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27/06/2025
 

Comunidade

Reintegração de posse tem conflito e ônibus incendiado

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Ônibus da empresa Vicasa foi incendiado por manifestantes no Porto Belo

Ônibus da empresa Vicasa foi incendiado por manifestantes no Porto Belo

No dia 14, a reintegração de posse da área que havia sido ocupada por mais de 200 famílias no domingo, 6, no loteamento Porto Belo, no bairro Harmonia, não foi tranquila. Segundo vizinhos do terreno, a Brigada Militar precisou usar de gás de efeito moral e balas de borracha para contar os moradores. Na tentativa de manter o terreno, eles montaram barricadas nas ruas e atiraram pedras contra a tropa de choque. Um ônibus da empresa Vicasa foi incendiado no local. O carro, de número 3542, fazia a linha integração. Os presentes no local confirmaram que o motorista e o cobrador estavam dentro do veículo quando pegou fogo, por volta das 11 horas. Ambos conseguiram sair e foram levados para a garagem da empresa. Ninguém ficou ferido.
O Tenente Coronel Eduardo Amorin, que esteve à frente da negociação, informou que na quinta-feira, 10, no período da tarde, o 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) esteve no local, após receber o ofício. “Conversamos com os invasores, orientamos e informamos o recebimento do mandado de reintegração de posse. Na sexta-feira, eu estive aqui e conversei com eles que na segunda-feira iríamos cumprir a reintegração de posse”, informou.
Eduardo Lopes da Silva, 61 anos, morava na área há quatro anos. “Comprei. Paguei. Agora vão me tirar sem nada”, reclama. Segundo ele, as casas foram desmanchadas sem orientar os moradores de para onde iriam. “Não deram colher para nós. Chegaram e foram desmanchando tudo. Não disseram que iriam colocar nós em lugar nenhum e foram desmanchando”, reclama. Eduardo não sabe para onde vai agora. “Aí é que está. Não pergunta para mim que eu não sei. Vou colocar minhas coisas no pátio da minha cunhada até arrumar um cantinho para mim”, conclui.
O vendedor Leonardo Vanderlei de Azevedo, 18 anos, não gostou da maneira como foi retirado de sua casa, onde reside com mais cinco membros da família. “Pessoas civilizadas moram neste local, trabalhadores que várias vezes investiram salários nessa casa”, argumenta. Segundo Leonardo, um prazo maior para sair lhes foi negado. “A gente pediu um prazo para retirar nossas coisas. Pelo menos até amanhã, para não precisar ter este transtorno, vir caminhão da Prefeitura e tudo. E também para não ter tanta perda nos materiais”, conta. Ele considera que os apartamentos não comportam toda a família. “Lá tem dois quartos, um banheiro e uma cozinha”, afirma.

Ônibus e casas queimadas
Segundo o Tenente Coronel, os próprios ocupantes da área colocaram fogo em suas casas. “Durante o deslocamento deles, coloram fogo em alguns casebres deles mesmos. Botaram fogo na rua e nós fizemos uma linha. Conforme a linha nós fomos ocupando espaço. Em determinado momento, alguns deles, que não sabemos precisar, pois só vimos de longe, botaram fogo no ônibus. Há que se destacar, também, que quem tocou pedras na brigada não foram todas as pessoas que participaram e que tinham invadido a área. Foram alguns. E nós nos posicionamos até um determinado ponto de segurança até o pessoal terminar o serviço”, informou.
Amorin informou que o clima era tranquilo até a chegada do oficial de Justiça. “Ele estacionou o primeiro caminhão da Prefeitura para recolher o material e o pessoal começou a provocar a brigada. Em determinado momento, começaram a falar que não iriam aceitar a reintegração de posse. Até aí, tudo tranquilo. Só que, em determinado momento, começaram a atirar pedras na brigada. Então a brigada teve que reagir com granada de gás”, afirmou. Por volta das 13 horas, a situação estava controlada e algumas famílias retiravam seus pertences do local.

Prefeitura cercou o local
Em nota, a Prefeitura Municipal de Canoas (PMC) que, depois da ocupação a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação recebeu, no dia 10, uma comissão dos ocupantes, quando ficou acertado que as famílias, após o preenchimento de um cadastro, seriam incluídas nas políticas públicas de habitação do município, com o compromisso de desocupar as moradias irregulares.
Segundo o órgão, o acordo acabou “não sendo cumprido pelos moradores e um dia depois, seus representantes informaram que as pessoas permaneceriam no local”, diz a nota. A Prefeitura de Canoas ressaltou que a área foi ocupada em 2006 e, em 2014, aquelas famílias foram reassentadas no Residencial Mathias Velho, por meio de inclusão no Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Nove famílias se recusaram a ir para as unidades habitacionais oferecidas pela Prefeitura, permanecendo irregularmente no local, afirma a PMC.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Guilherme Ortiz informou que no local existe uma rede de alta tensão da CEEE e que pela alta periculosidade é proibida a construção de qualquer moradia no terreno. A Prefeitura já iniciou o cercamento da área.

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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