Meio Ambiente
Consulta pública aborda plano de preservação e conservação da Mata Atlântica

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) vai iniciar a etapa de diagnóstico em Canoas através da Secretaria do Meio Ambiente. Para isso, foi aberta uma consulta pública para conhecer a opinião da população e demais interessados na causa.
Os principais objetivos do Plano são:
- identificar e mapear os remanescentes de Mata Atlântica — áreas de que se mantém preservadas;
- estudar a situação atual dos remanescentes, ao analisar sua importância para o meio ambiente;
- propor prioridades e ações de conservação, recuperação e proteção para os remanescentes de Mata Atlântica considerados mais importantes.
“O município conta com fragmentos florestais pertencentes a esse bioma. A partir do PMMA, que está em andamento, pretende-se manter o comprometimento com a proteção à biodiversidade”, ressalta o secretário de Meio Ambiente, Gustavo Rabaioli.
Os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) estão previstos na Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11428/2006, art. 38). O objetivo principal é avaliar as condições dos remanescentes florestais e propor ações de recuperação e conservação, o que inclui a Região Metropolitana de Porto Alegre.
Para participar da consulta pública, os interessados podem acessar o seguinte link:
Meio Ambiente
Série “Cidades Resilientes” mostra como país precisa se preparar para viver em um clima que já mudou


A série de reportagens Cidades Resilientes, recém lançado pelo Grupo O Timoneiro, faz um retrato contundente de como os impactos da crise climática já fazem parte da rotina das cidades brasileiras, e de como governos, comunidades e cidadãos precisam agir para enfrentar um cenário que deixou de ser futuro e passou a ser presente. Ao longo de dez episódios, a produção discute soluções, riscos e caminhos para construir cidades capazes de resistir, se adaptar e se reerguer diante de eventos extremos cada vez mais frequentes.
A urgência de um novo olhar sobre o clima
No episódio de estreia, a série destaca que estiagens prolongadas, enchentes, tornados e tempestades de granizo já fazem parte do cotidiano. A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024 é usada como alerta máximo: mais de 500 mil pessoas foram deslocadas, 185 morreram e 23 seguem desaparecidas. As comunidades mais afetadas foram justamente as mais vulneráveis, populações periféricas, quilombolas e ribeirinhas.
O programa explica que uma cidade resiliente não é aquela que evita totalmente os impactos, mas sim a que consegue absorvê-los, proteger vidas e restabelecer rapidamente seu funcionamento. Isso exige duas frentes: mitigação, que busca reduzir os efeitos das mudanças climáticas, e adaptação, que prepara a cidade para os impactos inevitáveis. Ser resiliente, portanto, significa antecipar problemas, aprender com crises e reinventar o modo de viver nas cidades.
Eventos extremos: uma nova rotina
Os episódios seguintes detalham como os eventos extremos, antes esporádicos, se tornaram rotina. O RS vivenciou nos últimos anos estiagens históricas, ciclones, ondas de calor e enchentes devastadoras. Um estudo da UFRGS indica que esses eventos podem ficar até cinco vezes mais frequentes no Sul do país nos próximos 75 anos.
A combinação entre urbanização acelerada, impermeabilização do solo, emissão de gases de efeito estufa, aumento da frota de veículos e expansão desordenada das cidades intensifica os danos. A série reforça que nem o poder público nem a sociedade civil conseguem responder sozinhos: a reconstrução e a prevenção dependem de esforços coordenados.
Soluções baseadas na natureza: reconstruir a relação com os rios
O terceiro episódio apresenta caminhos inspirados nas chamadas Soluções Baseadas na Natureza (SBN). O objetivo é recuperar a relação das cidades com seus rios e permitir que a água encontre espaço para circular e ser absorvida pelo solo. Da drenagem sustentável à arborização, as SBN desafiam o modelo tradicional de “expulsar” a água e propõem alternativas para reduzir enchentes e ilhas de calor.
A Holanda aparece como referência: depois de séculos tentando dominar a água, o país passou a criar áreas onde o mar pode entrar sem causar danos, reorganizando-se para coexistir com seu ambiente.
Habitações resilientes e urbanismo sustentável
O quarto episódio aprofunda os desafios de garantir moradia segura em um contexto de eventos extremos. Muitas casas deixam de ser refúgio quando estão em áreas ribeirinhas, zonas de risco ou regiões alagáveis protegidas por diques que falham. O programa mostra que mobilidade, saneamento, conexão com áreas verdes e arborização são componentes essenciais de um urbanismo capaz de enfrentar o futuro.
Exemplos internacionais reforçam a importância de devolver espaço à natureza, como o caso sul-coreano em que um “rio fantasma”, canalizado por décadas, está sendo reaberto para revitalizar o território.
Tecnologia e cidades inteligentes: o presente da resiliência
No quinto episódio, a série mostra como tecnologia e dados são fundamentais para monitorar riscos, prevenir catástrofes e salvar vidas. Monitoramento em tempo real, inteligência artificial, dados georreferenciados e sistemas de alerta rápida formam um conjunto de ferramentas que tornam as cidades mais eficientes e preparadas.
A tecnologia também permite comunicação ágil e transparente, essencial para que a população saiba como agir antes e durante um desastre. Exemplos práticos aparecem ao longo do episódio — como quadras esportivas rebaixadas que se transformam em reservatórios temporários e o uso holandês de tijolos permeáveis nas ruas secundárias.
Educação climática: a base da mudança cultural
O episódio seguinte reflete sobre o papel da educação ambiental como força transformadora. Professores, escolas e jovens são apontados como atores centrais de uma mudança que vai além do meio ambiente: envolve cultura, economia, política e comportamento.
A série defende que cidades resilientes precisam de cidadania ativa, e isso começa quando crianças e adolescentes compreendem como suas ações individuais afetam a coletividade.
Saúde e clima: um novo desafio urbano
Outro capítulo revela como as mudanças climáticas se tornaram um problema de saúde pública. O aumento da temperatura fortalece vetores de doenças, amplia casos respiratórios e pressiona o sistema de saúde. Mas as consequências não são apenas físicas: o impacto psicológico de perder casas, memórias e referências, como ocorreu no RS em 2024, gera ansiedade, depressão e traumas duradouros.
Economia circular e empregos verdes
A série também aborda a transformação econômica trazida pela crise climática. A economia verde cria novas oportunidades de negócios e empregos, desde o saneamento até tecnologias de mitigação industrial. A economia circular surge como modelo estratégico para reduzir desperdícios e preservar recursos, enquanto o acesso a financiamentos internacionais é visto como peça-chave para tornar cidades mais resilientes.
Mobilidade urbana: circular é resistir
O episódio sobre mobilidade urbana ressalta que a forma como nos deslocamos impacta o clima e a própria estrutura das cidades. O modelo baseado no carro individual agrava congestionamentos, emissões e desigualdades. A série propõe a ampliação do transporte público de massa — com estímulo a ônibus elétricos — e a criação de multicentralidades para reduzir deslocamentos longos. A mobilidade é tratada como tema central de resiliência.
Ação coletiva e participação cidadã
No episódio final, Cidades Resilientes afirma que enfrentar o clima que já mudou depende de transparência, responsabilidade compartilhada e engajamento popular. Da pavimentação dos quintais às grandes obras de infraestrutura, a adaptação exige decisões coletivas e visão de longo prazo.
A conclusão é clara: governos, empresas e cidadãos precisam agir juntos, guiados pela ciência e pela natureza, para construir cidades mais seguras, humanas e preparadas para o futuro.
Ficha Técnica
O projeto conta com roteiro, direção do jornalista Vanderlei Dutra, que também conduz a narrativa ao longo de toda a produção. A produção é assinada por Fabiano Florez, enquanto Pedro Busanello responde pelas imagens e edição.
A consultoria de conteúdo fica a cargo de Helena Grundig, que também participa das entrevistas ao lado de Satya Maia Patchineelam, trazendo aprofundamento técnico e contextualização ao tema.
A iniciativa tem patrocínio do BRDE, que apoia a realização do projeto.
Meio Ambiente
CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Com o objetivo de proteger a produção sem comprometer o meio ambiente, a CMPC vem ampliando o uso de práticas inovadoras dentro do manejo integrado de pragas. Uma das principais estratégias é o controle biológico, realizado por meio da aplicação de organismos vivos que atuam como agentes naturais, capazes de manter o equilíbrio nos cultivos e minimizar os danos causados pelas pragas.
Segundo o diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, a iniciativa representa um avanço importante. “Estamos investindo em soluções que unem tecnologia, respeito à natureza e produtividade, garantindo a preservação para as futuras gerações”, destaca.
Entre as pragas controladas está principalmente o Thaumastocoris peregrinus (percevejo-bronzeado), inseto que se alimenta da seiva das folhas e compromete o desenvolvimento saudável das árvores. Nesse sentido, as equipes de pesquisa da companhia trabalham no desenvolvimento de um pequeno aliado natural que tem feito toda a diferença no campo: o Cleruchoides noackae, um inseto que parasita os ovos do percevejo, com atuação silenciosa, porém eficaz, e que não causa danos ambientais nos plantios. Desde 2015, a CMPC conta com o apoio desse agente, que age de maneira precisa, impedindo que a praga se reproduza e se espalhe.
Tecnologia e pesquisa
Criado no laboratório do viveiro, localizado na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), o agente natural é liberado nas áreas monitoradas com o apoio de drones, em cápsulas biodegradáveis. A utilização potencializa o processo, garantindo maior precisão na aplicação, otimização de recursos e eficiência operacional, além de reduzir a dependência de defensivos químicos.
Os resultados do controle biológico têm sido expressivos. Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando a redução da produtividade de plantios e eliminando a aplicação de defensivos químicos.
Para o pesquisador Norton Borges Junior, um dos responsáveis pelo estudo em fitossanidade na CMPC, o diferencial da técnica está justamente na antecipação. “Quando começamos a identificar a presença do percevejo nas armadilhas, conseguimos agir rápido com o parasitoide. Isso evita que a praga alcance níveis críticos e garante um controle mais eficaz e duradouro”, explica.
Esse modelo também conecta a CMPC a outras empresas do setor por meio de parcerias e iniciativas com cooperativas para pesquisas. Ao apostar em soluções que respeitam a natureza e aumentam a eficiência no campo, a companhia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento responsável.
Sobre a CMPC
A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados.
O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global.
Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global.
O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade. Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site: https://cmpcbrasil.com.br/
Meio Ambiente
Prefeitura recebe convite para o lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável

O prefeito Airton Souza e o vice-prefeito Rodrigo Busato receberam, nesta quarta-feira, 17, no Paço Municipal, a presidente do Fórum das Entidades de Canoas, Maria Isabel Bodini Viegas, a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, e a advogada e ex-vice-prefeita Gisele Uequed.
Na ocasião, foi entregue o convite para o evento de lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável, que ocorrerá no dia 30 de outubro, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CICS).
Idealizado pelo Fórum das Entidades, a iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nia Hub e tem como meta posicionar Canoas para se tornar a primeira cidade sustentável do Brasil a conquistar o selo internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
A iniciativa também prevê a criação de uma plataforma digital, que será gerida pela sociedade civil e universidades locais, garantindo continuidade e participação permanente da comunidade acadêmica.
O prefeito Airton Souza destacou o compromisso da gestão com a construção de uma cidade mais preparada para o futuro.
“É minha missão trabalhar todos os dias para que Canoas seja uma cidade melhor. O lançamento do Projeto Canoas Resiliente e Sustentável é um passo fundamental nessa caminhada. Vamos fazer de tudo para que esse projeto tenha êxito, porque ele representa qualidade de vida, inovação e responsabilidade com as próximas gerações.”
O vice-prefeito Rodrigo Busato reforçou a importância da perenidade da proposta.
“A grandeza desse projeto está também no fato de que ele será conduzido pelas universidades, o que garante que a iniciativa não dependa de ciclos políticos ou trocas de gestão. Canoas vai colher resultados duradouros, que ficarão como legado para a cidade e para toda a região.”
A presidente do Fórum das Entidades, Maria Isabel Bodini Viegas, ressaltou a necessidade de fortalecer a cidade diante dos desafios climáticos.
“Depois da enchente de 2024, é essencial que Canoas se torne mais resiliente e sustentável. O selo LEED nos dá parâmetros internacionais para que possamos planejar e agir de forma responsável, tornando nossa cidade um exemplo para o país.”
A ex-vice-prefeita e advogada Gisele Uequed destacou o impacto positivo que a certificação pode trazer para o desenvolvimento econômico. “Ao conquistar o selo LEED, Canoas estará preparada para atrair novos investimentos, gerar oportunidades e mostrar ao Brasil e ao mundo que somos uma cidade que aposta no futuro sustentável.”
Já a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, apontou que o município pode se tornar referência nacional na reconstrução urbana. “Canoas tem todas as condições de ser um modelo de cidade sustentável. Com esse projeto, temos a oportunidade de mostrar como é possível enfrentar grandes desafios, como os que vivemos em 2024, e transformar a experiência em referência para outras cidades brasileiras.”
O LEED é o sistema de certificação de edificações, comunidades e cidades sustentáveis mais reconhecido do mundo, fornecendo diretrizes abrangentes para construções e cidades eficientes, saudáveis e econômicas. Globalmente reconhecida, a certificação conta com o apoio de uma ampla rede de organizações e profissionais comprometidos em impulsionar práticas cada vez mais sustentáveis.

Oportunidade5 dias atrásBanrisul abre processo seletivo de estágio com inscrições gratuitas e salários de até R$ 2.588,72

Segurança Pública1 semana atrásPolícia Civil prende 102 foragidos em operação no RS; Canoas está entre as cidades monitoradas

Geral1 semana atrásEspetáculo leva celebração musical para comemorar o Natal com alegria e interação, em Canoas

Geral6 dias atrásDeise Nunes Lopes assume a presidência da CDL Canoas no biênio 2026/2027

Emprego1 semana atrásCaravana de Empregos será realizada na sexta-feira, 12, com vagas para o supermercado Macromix

Estado1 semana atrásGaúchos com dívidas antigas de IPVA têm até segunda-feira, 15, para quitar com desconto

Esporte1 semana atrásCanoas promove 1ª edição do Natal em Movimento com pedalada e arrecadação de alimentos
Comunidade1 semana atrásPrefeitura na Tua Casa será neste sábado, 13 de dezembro, no Loteamento Prata























































