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15/08/2025
 

Geral

Grupo de voluntários servem comida para quem precisa

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Marcelo Grisa

Ao passar pela Rua General Salustiano por volta do meio-dia, um portão que dá para a parte de trás das dependências do Canoas Tênis Clube está estranhamente aberto. É domingo, e poucas atividades do clube ocorrem neste dia. Ao ali entrar, entretanto, é possível ver um grande almoço para cerca de 100 pessoas sendo preparado e servido. São moradores de rua, desempregados e outras pessoas necessitadas, todas atendidas pelos voluntários do grupo Amigos em Ação.

O Amigos em Ação atua há um ano em Canoas. É um grupo de cerca de 50 voluntários que arrecada doações e se revezam, aos domingos, para preparar refeições para quase 600 cadastrados. São pessoas em situação de vulnerabilidade, entre aqueles que moram na rua ou até têm uma casa, mas estão com dificuldades financeiras em um cenário de crise. Todos clientes, como eles mesmos chamam. “A gente procura servir eles como se fosse um restaurante. Nós comeríamos essa comida? Se sim, então está bom”, explica a voluntária Vanessa Alves Pacini.

Uma Rotina pelo social

Os portões ficam abertos para os voluntários e clientes entre as 11 e 13 horas de domingo. Os voluntários chegam antes e começam a preparar os pratos. Os novos chegados são cadastrados e, conforme vão se habituando, contam suas histórias, abrindo-se não apenas para a refeição, mas para uma acolhida. “Normalmente, mais tardar umas 14 horas nós estamos com tudo pronto”, fala o voluntário Rogerio Dalla Nora, mostrando como é um esforço que também não compromete os horários de quem ajuda o projeto.

Antes do domingo, os Amigos em Ação já começam a preparar alguns dos ingredientes para adiantar o trabalho. O cardápio é escolhido via Whatsapp. Em algumas oportunidades, é feito também galeto. O material e os assadores são recrutados pelas redes sociais do dirigente do Canoas Tênis Clube, Gercino Ferreira dos Santos, que oferece a estrutura da entidade. Antes disso, o trabalho era feito embaixo do viaduto da BR-116, próximo à Avenida Inconfidência.

Conhecer o Outro

Adalberto Pinheiro, que integra o grupo de voluntários há cerca de cinco meses, aponta também para um aspecto terapêutico. “Há sempre uma troca, um processo de nós passarmos esse amor para os outros e recebermos de volta. Aprende-se muito”, enfatiza.

Por isso, investe-se também na integração entre o grupo, com encontros durante a semana entre os voluntários. “A gente não tem muito tempo, é corrido aqui. Tu acha que, olhando para as pessoas, está tudo resolvido com elas. Mas não, todo mundo tem suas questões, todos precisamos de ajuda, de afeto”, conta Isabel Cristina Scheffer, uma das líderes do grupo.

A convivência é classificada pelos voluntários como a de uma grande família, tanto entre eles quanto com os beneficiados por suas ações. Todos usam adesivos e crachás identificando-os, e habitua-se a chamarem pelo nome. “Se torna algo especial. Normalmente quem mora na rua se chama por apelido, então eles estarem na sociedade, serem enxergados… Então é bem importante”, comemora a voluntária Carol Pizzi.

Os Amigos em Ação afirmam que precisam de mais voluntários, não apenas para se juntar ao time de cozinheiros: aceitam-se músicos e todo outro tipo de pessoa que possa aplicar seus talentos para tornar a vida destes clientes ainda melhor. Também aceitam-se reforços para a doação de mantimentos que permitam a continuidade do projeto. Contato com Isabel pelo telefone 99134-9206.

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Divulgado resultado preliminar do edital do RS Talentos voltado para universidades públicas

Redação

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Divulgado resultado preliminar do edital do RS Talentos voltado para universidades públicas

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) divulgou, na terça-feira, 12, o resultado preliminar do Programa RS Talentos voltado às universidades públicas. A partir de agora, as universidades têm cinco dias úteis de prazo para recursos.

O número definitivo de vagas para cada instituição será definido após este processo e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), juntamente com o resultado final do edital. Após a publicação, as universidades públicas selecionarão estudantes interessados em participar do programa.

O investimento total da iniciativa, com até 400 bolsas, será de R$ 21,6 milhões, com recursos oriundos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Sobre o edital

Em 17 de junho, o governo do Estado lançou o Edital 05/2025, com até 200 bolsas para universidades públicas localizadas nos ecossistemas regionais de inovação diretamente afetados pelas enchentes de 2024 – Região Metropolitana e Litoral Norte, Região dos Vales, Região Sul, Região da Serra e Região Central.

As bolsas, de R$ 2 mil mensais pagas aos alunos por 18 meses, serão distribuídas entre os seguintes cursos: Ciência da Computação ou de Dados; Engenharia de Computação ou de Software; Engenharia de Controle e Automação; Engenharia Elétrica ou Eletrônica; Engenharia Mecânica; e Engenharia Química.

Anteriormente, o Estado, por meio da Sict, havia lançado o Edital RS Talentos 04/2025, que concedeu 200 bolsas para engenharias e ciência da computação em Instituições Comunitárias de Educação Superior (Ices). As bolsas consistem em R$ 2 mil em taxas administrativas, pagas às Ices, e R$ 2 mil, pagos ao aluno, pelo período de 18 meses.

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Evento de arte no Guajuviras promove ressocialização de apenados

Redação

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Evento de arte no Guajuviras promove ressocialização de apenados

O Hangar Cultural Oli Borges (Estrada do Nazário, 3150 – Guajuviras) sedia a exposição Amostra de Arte que Liberta, que reúne produções artísticas de apenados do Complexo Prisional de Canoas e da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 1).

A mostra, que começou na terça-feira, 12, e vai até a quinta-feira, 14, conta com 50 peças, entre pinturas em tela, artesanato em madeira, patchwork, origami, trabalhos com palitos, materiais reciclados, amigurumi e biscuit, produzidas por 40 apenados.

Camila Herzog, diretora da Pecan 1, destacou a importância das doações feitas pela população para a realização das obras.

“Esse projeto existe desde 2016, em parceria com os assistentes sociais. É um trabalho que muda de enfoque com o tempo: já foi voltado à pintura, depois ao artesanato, à costura, entre outros. Também temos presos ligados à área de manutenção, que produzem muito na marcenaria. Tudo isso é pensado para que eles tenham ocupações produtivas”, comentou.

A assistente social do Complexo Prisional de Canoas Rosane Prates ressaltou o valor do trabalho prisional, especialmente o artístico, que pode se tornar uma fonte de renda para os familiares.

“Um dos presos me relatou, por meio de uma carta, o quanto a vida dele mudou após iniciar essas atividades. Ele está há quatro anos aqui, chegou muito calado. Primeiro, o envolvi com a costura, onde se saiu bem. Depois foi para o artesanato, com o qual se identificou ainda mais e ali revelou um talento maravilhoso.”

Rafael Silva, diretor da escola NEEJA Nelson Mandela, orgulha-se dos avanços educacionais dentro do sistema prisional.

“Já temos mais de 300 alunos matriculados e formamos mais de mil. Buscamos uma educação emancipadora, em que os conteúdos dialoguem com a realidade deles, permitindo que se reconheçam como sujeitos capazes de construir uma nova vida fora daqui.”

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Projeto de produção sustentável no Bioma Pampa é finalista do GRI Awards 2025

Redação

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Projeto de produção sustentável no Bioma Pampa é finalista do GRI Awards 2025

Com foco em oferecer assistência técnica, incentivos e financiamento aos modelos que aliem maior produtividade para a agropecuária associados à conservação da biodiversidade do Bioma Pampa, o projeto Alianza Mais é finalista do GRI Awards Infrastructure Brazil 2025.

Trata-se e uma das principais premiações para reconhecer iniciativas que contribuam com o desenvolvimento sustentável no país e o projeto, que conta com a parceria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), concorre na categoria biodiversidade.

O Alianza Mais prevê investimentos de 7 milhões de euros (algo próximo de R$ 44 milhões pela cotação atual) ao longo de cinco anos em favor de produtores, incluindo mulheres e jovens rurais, comprometidos na conservação dos campos nativos do Pampa e, desta maneira, contribuir com os desafios das mudanças climáticas. Deste total, 2 milhões de euros têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM).

O projeto é uma iniciativa da Associação para Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil)/Alianza del Pastizal) e benéfica uma rede de 406 propriedades rurais já certificadas, compreendendo 278 mil hectares de pastagens nativas (com119 mil hectares efetivamente preservados). No trabalho realizado desde o ano passado, já houve o registro de 244 espécies de aves monitoradas, 15 delas ameaçadas de extinção.

Através do cofinanciamento da SAVE Brasil e do BRDE, ao longo do projeto será disponibilizado uma linha de crédito especial, com incentivo à fundo perdido (blended finance) para viabilizar investimentos em modelos de produção inovadores e sustentáveis, que irão ajudar a gerar maior renda para os produtores pecuários do bioma Pampa. Os recursos do FFEM terão a supervisão da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Na Expointer do ano passado, o banco celebrou os primeiros contratos de financiamento incentivos a fundo perdidos.

A premiação

Iniciativa do GRI Institute, um ecossistema global de tomadores de decisões sobre o setor de i8nfraestrutura, o prêmio reconhece os melhores programas, projetos e iniciativas nos setores de transporte, energia, saneamento básico, infraestrutura urbana e social, além de ativos ambientais.

Os vencedores do GRI Awards 2025 serão conhecidos no próximo dia 5 de novembro, em evento marcado para São Paulo (SP). A votação é restrita aos membros do instituto.

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