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03/06/2025
 

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Sistema de detecção de tiros não funciona no Guajuviras

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O sistema de detecção de tiros não pode ser utilizado no combate à criminalidade em grande parte do ano passado

 De fevereiro à Outubro de 2014 o equipamento emitiu alertas equivocados. Só entre janeiro e fevereiro, segundo o shotspotter, o número de disparos reduziu em mais de 3 mil, devido à falta de manutenção. A Prefeitura garante que o serviço está em pleno funcionamento.

No ano de 2010 uma solução para a criminalidade que se espalhava pelo bairro Guajuviras surgiu como mágica: O detector de tiros conhecido como shotspotter. O Shotspotter é um detector de disparos de arma de fogo através de sensores instalados em grandes áreas urbanas, e permite um planejamento mais eficiente da segurança pública. Há mais de uma década este sistema existe nas cidades americanas e veio para Canoas há cinco anos.

Pioneiro no Estado e, segundo o site American Security International (ASI), no Brasil o shotspotter funciona em Canoas e na Tijuca, no Rio de Janeiro. Também segundo a plataforma, que presta consultoria para o sistema no país, os resultados em março de 2013 levando em consideração os dois sistemas do tipo em operação, abrangem 9,5 quilômetros quadrados, e resultaram em apenas oito prisões.

O equipamento custou R$ 2 milhões na aquisição e, mensalmente, gera um investimentode R$ 58 mil em manutenção. O problema é que, em grande parte do ano de 2014, não pode ser utilizado no combate à criminalidade em função da falta de manutenção que, desde o final 2013, não recebeu. O fato resulta na inconfiabilidade dos dados por estes fornecidos. Um novo contrato com a empresa que fornece o serviço foi assinado no ano passado, o que levou a polícia a voltar a utilizar o shotspotter.

Fazendo uma projeção anual,o shotspotter custa R$ 696 mil em manutenção. A remuneração de um Policial Militar (PM) no Estado do Rio Grande do Sul é de R$ 1.864,70 ao mês. Apenas com o investido na manutenção do equipamento, que conta com vasta falta de confiabilidade, seria possível pagar o salário de um efetivo de 30 novos PMs.

O equipamento, quando com falta de manutenção adequada, não para de funcionar, mas, os sensores – responsáveis por avaliar a veracidade do disparo – podem confundir sons altos emitidos e disparar um falso alerta. Só em janeiro de 2014, cerca de 3.400 disparos foram registrados, enquanto em fevereiro, o número caiu para 311. Ao todo, foram implantados 44 sensores no bairro, instalados em postes e prédios. A detecção do disparo leva de nove a 15 segundos para chegar ao Centro de Operações.

Em outubro do ano passado, mesmo com a volta da manutenção, dos 88 registros apenas 17 resultaram em ocorrências atendidas pela Briga Militar. Dos 16 alertas no primeiro mês deste ano, apenas em um a PM despachou viaturas.

No ano passado, o Bairro Guajuviras liderou o número de assassinatos em Canoas com 27 ocorrências, quase 20% do total em todo o município. Porém, de acordo com o secretário se segurança pública e cidadania, Adriano Klafke, o número de mortes na região vem diminuindo. Em 2009, era de 70 a cada 100 mil habitantes. Atualmente, o número é inferior a 35 mortes por 100 mil habitantes.

A secretária de Segurança Pública e Cidadania do município, por meio de nota, garantiu o que o sistema não ficou inoperante, mas sim, com a eficiência comprometida. São 44 sensores instalados em toda a cidade, que com a eficiência completa, informa a BM de um tiro, em menos de 15 segundos.

O que diz a Prefeitura

O Secretário Municipal de Segurança Pública e Cidadania, Adriano Klafke, afirma que o sistema Shotspotter está em funcionamento e a tecnologia tem boa confiabilidade. Destaca que todos os alertas do equipamento instalado na Sala Integrada de Monitoramento da SMSPC também são recebidos pela Brigada Militar, na Sala de Operações do 15º BPM, simultaneamente.

O custo de manutenção, que inclui suporte e manutenção de peças, é de R$ 58 mil mensais. A empresa responsável é a Free Networks, representante da Shotspotter no Brasil.

Foto Divulgação Prefeitura Municipal de Canoas

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Redação

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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