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17/08/2025
 

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Opinião: Para que honrar a palavra?

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bruno18032016

 

Lembro bem daquelas conversas entre pai e filho, após algumas latinhas vazias já se enfileirarem no costado da parede da área. Sábio da vida, por nunca ter concluído o ensino fundamental, ele dizia para meu desprezo: “A única coisa que tu tem na vida é o teu nome”. Falou o homem que não tem um Porsche, pensava eu. Afinal todo o jovem é dotado, por natureza, de toda a razão. Só que não.

Talvez esse pensamento seja o que me faz não defender o projeto petista de hoje. Nossos governantes não tem palavra. Até tem, mas não a honram dias depois de dizê-las. Não podemos confiar, como eu confiava no passado, nas palavras por eles empregadas.

“O rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu, porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, ao invés de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu uma bobagem. Se não, não teria o escândalo que tem”. A frase é do ex-presidente Lula, em 2010, quando saiu em defesa ao Wikileaks e ao direito de expressão.

Por qual motivo agora o problema é a divulgação dos áudios e não as bobagens que lá foram ditas? Como o próprio disse, ao invés de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu. Se Lula não tivesse a postura que tem, não estaria neste rolo e nada seria encontrado nas gravações. É exatamente para isso que o grampo serve. E este foi sim autorizado pela justiça. Nada de ilegalidade nisso. Divulgá-los, talvez sim. Mas o erro de um juiz de primeira instância precisa, para o bem do bom senso, ser menor que os erros da Presidência da República.

O mesmo ocorreu com a defensora dos direitos humanos, deputada Maria do Rosário. As tentativas da petista de defender Lula da expressão “as mulheres de grelo duro” foram patéticas. “Uma expressão do nordeste”, disse ela. E ficou feio. “Sobre as observações do presidente”, começou a entrevista à Rádio Gaúcha. Não, Maria do Rosário, não são observações. É machismo, idêntico ao praticado por Bolsonaro, o qual tanto critica. A diferença? A sigla. Os cargos. O tempo de televisão. A amizade que permite julgar as entrelinhas que não são vistas no opositor.

“Há uma diferença quando se diz uma expressão dessas em público, no sentido de agredir alguém, e no contexto entre dois amigos. Ele falava com uma pessoa da sua intimidade”, tentou e acabou incentivando, apenas, que o machismo velado não é um problema, apenas quando feito para agredir. Ou, pior, que o machismo pode com os amigos.

E assim continuam as tentativas petistas. Dilma diz que nomeou Lula para tentar barrar o impeachment. Mentira. Trouxe, isso sim, o problema para dentro do Planalto que, até então, nada tinha com os rolos de Delcídio do Amaral. Este, diga-se de passagem, não era qualquer um. Era líder do governo no Senado, pessoa de confiança. Dilma agiu para tirá-lo da mão de Sérgio Moro e o tiro saiu pela culatra assim como quando tentou justificar o “termo de posse” que deveria ser utilizado em “caso de necessidade”. O PT joga para a torcida, mas já foi amarelado e a expulsão parece não tardar. Infelizmente parece que já trocou os três jogadores e não pode mais substituir. Rousseff, mesmo lesionada, terá de segurar os próximos dois anos.

Em Canoas, a exemplo do país, a oposição é nula, inexistente. O que produz não é um grito, mas um ruído facilmente ignorado pelo Paço Municipal. Mas o cenário parece estar mudando. Aqueles que faziam parte da superbase de Jairo Jorge estão vendo nas alterações nacionais uma alternativa para apunhalar o chefe do Executivo pelas costas. Canoas está se movimentando como nunca antes. Na política, a oposição ao governo parece ter saído do armário.

A candidatura de Beth segue ameaçada, sobretudo por representar uma figura muito parecida com Dilma, quando foi eleita à sombra de Lula. O discurso será o mesmo. Ela tem uma história (Dilma também disse). História essa que foi abandonada, após 44 anos de PP, por um projeto particular de poder. O PRB talvez seja o próximo a zarpar do governo por intervenção estadual. Se isso ocorrer, o partido de pouca, ou nenhuma, representação na cidade passa a ser o eixo essencial.

Para o meu pai, político é tudo um bando de ladrão. Ainda tenho esperança. Espero não estar novamente errado. Espero que o resultado saia nas urnas e não no grito. Que justiça seja feita e que essa turbulência que passa o país deixe a lembrança de que, como bem disse Jairo Jorge ao jornal O Timoneiro nesta semana, “ninguém está acima da lei”.

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Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Redação

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Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Foi efetivado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira, 24, o início do repasse que terá um total de R$ 179,7 milhões para o município de Canoas, por meio do programa Fundo a Fundo da Reconstrução, que integra o Plano Rio Grande.

O investimento se dará em diversas frentes de ação, como o hidrojateamento de redes de água e esgoto, a modernização de oito casas de bombas do município e a recuperação dos diques de proteção da cidade, danificados durante o evento meteorológico de 2024. Do valor total destinado a Canoas, R$ 62,8 milhões já foram depositados como primeira parcela. O restante será encaminhado conforme as entregas e obras forem sendo realizadas pela prefeitura.

“Não estamos apenas assinando um convênio, mas efetivamente depositando os recursos. Hoje, o Estado já transferiu R$ 62,8 milhões à conta do Fundo de Reconstrução do município. É a primeira parte dos R$ 179,7 milhões aprovados. A liberação é feita por etapas, à medida em que os projetos são executados”, afirmou Leite.

A destinação do Funrigs prioriza a recuperação de sistemas de proteção existentes, como forma de garantir eficácia e execução dentro do prazo previsto até 2027.

“Temos muito cuidado com a aplicação dos recursos. Cada projeto é analisado tecnicamente e validado pelo Comitê Científico, para assegurar que estamos financiando soluções consistentes e que protejam a população”, completou.

Obras vão minimizar o impacto das chuvas

O hidrojateamento permitirá a limpeza e desobstrução das redes pluviais e de esgoto, reduzindo entupimentos e prevenindo problemas futuros nas tubulações, especialmente em períodos de chuvas intensas.

A modernização das casas de bombas também está entre os projetos aprovados pelo governo do Estado. Os recursos serão utilizados na melhoria dos equipamentos e na realização de manutenções necessárias para garantir o funcionamento adequado das estruturas. Os diques que fazem a contenção da água no município receberão obras de recuperação.

“Essas obras são complexas e envolvem várias frentes e regiões densamente povoadas da cidade. Com esse apoio do Estado, vamos acelerar o ritmo e avançar nas etapas que já estavam preparadas. Estávamos tocando com recursos próprios e da venda da Corsan, mas agora podemos acelerar com segurança. O mais importante é devolver a tranquilidade às pessoas”, destacou o prefeito de Canoas, Airton de Souza.

Diques

Entre os projetos contemplados, estão a recuperação do dique da Niterói, com R$ 500 mil para contratação de projetos, e a reestruturação dos diques do Rio Branco e Matias Velho, com valores de R$ 62 milhões e R$ 34,2 milhões, respectivamente. As casas de bombas, que tiveram seu funcionamento comprometido durante a enchente, receberão R$ 78,7 milhões em obras estruturais, eletromecânicas e de automação.

O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, reforçou que a liberação para Canoas é resultado de intenso trabalho técnico e colaboração entre as equipes estaduais e municipais. “Essa entrega só foi possível porque tivemos um esforço conjunto, com muito diálogo, ajustes de projeto e foco na solução. Canoas tem papel estratégico na proteção da Região Metropolitana, e o Estado está fazendo sua parte para garantir essa segurança”, pontuou.

Além de Porto Alegre e Canoas, que já tiveram repasses confirmados, cerca de 30 municípios manifestaram interesse e estão em diálogo com o Executivo Estadual para receber recursos do programa Fundo a Fundo da Reconstrução.

Também participaram da reunião o secretário em exercício da Fazenda, Itanielson Cruz, o vice-prefeito Rodrigo Busato e secretários municipais.

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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

Redação

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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

Devido às fortes chuvas que causam estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o governo do Estado passou a divulgar boletins com informações para a população.

Confira abaixo o relatório mais recente

  • Municípios afetados: 146
  • Pessoas em abrigos
  • Pessoas desalojadas: 7098
  • Pessoas desaparecidas: 1
  • Óbitos confirmados: 4
  • Feridos: 2
  • Pessoas resgatadas*: 733
  • Animais resgatados*: 139
  • Município com decreto de estado de calamidade pública: 1
    Jaguari
  • Municípios com decreto de situação de emergência: 26
    Dona Francisca
    Cerro Branco
    Agudo
    Nova Palma
    Cruzeiro do Sul
    Passa Sete
    São Sebastião do Caí
    Cacequi
    Rosário do Sul
    Tupanciretã
    Nova Santa Rita
    São Francisco de Assis
    Liberato Salzano
    Amaral Ferrador
    Toropi
    Montenegro
    Silveira Martins
    São Vicente do Sul
    Júlio de Castilhos
    Paraíso do Sul
    Dilermando de Aguiar
    Canoas
    General Câmara
    São Gerônimo
    Capão do Cipó

*Apenas as pessoas e os animais resgatados pelas forças de segurança do Estado.

Nível dos rios e lagos

A chuva deixou rios e lagos do Estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação. Confira:

  • Rios retornando à normalidade:
    Taquari (Santa Tereza a Bom Retiro do Sul) – Declínio dos níveis até o retorno para normalidade, com pequenas elevações em função das chuvas das últimas 24h.
    Quaraí – Tendência de declínio.
    Dona Francisca – Já declinou até retornar aos níveis normais.
  • Rios em cota de atenção:
    Taquari (Encantado) – tendência de declínio.
    Caí (Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia) – Tendência de declínio em Nova Palmira e estabilidade em Costa do Rio Cadeia.
  • Rios em cota de alerta:
    Taquari à montante de Encantado (entre Santa Tereza a Muçum) – Tendência de lento declínio dos níveis.
    Taquari à jusante de Encantado (de Estrela/Lajeado a Porto Mariante) – Tendência de lento declínio em Estrela/Lajeado, devendo entrar em estabilidade entre Bom Retiro e Porto Mariante.
    Caí (São Sebastião do Caí) – Tendência de lento declínio.
    Guaíba – Tendência segue em estabilidade, devendo manter os níveis elevados durante os próximos dias, não tendo previsão de que os níveis atinjam as cotas de inundação do Cais Mauá (3 metros) ou da Usina do Gasômetro (3,6 metros).
    Gravataí (Gravataí e Alvorada) – Tendência de estabilidade, mantendo os níveis elevados.
    Paranhana (Taquara) – Tendência de lento declínio.
  • Rios em cota de inundação:
    Uruguai (São Borja a Uruguaiana) – Tendência de estabilidade entre São Borja e Itaqui e lenta elevação em Uruguaiana.
    Ibirapuitã (Alegrete) – Tendência de declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
    Ibicuí (Manoel Viana) – Tendência de lento declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
    Caí (Montenegro) – Tendência de estabilidade.
    Taquari (Taquari) – Tendência de lenta elevação, devendo entrar em estabilidade ao longo do dia.
    Jacuí (Cachoeira do Sul até São Jerônimo) – Constante declínio em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, e variando entre estabilidade e lenta elevação em São Jerônimo.
    Jacuí (Ilhas da RMPOA) – Tendência entre estabilidade e lenta elevação, mantendo os níveis elevados nos próximos dias.
    Sinos (Campo Bom e São Leopoldo) – Tendência de lento declínio, já retornando para cota de alerta em Campo Bom.
  • Nível de rios e lagos

Mais informações

Informações sobre os pontos com bloqueios parciais e totais nas estradas do RS e situação das barragens, além dos avisos e alertas da Defesa Civil e imagens do radar meteorológico podem ser conferidas nos links abaixo.

Alertas

Para aumentar o nível de prevenção, as pessoas podem se cadastrar para receberem os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas.

Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”.

Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual.

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CHUVAS: Sobe para quatro o número de mortos e mais de 130 municípios afetados no Rio Grande do Sul

Redação

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CHUVAS Sobe para quatro o número de mortos e mais de 130 municípios afetados no Rio Grande do Sul

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana já causaram quatro mortes, segundo confirmou a Defesa Civil estadual no domingo, 22. A vítima mais recente é um homem de 59 anos, encontrado sem vida dentro de um carro no Rio Dourado, no município de Aratiba, no norte do estado.

A principal suspeita é de que o veículo tenha sido arrastado pela correnteza na última quinta-feira, 19, enquanto o homem tentava atravessar uma ponte. O desaparecimento foi registrado pela família no sábado, 21, à noite.

Além das vítimas fatais, um homem de 65 anos continua desaparecido em Candelária, na Região dos Vales. Ele estava em um carro com a esposa quando o veículo foi levado pela água na terça-feira, 17. O corpo da mulher já foi localizado.

De acordo com o boletim mais recente da Defesa Civil, divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, 132 municípios relataram prejuízos em decorrência das chuvas. Ao todo, 6.258 pessoas estão desalojadas, e 1.071 estão abrigadas em 41 locais de acolhimento.

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