Conecte-se conosco

header-top

enchentes rio grande do sul






 

07/09/2024
 

Opinião

Artigo: ‘Licença para matar’ – (por Carlos Marun – ex-Ministro de Estado)

Redação

Publicado

em

Palmas para um derrotado (por Carlos Marun- Ex-Ministro de Estado)

LICENÇA PARA MATAR

por Carlos Marun*

Só se mata reféns portando uma bandeira branca quando a prática de matar civis desarmados é a regra.

Os Nethaniahuistas de plantão continuam considerando isto como “coisas que acontecem”, mas o prisma de análise deve ser outro e bem mais profundo.

O que este episódio revela? Em primeiro lugar o completo despreparo e pavor dos militares israelenses envolvidos nos combates em Gaza. Só pessoas apavoradas poderiam cometer estes assassinatos. Na sequência vem a sua disposição para o cometimento de crimes de guerra. Estes coitados conseguiram escapar do cativeiro e seguiram em direção às suas tropas portanto uma bandeira branca. Não poderiam ter sido assassinados mesmo que fossem militantes do Hamas, pois executar adversários rendidos é crime de guerra. Dois deles morreram na hora, mas um mesmo ferido conseguiu fugir e gritar socorro em hebraico. Assim mesmo foi perseguido e assassinado por seus próprios compatriotas.

A realidade é que a falta de uma causa justa pela qual lutar está “mudando para muito pior” as FFAA de Israel. Uma coisa era lutar pela existência de sua Pátria. Outra coisa é lutar e morrer para que colonos possam continuar roubando as terras dos Palestinos ou simplesmente para matá-los. E sem uma causa moralmente justa os eficientíssimos soldados de Israel, que em 1967 em seis dias derrotaram 5 exércitos árabes, se transformaram em um bando desorganizado a executar as ordens criminosas emanadas do Governo de Israel e que em cerca de 70 dias de combates não conseguiram vencer a resistência do Hamas.

Os episódios de simples manifestações de ódio promovidas por estas tropas se repetem e são divulgados em vídeos postados por eles próprios. Além de outras barbaridades, até incendiar comida que chegou a Gaza como ajuda humanitária autorizada eles já fizeram.

Além disto os erros maiores são evidentes. Em primeiro lugar a bisonha falha da inteligência que não detectou o que iria acontecer. Na sequência, logo após os atentados terroristas de 07/10 helicópteros Israelenses chegaram ao local da festa rave atacada e mataram vários dos participantes sobreviventes por confundi-los com terroristas. De lá para cá não conseguiram libertar um único refém. (Dizem que libertaram um, mas não mostraram filmagens da operação e nem a comemoraram). Na sequência admitiram que cerca de 20% dos seus militares mortos nos combates terrestres o foram por fogo amigo ou em acidentes. E agora admitem que mataram a tiros 3 destes reféns que por seu próprio esforço tinham conseguido fugir.

O número de baixas entre os militares israelenses nos combates terrestres cresce a cada dia e hoje já é maior do que o número de reféns mantido em cativeiro.

As FFAA de Israel hoje só são eficientes no momento em que jogam bombas de aviões até porque o chão é difícil de errar. E no chão sempre existem palestinos a serem mortos até porque Gaza é a mais densamente povoada porção de território do nosso planeta. Além disto, lá pilotos não correm riscos pois em Gaza não existem armas anti-aereas.

É isto, na falta de uma causa moralmente justa pela qual lutar a outrora eficientíssimo máquina de guerra israelense se transformou em um pesado paquiderme ineficiente.

E nesta Guerra, no início até existia uma causa que, se vista isoladamente, poderia ser considerada justa: perseguir e punir o Hamas que praticou imensa barbárie contra seus cidadãos. Porém isto ficou em 2o plano quando um desmoralizado Nethaniahu decidiu-se por uma vingança contra toda a população palestina e fez das suas FFAA o “braço armado” para a execução destes massacres.   Chega!!!!

Urge que israelenses de boa índole, e eles existem e são muitos, cheguem ao Poder e demonstrem coragem de lutar pela Paz, conscientes de que ela só poderá vir a partir da implantação de um Estado da Palestina ao lado do Estado de Israel.

Sob o comando de Bibi a absoluta ruptura moral é hoje uma ameaça para Israel e isto é um perigo para a região e para o mundo.

Fora Nethaniahu!!! Que se comece a falar em Paz!!!

*Engenheiro e Advogado e Ex-Ministro de Estado

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Opinião

ARTIGO: “Palmas para um derrotado” (por Carlos Marun- Ex-Ministro de Estado)

Redação

Publicado

em

Primeiro Ministro de Israel

No dia 24 de Julho de 2024 a Democracia Americana viveu mais um dia triste, coisa que tem infelizmente se tornado comum por lá. Quase a totalidade dos congressistas republicanos e boa parte dos democratas receberam sob aplausos Benjamin Nethaniahu, que pela 6a vez discursou no Capitólio, um símbolo da Democracia Universal, onde um fascínora como este Primeiro-Ministro sequer deveria ser autorizado a pisar.

Nethaniahu chegou ao poder depois do assassinato por um correligionário seu, com um tiro pelas costas, de Ytzak Rabin, um líder forjado na guerra e que teve coragem de buscar a paz. Convenceu o eleitorado israelense de que ele não precisava de paz, mas de segurança. Recebeu uma procuração deste eleitorado para acabar com o processo de Paz. E o fez, também com um tiro pelas costas. Continuou escravizando os palestinos e fortalecendo militarmente Israel, sempre com o apoio incondicional dos Estados Unidos da América.

Tudo parecia estar correndo bem. É verdade que Nethaniahu para continuar no poder e longe da cadeia teve que se unir ao que de mais radical e fanático existe na política israelense, mas os líderes da maioria dos Estados Árabes, contaminados pelo vírus da indignidade, já caminhavam para iniciar negócios com Israel, através de acordos de Paz que se constituíam em tratados comerciais e que esqueciam os Palestinos.

Até que chegou o 07 de outubro. Infelizmente, no lugar de limitar sua ação aos ataques a bases militares de Israel inicialmente praticados, o Hamas permitiu que se instalasse a barbárie de um imenso atentado terrorista. Isto, naturalmente aproximou de Israel e solidariedade do mundo. E o contra-ataque foi ao início imensamente apoiado. Biden foi até lá abraçar Bibi, encostou em Gaza um imenso porta-aviões e autorizou Nethaniahu a lá buscar o armamento que quisesse a fim de destruir o Hamas. O conflito acabaria em alguns dias pensaram muitos. Afinal em 1967 foram necessários somente 6 dias para que Israel derrotasse vários exércitos árabes de uma vez só.

Mas daí as coisas começaram a fugir do script. Nethaniahu não queria só aniquilar o Hamas. Queria aniquilar Gaza. O alvo preferencial passou a ser a infraestrutura do enclave. Seus prédios, escolas, hospitais, igrejas… suas crianças. Um Genocídio começou a ser executado e, desta vez, televisionado. O Mundo começou a se horrorizar com o que assistia. O apoio a barbárie praticado pelas Forças Armadas de Israel, sob o comando de Nethaniahu e de seu governo composto por assassinos fanáticos, começou a minguar. E a se transformar em um pesado fardo para os que mantinham esta posição.

E os combates? Ali o fiasco está sendo pior. Em mais de 9 meses de luta, já são 688 os militares israelenses reconhecidamente mortos e mais de 10 mil os feridos, tudo isto no enfrentamento a um grupo de milicianos famintos e mal armados. E não passaram de 7 os reféns vivos libertados. As FFAA de Israel só tem sido eficientes nos bombardeios aéreos, isto porque não existem armas antiaéreas em Gaza e porque o chão é impossível de errar. E no chão do “gueto” mais densamente povoado do mundo, as bombas não tem dificuldade para acertar as cabeças de civis, sejam eles homens, mulheres ou crianças, que se protegem sob lonas de barracas.

Este novo cenário militar tem animado outros grupos a participarem do conflito em apoio aos Palestinos, aí se destacando o Hezbolah, que há anos já acabou com a ocupação militar do Sul do Líbano, e os Houtis, que do distante Iêmen tem sido hoje a novidade e que já conseguiram atingir até Tel-Aviv.

Biden, acossado por movimentos internos de repúdio a um genocídio praticado com o uso de munição americana teve que passar a rever sua posição. Chegou a aprovar na ONU um razoável plano de cessar-fogo, mas tem recebido em troca a costumeiramente ingrata e arrogante resposta negativa de Bibi.

É este o Nethaniahu que viajou a Washington. Humilhado e isolado. Foi pedir mais munição, em um reconhecimento de que sozinho não pode vencer o Hamas. No lugar disto foi recebido com protestos e apelos por um cessar-fogo tanto de Biden como de de ambos os candidatos a eleição presidencial. Recebeu também aplausos de muitos congressistas é verdade e penso que Nethaniahu visitou o único lugar do mundo onde pode ser hoje aplaudido. Em Israel não pode sequer sair às ruas.

Porém, eis que, quando isto parece se constituir em mais um episódio do triste “fim de carreira” da Democracia Americana, surge o pronunciamento de Kamala Harris imediatamente após seu encontro com Bibi, e renova as nossas esperanças. Ela de forma altiva hipotecou apoio irrestrito a existência de Israel, mas repudiou a forma da vingança de Nethaniahu e reafirmou apoio a instalação do Estado da Palestina. Ou seja, a única coisa aproveitável desta desastrada visita é que aqueles viciados em otimismo como eu passamos a ter para quem torcer naquela eleição.

Carlos Marun- Ex-Ministro de Estado

Continuar a ler

Opinião

Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Redação

Publicado

em

Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Prof Dra.Gilca Lucena Kortmann

Psicóloga CRP-07/38742/ Neuropsicóloga

Todo aluno ao entrar na escola, traz consigo uma bagagem de valores, aptidões, angústias, um mundo interior configurado a partir de uma combinação de fatores que procedem de fontes biológica e ambiental na qual desponta como fator primacial a influência dos pais, colegas, professores. As aprendizagens de crianças e adolescentes são processos evolutivos que estão imbricados no relacionamento destes com a escola e com a figura do professor(a), e em tempos pós pandêmicos, seguidos de manifestações da natureza que colocou a todos em situação de cansaço mental ou estafa mental, estresse crônico com sobrecarga das funções do cérebro, causando desregulação no sistema nervoso, abrimos espaço para reflexão e compreensão dos sentimentos , manifestações em termos de saúde mental destes atores envolvidos no espaço escolar procurando identificar as respostas tóxicas frente a este estresse que viveram  e vivem após inúmeras perdas: de casa , escolas, pertences de recordações..

Quando as crianças e adolescentes vivenciam uma dificuldade forte frequente e prolongada,  sem apoio emocional de um adulto, entre elas estão a negligência, abuso físico e emocional, ou exposição à violência, ou elevada carga de perdas como esta que vivemos no RS no mês de maio, com as catástrofes climáticas, devemos tomar  alguns cuidados com as soluções adotadas especialmente no caso das crianças e adolescentes , pois o estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa, e quando produzido, desencadeia mudanças químicas em seus corpos que  podem afetar os sistemas imunológico, endocrinológico e psiconeurológico.

Vivemos neste momento, uma enxurrada de informações, em uma velocidade e complexidade que interpela nossa vida pessoal, profissional, com inúmeras demandas, produzimos o tempo todo e, em nosso entorno problemas sociais, angústias, depressões, cansaço dos professores: tristezas, isolamentos, problemas com o sono (Revista Nova Escola/2021).

De que forma acolher nossos alunos? Crianças e adolescentes com comportamentos disruptivos por excesso de telas, e quando os pais retiram ficam sem controle de impulsos, sem controle das suas emoções, pais desgastados faltam com ajuste parental. Portanto, o trabalho de refletir sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, fazer modificação na rotina diária, no estilo de vida é um desafio. Força de vontade, é um fator preponderante, não espere! Dê seu modelo.

Continuar a ler

Opinião

Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim)

Redação

Publicado

em

Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim*)

Por Flavio Paim*

Conforme os Canoenses vão vendo reduzir aos poucos as agruras da Catástrofe Climática e o Sistema de Transporte Público da Cidade e da Região começa a ser restabelecido, também aparecem os velhos problemas do Sistema.

De novidade até aqui, por conta da catástrofe, O TRENSURB está operando com Tarifa Zero… Por Enquanto. Mas o preço da Passagem de ônibus, mesmo com as empresas subsidiadas por mais de R$ 1 milhão/mês pela Prefeitura, segue caro. E muitas vezes nem o número de ônibus e nem seus trajetos dão conta do que a população precisa, como tem nos mostrado matérias e mais matérias na mídia local.

E não bastasse o enorme custo para quem usa o Transporte Público, se ele não é adequado, obriga muita gente que poderia usá-lo, a andar de carro, e com isto congestionando o trânsito e em tempos de Catástrofe climática, nunca esquecendo também o poder poluente de milhares de carros movidos a combustível fóssil, contribuindo para aumentar o aquecimento do Planeta.

Em Canoas e na Região Metropolitana, o poder público deveria aproveitar toda a comoção gerada pela Catástrofe, e rever muita coisa no funcionamento de serviços na cidade, incluindo o Transporte Coletivo.

Com o TRENSURB como eixo, não só Canoas, mas a Região Inteira poderia e deveria repensar linhas de ônibus, adequando-a mais as necessidades de quem precisa, mas também de todos que tem que se locomover, melhorando a qualidade dos ônibus e oferecendo o Serviço de forma gratuita aos cidadãos, como já acontece em centenas de cidades Brasil afora.

E dirão: “Mas já vamos ter que gastar uma naba de dinheiro pra reconstruir a Cidade. E aí tu propõe gastar mais ainda?”

Mas aí é que está: Se temos que reconstruir e refazer serviços, incluindo o Transporte Público, não é o caso de reconstruirmos de forma diferente, já que da forma como estava, já não dá mais?

Há anos atrás, na época de gestão anterior do Prefeito Jairo Jorge, um Estudo mostrou que o custo total do financiamento da Tarifa Zero para os Canoenses, não custaria mais do que 2% do PIB do Município.

Este Estudo a época aliás, foi encomendado por conta de termos aqui na Cidade a Refinaria Alberto Pasqualini, pela qual a Cidade recebe volumosos Royalties, mas que também é responsável pela produção dos combustíveis fósseis que ajudam no aquecimento Global, responsável sim pelas ,mudanças climáticas que estão acontecendo aqui e em todo o Planeta.

Não se trata de voltarmos aos tempos das cavernas, mas de adaptarmos o que temos, incluindo por enquanto o Petróleo, para financiar uma nova forma de vivermos coletivamente na nossa Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

E de quebra ainda sermos referência no tema para o Brasil e o mundo, já que além de Canoas, poderíamos ter toda a Região cortada pelo Trensurb adotando não Sistemas municipais de Transporte Público, mas um Sistema Único e Integrado de todo o Transporte Público da Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Quem imaginou que um dia você poderia andar de ônibus sem pagar passagem? Agora, isso é uma realidade em centenas de cidades no país. Agora já acontece em muitas Cidades no Brasil”, diz o Deputado Federal Gilmar Tatto, da FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA TARIFA ZERO, criada em 2023 para discutir isto a nível Federal e inclusive ver formas de Custeio, além das que a Prefeitura pode oferecer.

Depois de várias reuniões com trabalhadores do Transporte Público de Canoas e da Região Metropolitana, me convenci de que esta é uma demanda Urgente e Necessária, seja do ponto de vista da mobilidade, da economia, como também do Meio Ambiente.

*Coordenador Instituto Solidariedade

Continuar a ler
publicidade

Destaques

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm