Comunidade
Reintegração de posse tem conflito e ônibus incendiado
No dia 14, a reintegração de posse da área que havia sido ocupada por mais de 200 famílias no domingo, 6, no loteamento Porto Belo, no bairro Harmonia, não foi tranquila. Segundo vizinhos do terreno, a Brigada Militar precisou usar de gás de efeito moral e balas de borracha para contar os moradores. Na tentativa de manter o terreno, eles montaram barricadas nas ruas e atiraram pedras contra a tropa de choque. Um ônibus da empresa Vicasa foi incendiado no local. O carro, de número 3542, fazia a linha integração. Os presentes no local confirmaram que o motorista e o cobrador estavam dentro do veículo quando pegou fogo, por volta das 11 horas. Ambos conseguiram sair e foram levados para a garagem da empresa. Ninguém ficou ferido.
O Tenente Coronel Eduardo Amorin, que esteve à frente da negociação, informou que na quinta-feira, 10, no período da tarde, o 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) esteve no local, após receber o ofício. “Conversamos com os invasores, orientamos e informamos o recebimento do mandado de reintegração de posse. Na sexta-feira, eu estive aqui e conversei com eles que na segunda-feira iríamos cumprir a reintegração de posse”, informou.
Eduardo Lopes da Silva, 61 anos, morava na área há quatro anos. “Comprei. Paguei. Agora vão me tirar sem nada”, reclama. Segundo ele, as casas foram desmanchadas sem orientar os moradores de para onde iriam. “Não deram colher para nós. Chegaram e foram desmanchando tudo. Não disseram que iriam colocar nós em lugar nenhum e foram desmanchando”, reclama. Eduardo não sabe para onde vai agora. “Aí é que está. Não pergunta para mim que eu não sei. Vou colocar minhas coisas no pátio da minha cunhada até arrumar um cantinho para mim”, conclui.
O vendedor Leonardo Vanderlei de Azevedo, 18 anos, não gostou da maneira como foi retirado de sua casa, onde reside com mais cinco membros da família. “Pessoas civilizadas moram neste local, trabalhadores que várias vezes investiram salários nessa casa”, argumenta. Segundo Leonardo, um prazo maior para sair lhes foi negado. “A gente pediu um prazo para retirar nossas coisas. Pelo menos até amanhã, para não precisar ter este transtorno, vir caminhão da Prefeitura e tudo. E também para não ter tanta perda nos materiais”, conta. Ele considera que os apartamentos não comportam toda a família. “Lá tem dois quartos, um banheiro e uma cozinha”, afirma.
Ônibus e casas queimadas
Segundo o Tenente Coronel, os próprios ocupantes da área colocaram fogo em suas casas. “Durante o deslocamento deles, coloram fogo em alguns casebres deles mesmos. Botaram fogo na rua e nós fizemos uma linha. Conforme a linha nós fomos ocupando espaço. Em determinado momento, alguns deles, que não sabemos precisar, pois só vimos de longe, botaram fogo no ônibus. Há que se destacar, também, que quem tocou pedras na brigada não foram todas as pessoas que participaram e que tinham invadido a área. Foram alguns. E nós nos posicionamos até um determinado ponto de segurança até o pessoal terminar o serviço”, informou.
Amorin informou que o clima era tranquilo até a chegada do oficial de Justiça. “Ele estacionou o primeiro caminhão da Prefeitura para recolher o material e o pessoal começou a provocar a brigada. Em determinado momento, começaram a falar que não iriam aceitar a reintegração de posse. Até aí, tudo tranquilo. Só que, em determinado momento, começaram a atirar pedras na brigada. Então a brigada teve que reagir com granada de gás”, afirmou. Por volta das 13 horas, a situação estava controlada e algumas famílias retiravam seus pertences do local.
Prefeitura cercou o local
Em nota, a Prefeitura Municipal de Canoas (PMC) que, depois da ocupação a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação recebeu, no dia 10, uma comissão dos ocupantes, quando ficou acertado que as famílias, após o preenchimento de um cadastro, seriam incluídas nas políticas públicas de habitação do município, com o compromisso de desocupar as moradias irregulares.
Segundo o órgão, o acordo acabou “não sendo cumprido pelos moradores e um dia depois, seus representantes informaram que as pessoas permaneceriam no local”, diz a nota. A Prefeitura de Canoas ressaltou que a área foi ocupada em 2006 e, em 2014, aquelas famílias foram reassentadas no Residencial Mathias Velho, por meio de inclusão no Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Nove famílias se recusaram a ir para as unidades habitacionais oferecidas pela Prefeitura, permanecendo irregularmente no local, afirma a PMC.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Guilherme Ortiz informou que no local existe uma rede de alta tensão da CEEE e que pela alta periculosidade é proibida a construção de qualquer moradia no terreno. A Prefeitura já iniciou o cercamento da área.
Comunidade
Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.
O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.
Podem solicitar o benefício as famílias que:
- Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
- Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
- Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
- Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.
Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,
“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.
Comunidade
Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.
Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.
O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.
As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.
O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.
Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.
Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.
Comunidade
XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.
O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.
Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.
Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.
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