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21/11/2024
 

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Alagamentos incomodam moradores e provocam danos materiais

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16681922_1252369141519319_8854812900931761479_nA chuva não tem dado trégua para os moradores de Canoas neste início de ano. Já foram pelo menos três grandes precipitações em 2017, gerando incômodo em diversos pontos das cidade. A Defesa Civil do município destacou que o volume de chuva foi muito acentuado. Na terça-feira, 21, os bairros Marechal Rondon e Niterói registraram precipitação de 40 mm em cerca de uma hora.

Sirlei Rodriguez Dias, moradora da rua Alagoas, 174, bairro Niterói, sofreu com cada um dos alagamentos deste ano. “É horrível, a água entra na cozinha, quartos, garagem. Meu guarda-roupas estragou”, relata Sirlei. Ela afirma que já foi até a Prefeitura reclamar, pois, segundo ela, uma boca de lobo entupida na sua rua estaria contribuindo para os alagamentos. A moradora ainda conta que tentou conter a água na última terça, sem sucesso. “Coloquei panos na porta para tentar impedir a entrada da água, mas não consegui. Entrei em desespero, deu vontade de chorar”, conclui Sirlei.

Prioridade

A redação de O Timoneiro entrou em contato com a Prefeitura para saber o que está sendo feito para prevenir novos alagamentos. A nova gestão municipal afirma que conter o problema “é a principal meta” no momento. A Prefeitura informa que contratou serviços de duas dragas para limpar as valas, que se somaram às duas dragas já existentes. Também foram compradas mais duas escavadeiras hidráulicas para limpeza das canalizações, além das duas já disponíveis, mais 20 caminhões para transportar os resíduos. Atualmente, de acordo com a Prefeitura, a força-tarefa municipal conta com quatro dragas, quatro escavadeiras hidráulicas e 31 caminhões para limpar os diques da cidade.

Prevenção

Além disso, a Prefeitura afirma que há uma mobilização nas casas de bombas. Em cada unidade há plantão 24 horas, com pelo menos um funcionário de uma empresa terceirizada. “Quando a Defesa Civil emite o alerta para chuva forte, o plantão é reforçado com mais um funcionário e uma equipe de dez pessoas da Secretaria de Obras, que ficam atentas aos pontos de maior necessidade”, afirma.

Bocas de Lobo

“Temos feito um trabalho constante de limpeza das bocas de lobo e constatamos que 90% das tubulações estão entupidas. Isso causa ainda mais alagamentos”, relata o secretário-adjunto de Obras, Robson Borges. A Prefeitura informa que prepara uma contratação de serviço para realizar a limpeza das tubulações da cidade, que estão com graves problemas de obstrução e são, sim, uma das principais causas dos alagamentos, junto com o assoreamento das valas.

Conscientização

A resolução do problema passa pelo planejamento e prevenção nos órgãos públicos, mas também passa pela conscientização da população referente ao descarte irregular de lixo nas ruas da cidade. De acordo com a Secretaria de Obras, está sendo planejado o lançamento de uma campanha de conscientização sobre a importância do descarte correto do lixo. Ainda não há data específica para que isso ocorra.

Serviço

A Defesa Civil informa que atua na “atenção emergencial de moradores que foram atingidos por eventos climáticos ou que estão em situação de risco”. O órgão dispõe de três viaturas e uma lancha para casos de resgate. Os telefones de emergência funcionam 24 horas: 9-9368-9516, 9-9237-8922 ou 9-9322-5764.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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