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18/09/2025
 

Comunidade

OT 50 anos – de militância por melhorias na saúde

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Raio x da coluna de uma menina de 14 anos que sofria de escoliose. Foto: Bruno Lara/OT.

Raio x da coluna de uma menina de 14 anos que sofria de escoliose. Foto: Bruno Lara/OT.

 

A saúde pública sempre foi um assunto recorrente nas páginas de O Timoneiro. O jornal nunca se esquivou de divulgar campanhas em prol de entidades de saúde que precisaram de auxílio ao longo destes 50 anos. No entanto, jamais deixou de publicar os problemas e as falhas destes mesmos locais, fossem elas administrativas ou técnicas.
O importante para nossa linha editorial sempre foi a defesa da manutenção do sistema público, de forma que os cidadãos canoenses pudessem ter o melhor tratamento possível. Se nos últimos anos o caos na saúde piorou, OT intensificou ainda mais sua atuação na cobertura de assuntos relacionados ao tema.

Século 21

O século 21 tem sido especialmente complicado para o atendimento de saúde dos canoenses. O Hospital de Pronto Socorro, que era visto como solução, e chegou a ser inaugurado como um modelo para o Estado em 2005, rapidamente passou a ser tratado como problema pela Prefeitura. OT acompanha a deterioração da qualidade do atendimento na instituição desde a sua abertura até o atual momento, no qual a gestão do hospital está com o Grupo Mãe de Deus, que está prestes a abandoná-la. Por muitas madrugadas, nossa equipe esteve no local nos últimos anos, dando voz aos pacientes que aguardaram por horas por uma simples consulta.

Paralelamente, contribuímos para a divulgação da verdade sobre o sistema de teleagendamento de consultas nos postos de saúde. Enquanto a administração municipal pregava que se tratava, mais um vez, de uma solução, a população procurava OT para denunciar que a forma de marcar consultas era um verdadeiro transtorno. Se no começo a secretaria municipal de saúde tentou desacreditar nossas fontes, logo isso se tornou impossível, quando o Ministério Público Federal (MPF) apertou o cerco e exigiu mudanças significativas no sistema. Mais uma vez este jornal trouxe a verdade aos olhos da sociedade enquanto a versão oficial dizia outra coisa e a preocupação do MPF comprovou isso.

Dramas individuais

Como muitos casos de pacientes, ao longo de nossa história, só chegaram à redação quando o problema já era grave e avançado, em centenas de reportagens focamos em dramas humanos, apresentando o calvário que estes nossos leitores enfrentaram para conseguir precedimentos dos mais complexos aos mais simples.

Percebemos o módus operandi dos governos ao longo das décadas, com as administrações resolvendo rapidamente as situações pontuais que publicamos em nossas páginas. Ou seja, o caso do paciente que foi até o jornal e apresentou o problema, em muitas ocasiões foi resolvido porque as gestões da Prefeitura temiam maiores repercussões. Embora OT tenha como missão servir a toda a comunidade e não descuidar de pautas como o sucateamento do SUS em âmbito geral, foram alguns destes casos pontuais, resolvidos depois da interferência do jornal, que mais marcaram nossa equipe. Algumas pessoas atribuem às nossas reportagens um ponto de virada em suas vidas e, por isso, não seria possível concluir este texto sem citar um destes casos.

O caso Mariana

Mariana Cardoso realizou a cirurgia no HU. Foto: divulgação

Mariana Cardoso realizou a cirurgia no HU. Foto: divulgação

Um caso recente e que ilustra o impacto que as reportagens de saúde de OT tem sobre a vida das pessoas é o da menina Mariana Cardoso, 15 anos. Em 2015, sua mãe, Adriana Cardoso, procurou o jornal para expor a situação da filha. A curvatura da coluna era de 60 graus em junho de 2014. Em julho deste ano, a curvatura já está em 72 graus. “Os órgãos vitais estão sendo pressionados, fazendo com que ela corra risco de morte. A SAÚDE desse ESTADO está matando minha filha, estou perdendo minha filha”, afirmava Adriana em e-mail.

Depois de uma série de reportagens produzidas pelo repórter Bruno Lara, a menina finalmente foi operada. Atualmente ela está bem e descreve sua relação com o jornal: “Tudo melhorou depois da cirurgia. Meu físico, minha vida e minha história. Eu pensava que nada iria adiantar, mas pela persistência da minha mãe e graças a ajudas como a do jornal O Timoneiro e do Bruno Lara, hoje estou com muito feliz e sei que posso ajudar outras pessoas também. Posso pular, correr e dançar. Me sinto linda agora”.

 

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.

O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.

Podem solicitar o benefício as famílias que:

  • Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
  • Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
  • Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
  • Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.

Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,

“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.

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Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.

Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.

O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.

As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.

O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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