ajuste salarial anual “deve ser igual ao ajuste aplicado aos professores com graduação da rede municipal de ensino com carga horária de 20 (vinte) horas semanais efetivas”, diz o texto.
Outra mudança que chama atenção é a redução do salário do presidente da Casa. Hoje, o presidente tem salário diferenciado. “O subsídio mensal do Presidente da Câmara será rigorosamente igual ao dos outros vereadores, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória que diferencie dos demais”, impõe.
A alteração do mesmo fica vedada a não ser por vontade da população, segundo o item IV do artigo primeiro. “Fica assim determinado que o Presidente da Câmara dos Vereadores somente poderá levar toda e qualquer nova proposta de aumento de quaisquer dos itens que compreendem o subsídio mensal dos membros desta casa, mediante a consulta e aprovação prévia do referido projeto por parte da população da cidade”. Essa consulta popular, conforme o texto estabelece, deve ser realizada mediante plebiscito, organizado pela Câmara e contemplará a população de Canoas, em dia, hora e local amplamente divulgado pelos principais veículos de comunicação do município.

Reduzir custos
A empresária Andrea Azevedo, 43 anos, estudante de ciências políticas, é quem aparece no vídeo da petição pública na internet que está circulando desde o domingo, 15. Em entrevista para O Timoneiro, afirmou que as ideias estão sendo lançadas em todo o Rio Grande do Sul e que o acompanhamento se dá pelas redes sociais.
A expectativa, segundo ela, é para mobilizar a sociedade, mas também para reduzir custos. “Criamos essa petição baseado em uma questão de crise. Precisamos economizar. Ela é extensiva aos assessores, não é só aos vereadores. As petições do interior normalmente estão se apegando mais no salário do vereador. Nós pensamos em uma economia no contesto geral”, salientou.
Para Andrea, a maior dificuldade é no título de eleitor. “Essa talvez seja a maior dificuldade. Nós precisamos do título eleitoral porque precisamos provar que as pessoas são eleitores da cidade de Canoas, com o número e a zona. Isso é importante para que não tenhamos problemas no futuro e invalidar as assinaturas”, salienta ela dando ênfase a mobilização política do município como uma das principais causas do movimento.

A empresaria Andrea Azevedo é uma das organizadoras. Foto: Bruno Lara/OT

A empresaria Andrea Azevedo é uma das organizadoras. Foto: Bruno Lara/OT

Estrutura da Câmara
Segundo o portal de transparência da Câmara, em janeiro deste ano por ser o dado mais atualizado do site, os 21 vereadores de Canoas recebem mensalmente um salário de R$ 11.942,52. O presidente em exercício tem o subsídio diferenciado de R$ 17.913,78.
A proposta canoense, no entanto, se estende também aos assessores. Conforme aponta o órgão, são 126 servidores comissionados e 27 servidores do quadro. Os salários variam de R$ 6.200,29 até R$ 9.185,86. O Chefe de Gabinete, um para cada vereador, recebe R$ 7.348,19 mensalmente. Tudo isso além dos 55 estagiários que recebem de R$ 614,28 a R$ 900,24 ao mês. Em uma comparação direta, a Capital, Porto Alegre, com seus 36 vereadores, tem como salário bruto para os parlamentares R$ 11.882,26 mensais. Salário inferior aos de Canoas.

Presidente diz que já há economia
Para o presidente do poder Legislativo em exercício, Paulo Ritter (PT), a Câmara caminha neste sentido. Em entrevista, ele lembra que houve uma reforma na estrutura da Casa que visou reduzir o salário dos assessores, classificando-os em função do grau de escolaridade dos mesmos. “Nós tínhamos cinco assessores que ganhavam isso (R$ 7.348,19). Então nós reduzimos esses salários. Economizamos R$ 400 mil reais no ano de 2015 com essa reforma”, salienta.
Ritter elucida que o salário do vereador municipal deve ser de 60% do salário do deputado estadual e proporcional a população que a cidade possui. “Na legislatura passada, no ano passado, nós definimos que o salário dos vereadores poderia ser 15 mil”, lembra. Mas o petista argumenta que os salários foram equiparados aos dos secretários do poder Executivo. “A legislatura passada também cortou as sessões extras que eram remuneradas. Normalmente, em janeiro e dezembro, havia sessões extra-ordinárias. Nós tiramos isso da lei. Havia na legislatura passada ajuda de custo nos meses de março e dezembro de cada ano. Ajuda de custo nós cortamos também”, recorda afirmando que os legisladores não recebem mais nenhum recurso além do subsídio e o 13º salário, diferente dos vereadores de Porto Alegre que, embora tenham um subsídio menor, recebem ajuda de custo e pelas sessões extraordinárias.
O presidente da Câmara afirmou que “é um direito do cidadão” manifestar e que há dois mecanismos para isso. “A iniciativa popular (manual) e nós criamos ano passado a iniciativa (digital)”, salienta. Mas ele acredita, em comparação com as cidades vizinhas, que o salário é justo. “Minha opinião política é que o salário dos vereadores é compatível com a realidade da cidade”, justifica lembrando o número de habitantes do município (quase 400 mil) e o orçamento de mais e R$ 1,6 bilhão para 2016.

Quadro de salários da Câmara dos Vereadores de Canoas

Quadro de salários da Câmara dos Vereadores de Canoas

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

A Campanha do Agasalho deste ano em Canoas atingiu os quantitativos de 28.340 peças recebidas e 15.774 itens distribuídos. Nesta quarta-feira, 6, a ação ocorreu com parceria entre agentes da Defesa Civil do município e voluntários para estender solidariedade aos moradores do bairro Rio Branco.

Em uma busca cuidadosa, pilha após pilha, sem desdobrar nem desarrumar os itens separados sobre uma grande mesa, propiciou que a dona de casa Tânia de Jesus, 46 anos, encontrasse roupas para proteger seus quatro filhos, de 13, 11, 8 e dois anos de idade.

Conforme o secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, a ação é estratégica para fazer com que os bens doados pela comunidade cheguem efetivamente para quem precisa. “A parceria com lideranças e pessoas que são referências nas localidades é fundamental para ampliar o acesso daqueles que precisam dos agasalhos”, descreve o gestor.

Ao lado da parceira de voluntariado Celi Oliveira, Vera confirma que o elo se fortalece e a corrente de solidariedade estende sua proteção.

“Fazemos isso há dez anos. Abro minha casa para receber quem precisa da ajuda. Cada pessoa que sai daqui com uma roupinha para sua família faz valer o trabalho da gente”, define Vera.

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Novo lote do Programa Volta por Cima é pago a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Novo lote do Programa Volta por Cima é pago a famílias atingidas pelas chuvas de junho

O governo do Estado informou que pagou, na sexta-feira, 1, o sexto lote dos recursos previstos pelo Programa Volta por Cima para famílias vítimas das chuvas intensas e enchentes no Rio Grande do Sul no período de 14 a 20 de junho de 2025. O benefício foi creditado no Cartão Cidadão de 498 famílias de oito municípios.

O valor do lote soma R$ 996 mil em apoio financeiro por parte do Executivo, totalizando RS 4 milhões em repasses nesta edição do programa. Foram destinados R$ 2 mil para famílias desabrigadas ou desalojadas, de acordo com os seguintes critérios:

  • ter sido desabrigada ou desalojada em razão das chuvas intensas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025, conforme Decreto 58.235;
  • residir em município com Decreto de Situação de Emergência ou Calamidade Pública homologado pelo governo do Estado;
  • ter sido identificada como moradora de área atingida a partir de mapeamento realizado pelo governo estadual;
  • constar no Cadastro Único (CadÚnico) na condição de pobre ou extremamente pobre, com atualização nos últimos 12 meses.

Para saber se foram contemplados com o benefício nos lotes já pagos, os cidadãos podem fazer a consulta pelo número do CPF no site do Volta por Cima.

O mapeamento de áreas atingidas está em constante atualização. Assim, famílias que atendam aos requisitos do programa e residam na mesma cidade podem receber o benefício em lotes diferentes.

Programa integra o Plano Rio Grande

A ação integra o Plano Rio Grande, programa liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Estado e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

A gestão do recurso do Volta por Cima compete à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz), além do Banrisul.

Identificação das famílias beneficiárias

Famílias desalojadas ou desabrigadas serão automaticamente identificadas com base no cruzamento de dados oficiais de domicílio com o mapeamento das áreas atingidas.

Estão sendo usados satélites com tecnologia SAR, que permite a observação mesmo em condições de pouca ou nenhuma luz e através de nuvens e chuva. O levantamento é conduzido pelo Departamento de Economia e Estatística da SPGG, com apoio das prefeituras.

Em casos excepcionais, em que não ocorra a inclusão automática dos beneficiários, a Sedes orientará os municípios para o cadastramento das famílias.

O pagamento

O valor do benefício é creditado no Cartão Cidadão da pessoa de referência de cada núcleo familiar. Podem utilizar o recurso, a partir de 1º de agosto, os beneficiários do sexto lote que já têm o Cartão Cidadão em mãos em função de outro programa do governo.

Aqueles beneficiários que não possuem o cartão terão o documento emitido automaticamente, podendo retirá-lo na agência do Banrisul designada na sua cidade a partir de 18 de agosto.

O prazo para retirada dos cartões com o valor do auxílio vai até 30 de novembro de 2025. Após essa data, os valores não resgatados retornarão aos cofres públicos.

Quem perdeu o cartão deve ligar para 0800-5412323 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h) e solicitar a emissão da segunda via.

Transparência e controle 

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado, e denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

O programa

O Volta por Cima é fundamentado na Lei 15.977/2023, que autoriza a concessão de auxílios em situações de emergência ou calamidade pública. Desde sua criação, o programa tem desempenhado papel fundamental na assistência às vítimas dos eventos meteorológicos extremos.

Em 2023, o Volta por Cima beneficiou 23.533 famílias, com mais de R$ 37 milhões em repasses. Após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, a iniciativa atendeu mais de 100 mil famílias em situação de vulnerabilidade social, desalojadas ou desabrigadas, totalizando mais de R$ 250 milhões em recursos estaduais.

Municípios com beneficiários no 6º lote

  • Eldorado do Sul
  • Mata
  • Nova Santa Rita
  • Rio Pardo
  • São Pedro do Sul
  • São Vicente do Sul
  • Sapucaia do Sul
  • Triunfo
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Devolve ICMS paga R$ 76,4 milhões a 584 mil famílias na quinta-feira, 31

Redação

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Devolve ICMS paga R$ 76,4 milhões a 584 mil famílias nesta quinta-feira, 31

Famílias incluídas no programa Devolve ICMS recebem, na quinta-feira, 31, o pagamento referente ao segundo trimestre do ano. Serão repassados R$ 76,4 milhões para 584.138 grupos familiares inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.

O valor é depositado no Cartão Cidadão dos titulares, que funciona como um cartão de débito e pode ser utilizado para compras em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais. Ele é aceito em mais de 140 mil locais conveniados à Rede Vero, sem cobrança de taxa de manutenção.

Os cartões para os novos beneficiários que ingressaram nesta rodada poderão ser retirados a partir do dia 10 de setembro, já com a nova recarga.

O pagamento muda de família para família, pois é composto por duas parcelas depositadas na mesma data:

  • Parcela fixa: valor de R$ 100 pago para todos os beneficiários.
  • Parcela variável: valor que se altera conforme a renda declarada do CadÚnico e o volume de notas fiscais com CPF solicitadas pelo titular no trimestre de referência (neste caso, abril, maio e junho). Nesta rodada, são 265.317 famílias beneficiadas, somando R$ 18,1 milhões. O valor médio é de R$ 68,26.

Neste trimestre, 2.159 grupos familiares passaram a fazer parte do programa, e outros 1.884 reingressaram – estes poderão seguir usando os cartões antigos. Além disso, 4.330 deixaram de participar. Essas mudanças ocorrem conforme a entrada ou saída do CadÚnico – a apuração considerou o mês de abril de 2025.

A atualização do cadastro é essencial para que os cidadãos tenham acesso a políticas públicas construídas para sua faixa de renda.

O Devolve ICMS

Coordenado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual, o Devolve ICMS é uma iniciativa de cashback que devolve parte do ICMS arrecadado pelo Estado a pessoas em situação de vulnerabilidade.

O programa de justiça social e tributária busca fazer com que o principal imposto estadualimpacte esse grupo de forma menos significativa, pois parte dele é devolvido. A maior parte do valor costuma ser usada para compra de alimentos e itens de primeira necessidade, além de medicamentos.

Quem tem direito

Têm direito ao benefício famílias inscritas no CadÚnico que recebam o benefício do Bolsa Família ou nas quais o titular familiar tenha algum dependente matriculado na rede estadual de Ensino Médio.

Todas as famílias possuem renda mensal de até três salários mínimos nacionais ou renda per capita por mês inferior a meio salário mínimo nacional, conforme dados do CadÚnico. Além disso, é necessário que o responsável familiar tenha domicílio no RS e mantenha o CPF ativo.

No  site do Devolve ICMS, é possível informar CPF e data de nascimento para saber se está incluído(a) no programa.

Dúvidas podem ser esclarecidas pela central do Devolve ICMS, que atende no telefone 0800 541 2323. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h.

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