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02/12/2025
 

Saúde

Confira orientações da Secretaria da Saúde a profissionais e população em geral sobre a Mpox

Redação

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Confira orientações da Secretaria da Saúde a profissionais e população em geral sobre a Mpox

A Secretaria da Saúde (SES) publicou, na segunda-feira, 19, um alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à Mpox.

Por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foram intensificadas as ações no sentido de sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde.

De acordo com o Governo do Estado, em 2024, até este momento, o Rio Grande do Sul registrou cinco casos confirmados (três residentes de Porto Alegre, um residente de Gravataí e um residente de Passo Fundo), sendo um caso notificado em janeiro, dois casos em fevereiro e dois em agosto.

Em nenhum dos casos o vírus detectado foi da nova variante que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

O objetivo do alerta publicado pelo Cevs é detectar os possíveis casos suspeitos e analisar o perfil genotípico das amostras. A medida busca identificar oportunamente a presença da nova variante no Estado e desencadear medidas de controle e promoção de saúde em resposta ao agravo.

Sobre a Mpox

A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, classificado por dois clados genéticos: 1 e 2. Clados são grupos de vírus que, apesar de terem semelhanças, não são geneticamente idênticos.

Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo mpox vírus, materiais contaminados com o vírus ou animais silvestres (roedores) infectados. F

oi identificada pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo (RDC), na África, onde continua a ser endêmica.

Primeiros surtos

Em maio de 2022, foram identificados, pela primeira vez, surtos na Europa e em outros países não endêmicos, sem associação com viagens ou contato com animais.

No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em junho daquele ano. Em agosto de 2022, a SES declarou situação de transmissão comunitária no Estado.

Diante do crescente número de casos de Mpox e do surgimento da nova variante Clado 1b, em 14 de agosto de 2024 a OMS declarou uma nova Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

Na mesma data, o Ministério da Saúde instituiu o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Mpox, para a gestão coordenada da resposta à situação epidemiológica, no âmbito nacional.

Originada na República Democrática do Congo, essa variante altamente transmissível, que parece se propagar principalmente por meio de relações sexuais, tem se espalhado rapidamente pela região, alcançando países vizinhos.

Sinais e sintomas

Os sintomas gerais da Mpox incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, quando as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas, às vezes, podem aparecer antes da febre.

As pessoas que tiverem sintomas compatíveis devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e informar se tiveram contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, devem isolar-se e evitar contato próximo com outras pessoas.

Transmissão

A principal forma de transmissão da Mpox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.

Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele e fluidos corporais (tais como pus e sangue das lesões) de alguém infectado. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna maior o risco de infecção entre trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.

Prevenção e vacina

A principal forma de proteção contra a Mpox é a prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença.

As pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente e talheres, até o término do período de transmissão.

A estratégia de vacinação contra a Mpox no Brasil, gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), começou em 2023 com foco nas pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.

A vacinação pré-exposição é recomendada para pessoas vivendo com HIV/Aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses) e profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com Orthopoxvírus (em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade).

Também é orientada uma vacinação pós-exposição àquelas pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, mediante avaliação da vigilância local.

 

Saúde

Especialistas reforçam prevenção contínua contra dengue no Sul do país

Redação

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Especialistas alertam que, apesar da redução nos casos de dengue no Sul do Brasil, a região continua vulnerável à circulação do Aedes aegypti. A combinação entre períodos de calor e chuvas intensas mantém o risco elevado, exigindo vigilância contínua por parte da população e das autoridades de saúde.

Nos últimos anos, eventos climáticos extremos, como as enchentes registradas no Rio Grande do Sul em 2024 e no Paraná em 2025, ampliaram as condições favoráveis à proliferação do mosquito. Segundo o infectologista da Hapvida, Rafael Mialski, a presença de água acumulada em ambientes urbanos favorece o desenvolvimento do vetor mesmo em regiões historicamente mais frias.

“A combinação de clima moderado com água parada facilitou a multiplicação do mosquito em uma área antes considerada menos vulnerável devido às temperaturas mais baixas”, afirma.

De acordo com Mialski, reconhecer os sinais da dengue é fundamental para evitar complicações. O especialista explica que sintomas respiratórios, como dor de garganta, tosse ou congestão nasal, não são típicos da doença.

“A dengue causa principalmente dor intensa no corpo, febre alta e a chamada dor retro-orbitária, atrás dos olhos, um dos sinais mais característicos”, destaca.

“O que mais se destaca é a dor de cabeça atrás dos olhos, a chamada dor retro-orbitária, um dos sinais mais típicos da dengue, além da vermelhidão no corpo, que geralmente não aparece nos resfriados comuns, e a febre alta, que é menos comum nas viroses mais leves”, completa o especialista.

Sintomas exigem atenção imediata

O paciente deve procurar atendimento assim que surgirem os primeiros sintomas, para receber orientação adequada e realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças. O infectologista reforça que, após a reclassificação das formas graves da dengue, não é necessário, nem recomendado, esperar por sangramentos para buscar ajuda, já que esse é apenas um dos possíveis sinais de complicação. Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, desmaios e outros sintomas de alerta costumam surgir justamente quando a febre desaparece, criando uma falsa impressão de melhora. Por isso, esse é um momento crítico que exige atenção. Além disso, sangramentos espontâneos na gengiva, urina ou pele também indicam risco e devem levar o paciente a procurar assistência médica imediatamente.

Prevenção segue como principal estratégia

A dengue é uma arbovirose, termo que depende de um vetor – neste caso, o mosquito. Portanto, todas as condições que favorecem a proliferação do Aedes aegypti aumentam a circulação do vírus. Locais com acúmulo de água parada, como vasos, piscinas, caixas-d’água e calhas, representam um risco elevado. Para se precaver, é recomendado tampar ralos e limpar calhas com frequência, tratar piscinas, colocar terra nos pratinhos de vaso e até mesmo redobrar a atenção para as plantas que podem acumular água. Além disso, repelentes, telas nas janelas, roupas com mangas e calças compridas reduzem drasticamente o risco de infecção, segundo Mialski.

Dessa forma, conhecer os sintomas da dengue e identificá-la, tanto em suas formas leves quanto graves, tornou-se parte importante da rotina. Nesse cenário, a prevenção por meio do combate ao mosquito é a estratégia mais eficaz no enfrentamento da doença.

Em casos mais leves, o paciente pode recorrer a uma avaliação inicial por meio de teleconsulta. O atendimento traz comodidade e praticidade sem a necessidade de deslocamento. De acordo com as particularidades do quadro clínico, o manejo será orientado pelo médico responsável.

Atualmente, a Hapvida oferece mais de 20 especialidades médicas disponíveis nos canais de atendimento, como clínicos gerais, infectologistas e pediatras. Em casos nos quais não há emergência médica, a teleconsulta se adequa perfeitamente. Porém, diante de sintomas mais graves, não se deve deixar de procurar o serviço presencial de saúde.

Sobre a Hapvida

Com 80 anos de atuação, a Hapvida é considerada a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia atende 16 milhões de beneficiários por meio de uma rede que inclui 86 hospitais, 78 prontos atendimentos, 363 clínicas e 305 centros de diagnóstico. Segundo a empresa, o modelo integrado busca ampliar a qualidade e o acesso à assistência em todas as regiões do país.

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Saúde

Governo do Estado abre credenciamento para médicos no IPE Saúde

Redação

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Foto: Matheus Lopes

O governo do Rio Grande do Sul publicou, na terça-feira, 25, o edital de credenciamento de médicos para o Programa Mais Assistência, do IPE Saúde. O chamamento público disponibiliza 10.460 vagas em 356 municípios para 42 especialidades. As inscrições poderão ser feitas entre 8 de dezembro de 2025 e 9 de janeiro de 2026. Cada profissional poderá escolher até três localidades e duas especialidades.

A iniciativa tem como foco ampliar a oferta de médicos, especialmente no interior do Estado. Segundo o IPE Saúde, o planejamento foi baseado em dados demográficos e estruturais de cada região, a fim de identificar áreas com maior demanda. De acordo com o presidente da autarquia, Paulo Rogério Silva dos Santos, o modelo busca “qualificar o nível assistencial e redistribuir a rede credenciada”.

O processo segue as diretrizes da Lei nº 14.133/2021, que determina que credenciamentos somente ocorram após chamamento público e cumprimento de requisitos legais. Médicos que já atendem pelo IPE Saúde também precisam se inscrever. Uma campanha de divulgação será lançada em dezembro para ampliar o alcance da informação.

A secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, afirma que o edital oferece previsibilidade de atendimento e condições compatíveis com o mercado, especialmente para profissionais que atuam como pessoa jurídica.

Remuneração e condições

O IPE Saúde prevê pagamento dos honorários de consulta em até 15 dias. Para atendimentos via pessoa jurídica, o valor é de R$ 108,00 por consulta, enquanto para pessoa física é de R$ 74,40. Na pediatria, haverá adicional de R$ 54,00 para consultas de puericultura (crianças de 0 a 2 anos). O contrato inicial terá validade de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por até 60 meses.

A autarquia também anunciou que manterá o monitoramento das demandas regionais e implantará mecanismos de avaliação da rede credenciada, incluindo análise de volume de atendimentos e pesquisas de satisfação enviadas aos usuários. Um painel com informações sobre o programa será disponibilizado no site do IPE Saúde.

O processo de seleção ficará sob responsabilidade da empresa Legalle Concursos e Soluções Integradas, conforme normas definidas no edital. O documento e outras informações estão disponíveis nos sites do IPE Saúde e da banca organizadora.

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Saúde

1ª vacina de dose única contra dengue é aprovada pela Anvisa no Brasil

Redação

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Foto: Butantan/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) finalizou a avaliação técnica da Butantan-DV, primeira vacina de dose única contra a dengue no mundo, e iniciou os trâmites administrativos para conceder o registro definitivo.

Nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, a agência assina o Termo de Compromisso com o Instituto Butantan — etapa obrigatória que estabelece responsabilidades do fabricante e antecede a publicação oficial do registro.

Segundo informou a Anvisa, a assinatura funciona como o último procedimento antes da formalização. Fontes consultadas pela reportagem afirmam que o imunizante atendeu a todos os parâmetros de segurança, eficácia e qualidade exigidos. Assim, embora o ato administrativo ainda não tenha sido publicado, a aprovação técnica já está concluída, o que permitiu ao governo iniciar preparativos para futura incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Ainda não há previsão para a inclusão da vacina no calendário nacional.

 

Produção já iniciada e 1 milhão de doses prontas

Mesmo antes da aprovação regulatória, o Instituto Butantan iniciou a fabricação do imunizante e já dispõe de mais de 1 milhão de doses para entrega ao PNI.

Para o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), os dados apresentados justificam a expectativa de rápida incorporação.

“A vacina demonstrou eficácia elevada, em torno de 75% contra a doença e acima de 90% para formas graves e hospitalizações”, diz.

Kfouri destaca que a produção nacional é um diferencial estratégico.

“Além da eficácia, temos o benefício de ser uma vacina produzida no país. Isso facilita o acesso e a escala de distribuição”, diz.

Com o objetivo de aumentar a oferta, o Butantan firmou parceria internacional com a empresa chinesa WuXi, que deverá viabilizar a entrega de cerca de 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026.

 

Resultados dos estudos clínicos

A decisão da Anvisa se baseou em 5 anos de acompanhamento dos participantes do ensaio clínico de fase 3. Entre voluntários de 12 a 59 anos, os resultados foram:

Eficácia geral: 74,7%

Proteção contra dengue grave ou com sinais de alarme: 91,6%

Proteção contra hospitalizações: 100%

Mais de 16 mil voluntários de 14 estados participaram da pesquisa, realizada entre 2016 e 2024. A vacina, composta pelos quatro sorotipos do vírus, demonstrou segurança tanto para pessoas que já tiveram dengue quanto para aquelas sem infecções prévias.

Segundo Kfouri, a duração da proteção é outro ponto de destaque.

“A eficácia foi mantida ao longo de mais de cinco anos de estudo após uma única dose. E o perfil de segurança é bastante satisfatório”, afirma.

As reações mais comuns foram leves a moderadas, como dor e vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos graves foram raros e todos os voluntários se recuperaram.

 

Primeira vacina de dose única

A Butantan-DV é o primeiro imunizante contra dengue administrado em dose única. Segundo estudo publicado na revista Human Vaccines & Immunotherapeutics, esquemas reduzidos favorecem maior adesão, simplificam campanhas e aceleram a cobertura vacinal, especialmente em cenários de emergência sanitária.

Kfouri lembra que o imunizante já se mostrou comparável à vacina da Takeda, disponível no Brasil.

“Os resultados são muito semelhantes aos da vacina da Takeda. A grande diferença é justamente a possibilidade de aplicar apenas uma dose, o que tem impacto direto na cobertura vacinal”, explica.

Expansão para outras faixas etárias

A Anvisa também autorizou a continuidade de estudos para avaliar a segurança e a eficácia da vacina em pessoas de 60 a 79 anos. A inclusão de crianças de 2 a 11 anos depende de análises adicionais, embora dados clínicos já apontem segurança nesse público.

O Ministério da Saúde ainda vai definir quando a vacinação começará e como será feita a distribuição das doses pelo país.

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