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30/06/2025
 

Comunidade

Pior quadrimestre em 35 anos, avalia Sindicato dos Comerciários

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Centro da cidade continua com os tão indesejados fios. Foto: Bruno Lara/OT

Calçadão de Canoas concentra boa parte do comércio da cidade. Foto: Bruno Lara/arquivo-OT

O Sindicato dos Comerciários de Canoas e Nova Santa Rita (Sindec) apontou, na última semana, que ao menos mil demissões foram registradas no setor apenas nos quatro primeiros meses. Porém, o número pode ser ainda maior, pois apenas aqueles com mais de um ano de contrato passam pelo sindicato para o desligamento.

A situação, segundo o presidente do Sindec, Antônio Felini, alterou a dinâmica do sindicato a partir da necessidade de um grande número de desligamentos. “Nós tínhamos, a cada meia hora, uma rescisão. Tivemos de mudar a nossa agenda e fazer a cada cinco minutos, ou nossa agenda acabaria em julho”, aponta. “Em todos esses 35 anos que eu estou no sindicato, eu nunca vi uma recessão igual a essa. Estão cortando e não estão repondo. Os salários maiores estão sofrendo maior retaliação”, afirma.

O motivo dessa crise, acredita ele, é a falta de dinheiro das pessoas devido a falta de empregos. “A estabilidade do governo. Nós temos dois governos. Um interino e outro paralelo que não sabe se vai sair. Se voltar muda toda a política econômica do país. As pessoas não estão mais comprando 10, 15, 20 vezes, estão comprando três vezes por não saber como estará a situação daqui há três meses”, pontua.

Empreendedor na crise

Já Itamar Tadeu, presidente do Sindilojas Canoas, acredita que o fechamento de algumas empresas é o maior motivo para o grande número de demissões. Embora deposite a esperança de dias melhores no novo shopping, que está sendo construído no bairro Marechal Rondon, próximo ao Capão do Corvo, ele ressalta que há preocupação no setor.

“Existe uma preocupação muito grande e agente estava esperando um impacto imediato com a saída da Dilma, mas nós não estamos sentindo essa segurança, essa mudança. Nesse primeiro momento é difícil tu retomar a tua economia, a tua loja, o teu estabelecimento. Por isso está ainda ocorrendo algumas demissões, principalmente das que estão há mais de um ano e que tem que ir ao sindicato fazer a homologação”, pontua.

A procupação de ambos os sindicatos é que o número pode ser muito maior do que os registros mostram em função dos colaboradores que tem menos de um ano. “A Lei diz que pode fazer o pagamento na sua própria empresa. Com certeza tem mais algumas pessoas que estão sendo demitidas e que não se confere pelo sindicato a saída delas”, acredita Tadeu.

Indústria parcela

Seguindo a lógica do Governo do Estado, a indústria canoense, segundo Tadeu, também tem parcelado o salário de seus funcionários. “Estão fazendo o pagamento de seus salários em duas ou três vez, pois não estão conseguindo fazer o pagamento até o quinto dia útil. Mas indústria, comércio não é tanto porque são pequenas as quantidades de colaboradores”, pondera.

Segurança

Para o presidente do Sindilojas, a segurança é um dos fatores que resulta no fechamento de algumas lojas. “O que também preocupa agente é o fechamento de algumas lojas. A gente deve lembrar que hoje a gente tem um problema grave em nosso município, que já melhorou muito, que é a falta de segurança. Isso nos deixa muito preocupados. O pequeno comércio, que tem dificuldade para se manter, ainda enfrenta isso”, opina. “O primeiro a sofrer é o nosso funcionário”, conclui.

Mas o sindicato patronal acredita que com a saída da presidente da república, Dilma Rousseff (PT), a situação deve melhorar. “Nós estamos otimistas. Queremos que dentro de dois meses, fazendo essas mudanças que o presidente está fazendo, algumas coisas bem interessantes e outras nem tão interessantes. Não nos agrada, mas alguém tem que ser peitudo, alguém tem que fazer a mudança. E nós temos que apostar que alguém vai fazer a mudança”, acredita afirmando que tudo se resolve a partir da credibilidade do Governo Federal, embora garanta que a luta será contra a criação de novos impostos. “Não podemos aceitar qualquer tipo de imposto novo. A CPMF não vai retornar, pelo menos pela nossa briga. Para que ela continue enterrada”, pontua.

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Comunidade

Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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