Comunidade
“O que você faria se soubesse que sua filha corre risco de morrer ou ficar tetraplégica?”
Jovem de 14 anos sofre com escoliose e não consegue marcar cirurgia
Bruno Lara
Assim começou o e-mail de uma mãe desesperada. Adriana Cardoso, moradora do bairro Guajuviras, trabalha desde os 13 anos, nos últimos anos como porteira em um shopping da cidade, mas devido ao problema da filha foi obrigada a abandonar o serviço para cuidá-la. Desempregada, apenas o marido, vigilante, é quem mantém a casa que além dela abriga mais três filhos de seis, oito e 14 anos. “Ninguém está fazendo nada. Me sinto impotente”, se queixa.
Desde os 13 anos a filha se queixava de dor nas costas, “mas eu olhava e não aparecia nada”, relata a mãe. A menina sempre teve o cabelo cumprido, o que dificultava os sinais da doença. Sempre se queixando do incômodo, um dia reclamou que estava com uma dor além do normal. “A levamos para a central de consultas e a médica nos disse que era uma escoliose e nos encaminhou para a Ulbra. Lá o médico disse que não adiantava mais colocar o colete, que precisava de uma cirurgia”, lembra.
Aos três dias de junho de 2014 ela consultou no Instituto Gaúcho de Cirurgia da Coluna Vertebral. Assinado pelo Dr. Erasmo Zardo, o relatório médico informou que a paciente “apresenta grave escoliotica dorsal com 60 graus de caracter rapidamente progressivo” e ainda que “considerando o valor angular, imaturidade esquelética, necessita de tratamento cirúrgico com brevidade”.
Segundo o boletim de atendimento datado em 13 de novembro de 2014, por volta das 11 horas da manhã no Hospital Universitário, o documento assinado pelo Dr. Alexandre C. Borba explana sobre a dificuldade de agendar cirurgia devido à necessidade de material específico para cirurgia não existente no espaço. “1. RX. Adequado; 2. Mesa radiotransparente adequada; 3. Monitorização eletrofiologica; 4. Suporte anestésico adequado”, termina recomendando o retorno da paciente em 45 dias. “Os médicos me disseram que ela pode ficar tetraplégica ou ir ao óbito se a curvatura chegar aos 80°. Falaram isso na minha cara e na dela também”, reclama Adriana.
No histórico, o documento salienta que o “familiar encontra-se ansioso pelo tempo de espera” e que o médico residente “consultou o Dr. Erasmo que indicou realizar cirurgia”. Segundo a mãe, uma intervenção cirúrgica particular lhe foi oferecida por um outro médico com um custo de R$ 128 mil. No Sistema Único de Saúde (SUS), o procedimento não mais ocorreria por falta de dinheiro. “Me disseram que ela precisaria de 27 pinos na coluna e que seriam oito horas de cirurgia. Que podia até ficar tetraplégica, mas que não fariam, pois o hospital está sem verbas”, afirmou. Adriana informou ainda que se reuniu com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Bósio, na manhã de quarta-feira, 22. O resultado foi um aperto de mãos e mais um pedido de paciência.
Presente de debutantes
No dia 12 de janeiro do ano que está por vir, a menina irá debutar. “Em janeiro ela faz 15 anos. O presente que eu queria dar é fazer a cirurgia. Endireitar a coluna dela. Endireitar a nossa vida”, desabafa. “Eu quero fazer a cirurgia logo”, complementa a menor, que teve sua identidade preservada.
Com a certeza do diagnóstico as dificuldades começaram. A menina, que atualmente, cursa o oitavo ano em uma escola municipal da cidade, reprovou no ano passado e enfrenta dificuldades diárias para voltar a frequentar a instituição. “Ela não quer mais ir para o colégio, nem conversar com os amigos. Ela já está ficando para trás. Ela chama isso (desvio na coluna vertebral) de troço que está nas costas dela. Eu já não consigo mais viver com isso”, afirma a mãe.
A curvatura era de 60 graus em junho de 2014. Em julho deste ano, a curvatura já está em 72 graus. “Os órgãos vitais estão sendo pressionados, fazendo com que ela corra risco de morte. A SAÚDE desse ESTADO está matando minha filha, estou perdendo minha filha”, afirma.
O que é escoliose
A escoliose é uma deformidade na coluna vertebral. Pode ser ou não acompanhada de rotação nas vértebras. Existem vários tipos da doença, as mais comuns são: Congênita, quando é genética; Neuromuscular, quando causa por paralisia cerebral ou fraqueza do músculo entre outros; e Idiopáticas, com causas desconhecidas, mas responsável por 80% dos casos em todo o mundo. A doença é descoberta geralmente quando os ombros estão aparentemente em alturas diversas – não simétricas como o normal – apresentando coluna com inclinação para um dos lados e um eventual desconforto muscular. O uso de coletes é recomendado para retardar a curvatura em alguns casos. No da moradora do Guajuviras, os médicos recomendaram a cirurgia, que consiste em encaixar os ossos com hastes de metal, ganchos e parafusos e corrigir a curvatura.
O que diz a Prefeitura
Segundo a Prefeitura Municipal de Canoas, “As cirurgias de escoliose são feitas no HU de Canoas, sempre que houver avaliação técnica compatível com a realização do procedimento”. A atual administração seguiu afirmando que “Para esta senhora, cuja filha sofre de escoliose, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Bósio, sugere não aguardar. Ele tomará providências para a realização da cirurgia, com toda a celeridade possível, dentro das condições técnicas necessárias. A paciente já tem consulta agendada no HU para o dia 30/07/15, com equipe do HU, para dar prosseguimento ao tratamento”.
Comunidade
Paróquia Nossa Senhora Aparecida é homenageada na Câmara pelos seus 30 anos de história no Guajuviras

Durante a sessão ordinária de quinta-feira, 2, a Câmara Municipal de Canoas abriu espaço no Grande Expediente para celebrar os 30 anos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Guajuviras. A homenagem foi proposta pelo vereador Aloísio Bamberg (PSDB), que ressaltou a importância histórica e social da comunidade católica na região.
Ao justificar o requerimento, Bamberg lembrou que a paróquia nasceu em meio às dificuldades vividas por famílias que ocupavam áreas ainda em processo de regularização. “Passaram vários padres pela paróquia. E nós temos a satisfação de hoje estar aqui com o padre Cláudio Dami, que tem a oportunidade de ajudar a festejar esses anos de história da paróquia do Guajuviras”, afirmou.
Bamberg também destacou a atuação da paróquia nos momentos mais críticos do bairro: “A São Miguel era uma ocupação, a São João era uma ocupação. E com a criação das associações de moradores, nós tivemos a oportunidade de manter e evitar as reintegrações”. Para ele, a presença da Igreja foi decisiva na consolidação do Guajuviras como um dos maiores bairros da cidade. “Hoje a paróquia se mantém viva, com estrutura pequena, mas com uma comunidade cada vez maior”, completou.
Vivian Ferreira, coordenador do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP), também fez uso da palavra para reforçar o caráter comunitário da paróquia.
“Hoje, nossa paróquia é composta por sete comunidades que, juntas, atendem toda a extensão do nosso bairro. Somos um espaço de acolhida e evangelização que se traduz em muitas frentes de serviço”, pontuou.
Ferreira elencou as diversas ações desenvolvidas pelas pastorais da Igreja, como a catequese com mais de 100 crianças e jovens, a Pastoral da Criança, que acompanha cerca de 70 famílias, e a Pastoral da Caridade, que assiste mensalmente mais de 110 famílias com apoio material e espiritual.
“Tudo isso mostra que a Paróquia Nossa Senhora Aparecida não é apenas uma igreja, mas uma comunidade viva e missionária”, resumiu.
Encerrando a homenagem, o pároco Cláudio Dami, que está há oito meses à frente da paróquia, também se pronunciou.
“Posso dizer, vereador, que estou no céu. Pela acolhida do povo, pelo trabalho, pela cooperação de todos os envolvidos”, disse. Dami assumiu a paróquia após duas décadas atuando como capelão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. O padre fez questão de lembrar a trajetória de fé que antecedeu a criação oficial da paróquia, em 12 de outubro de 1995, e nomeou os párocos que o antecederam. “A devoção à Nossa Senhora Aparecida já era forte antes mesmo da fundação da paróquia”, relembrou.
Durante seu discurso, Dami também fez um convite público aos vereadores para participarem da celebração dos 30 anos, marcada para o próximo dia 12, com missa, bolo e confraternização. “Que nós possamos caminhar juntos, melhorando a nossa cidade, nosso bairro, e também a nossa relação entre nós mesmos”, concluiu.
A sessão terminou com a entrega simbólica da homenagem à Paróquia Nossa Senhora Aparecida e com o reconhecimento, por parte dos vereadores presentes, do papel fundamental da Igreja no desenvolvimento social e espiritual do Guajuviras ao longo das últimas três décadas.
Comunidade
26ª Semana da Pessoa Idosa tem programação com gincana em Canoas

A 26ª Semana da Pessoa Idosa segue com a sua programação na quinta-feira, 2, com a gincana dos Grupos de Idosos das Unidades de Saúde, no Centro de Convivência do Idoso.
O quê: Gincana dos Grupos de Idosos das Unidades de Saúde
Data: Quinta-feira (2)
Horário: 14h às 16h
Local: Centro de Convivência do Idoso – Rua Clemente Pinto, 92, Nossa Senhora das Graças
Comunidade
Prefeitura na Tua Casa será no bairro Estância Velha no sábado

A oitava edição do Prefeitura na Tua Casa ocorrerá no bairro Estância Velha, no sábado, 27. A iniciativa será na Rua São Mateus, em frente à UBS Estância Velha, das 9h ao meio-dia. A novidade desta edição será a feira de adoção da Secretaria de Bem-Estar Animal.
Ao longo da programação, haverá diversos serviços e atendimentos ao cidadão, como CRAS Móvel, doação de livros e roupas, vacinação, distribuição de testes rápidos, medição de glicose e sinais vitais, atendimento veterinário, cadastro habitacional, espaço kids, doação de mudas, coleta de materiais recicláveis e eletrônicos e atendimentos no local das secretarias.
A ação visa oportunizar que canoenses levem suas demandas mais perto de suas casas, de modo que agilize o encaminhamento das solicitações.
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