Saúde
Confira orientações da Secretaria da Saúde a profissionais e população em geral sobre a Mpox

A Secretaria da Saúde (SES) publicou, na segunda-feira, 19, um alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à Mpox.
Por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foram intensificadas as ações no sentido de sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde.
De acordo com o Governo do Estado, em 2024, até este momento, o Rio Grande do Sul registrou cinco casos confirmados (três residentes de Porto Alegre, um residente de Gravataí e um residente de Passo Fundo), sendo um caso notificado em janeiro, dois casos em fevereiro e dois em agosto.
Em nenhum dos casos o vírus detectado foi da nova variante que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O objetivo do alerta publicado pelo Cevs é detectar os possíveis casos suspeitos e analisar o perfil genotípico das amostras. A medida busca identificar oportunamente a presença da nova variante no Estado e desencadear medidas de controle e promoção de saúde em resposta ao agravo.
Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, classificado por dois clados genéticos: 1 e 2. Clados são grupos de vírus que, apesar de terem semelhanças, não são geneticamente idênticos.
Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo mpox vírus, materiais contaminados com o vírus ou animais silvestres (roedores) infectados. F
oi identificada pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo (RDC), na África, onde continua a ser endêmica.
Primeiros surtos
Em maio de 2022, foram identificados, pela primeira vez, surtos na Europa e em outros países não endêmicos, sem associação com viagens ou contato com animais.
No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em junho daquele ano. Em agosto de 2022, a SES declarou situação de transmissão comunitária no Estado.
Diante do crescente número de casos de Mpox e do surgimento da nova variante Clado 1b, em 14 de agosto de 2024 a OMS declarou uma nova Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Na mesma data, o Ministério da Saúde instituiu o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Mpox, para a gestão coordenada da resposta à situação epidemiológica, no âmbito nacional.
Originada na República Democrática do Congo, essa variante altamente transmissível, que parece se propagar principalmente por meio de relações sexuais, tem se espalhado rapidamente pela região, alcançando países vizinhos.
Sinais e sintomas
Os sintomas gerais da Mpox incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, quando as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas, às vezes, podem aparecer antes da febre.
As pessoas que tiverem sintomas compatíveis devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e informar se tiveram contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, devem isolar-se e evitar contato próximo com outras pessoas.
Transmissão
A principal forma de transmissão da Mpox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele e fluidos corporais (tais como pus e sangue das lesões) de alguém infectado. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna maior o risco de infecção entre trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.
Prevenção e vacina
A principal forma de proteção contra a Mpox é a prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença.
As pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente e talheres, até o término do período de transmissão.
A estratégia de vacinação contra a Mpox no Brasil, gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), começou em 2023 com foco nas pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
A vacinação pré-exposição é recomendada para pessoas vivendo com HIV/Aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses) e profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com Orthopoxvírus (em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade).
Também é orientada uma vacinação pós-exposição àquelas pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, mediante avaliação da vigilância local.
Saúde
Nova lei garante reconstrução mamária pelo SUS e Planos de Saúde

A reconstrução mamária passa a ser garantida por lei para todas as mulheres que tiveram a mama retirada, independentemente do motivo, e não apenas em casos de câncer. A cirurgia pode ser realizada no mesmo momento da retirada da mama, caso a paciente deseje. A legislação também assegura acompanhamento psicológico e atendimento multidisciplinar especializado. A obrigatoriedade se aplica tanto ao SUS quanto aos planos de saúde, que devem cobrir integralmente o procedimento.
Saúde
Secretaria da Saúde passa a realizar exames para detecção de metanol em casos suspeitos

O Centro de Informação Toxicológica do Estado (CIT), vinculado ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), iniciou, nesta segunda-feira, 13, a realização de exames laboratoriais para identificação de metanol em casos suspeitos de ingestão durante o consumo de bebidas alcoólicas. A medida representa um avanço na capacidade de resposta do Rio Grande do Sul diante de possíveis intoxicações pela substância altamente tóxica.
Diante do surgimento de novos casos suspeitos, a Secretaria da Saúde (SES) organizou a implantação do exame no CIT, que passa agora a ser referência estadual para esse tipo de análise. Inicialmente, os testes eram realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), enquanto o CIT estruturava sua capacidade técnica. O IGP se concentrará nos testes em bebidas alcoólicas.
O CIT iniciou oficialmente os trabalhos como ponto de referência com a análise das três primeiras amostras recebidas entre o fim de semana e o início da manhã desta segunda. À tarde, os laudos foram liberados, com resultados negativos para os casos suspeitos registrados nos municípios de Viamão, Santana do Livramento e Caxias do Sul.
Até o momento, o Estado contabiliza um caso confirmado de intoxicação por metanol, envolvendo um residente de Porto Alegre que apresentou sintomas após consumir bebida alcoólica em São Paulo (SP) no mês passado. Esse diagnóstico foi realizado por um laboratório da rede privada.
“Com a nova estrutura, o Rio Grande do Sul passa a ser um dos poucos Estados com capacidade própria para esse tipo de diagnóstico. A nossa equipe já tem experiência em análises toxicológicas e agora atua também na identificação de metanol”, destacou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
A expectativa é que os resultados de testes sejam liberados em até 24 horas, de segunda a sexta-feira. O CIT mantém plantão para recebimento de amostras também aos finais de semana e feriados. Até o início da tarde desta segunda, não haviam sido recebidas no local novas amostras para análise.
Adaptação
A farmacêutica bioquímica Sabrina Nunes do Nascimento, do Núcleo de Análises Laboratoriais do CIT, explica que o laboratório já contava com o equipamento necessário – o cromatógrafo gasoso com espectrometria de massas – utilizado para detectar substâncias químicas como medicamentos e drogas de abuso, em amostras biológicas. “Para implantar essa análise, que não estava em nossa rotina, fizemos adaptações em alguns métodos, testes e construção de curvas de calibração para garantirmos que os resultados fossem confiáveis, precisos e exatos”, detalhou.
Durante o processo de implantação, foi estabelecida uma parceria com o IGP para o compartilhamento de informações. O CIT repetiu um exame com laudo negativo emitido pelo IGP, confirmando o resultado.
Padrão-ouro
Sabrina explica que a análise realizada com o cromatógrafo gasoso é considerada o padrão-ouro – ou seja, o melhor e mais confiável método disponível para detectar, confirmar ou descartar a presença de metanol, com alta sensibilidade e especificidade.
No caso da identificação de metanol no sangue, o funcionamento do exame segue as seguintes etapas:
- uma amostra de sangue da pessoa com suspeita de intoxicação é preparada e colocada no equipamento;
- a amostra é aquecida e transformada em gás;
- esse gás passa por um tubo muito fino, no qual as substâncias se separam e são identificadas pelo detector;
- as substâncias se separam e aparecem em momentos diferentes, permitindo que o aparelho reconheça o metanol e que seja determinada a sua concentração.
Além de identificar a presença da substância, a análise também permite quantificar o metanol no sangue. A concentração é o que determina a gravidade da intoxicação e as medidas de tratamento necessárias. Em doses pequenas, o metanol pode não causar sintomas graves, mas em concentrações elevadas é extremamente tóxico – podendo provocar cegueira, coma e até a morte.
A Nota Informativa publicada pela SES na semana passada apresenta informações aos serviços que vierem a atender casos suspeitos quanto a coleta de amostras, acondicionamento e envio para o CIT.
Notificação de suspeitos
Além de atuar como laboratório de referência para os exames de detecção de metanol, o CIT é também o ponto focal para a notificação inicial de casos suspeitos. O contato pode ser feito pelo telefone 0800-721-3000, com atendimento disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
O serviço oferece suporte direto aos profissionais de saúde, auxiliando na avaliação do caso como suspeito, além de fornecer orientações especializadas e apoio para o atendimento clínico imediato.
“O atendimento dos casos suspeitos por meio do nosso plantão é muito importante, pois conseguimos obter, de forma mais ágil, informações importantes para o diagnóstico – como a história clínica da pessoa, os sintomas apresentados e possíveis alterações em exames laboratoriais –, o que reforça e qualifica a análise toxicológica”, explica Sabrina.
Mais informações sobre os casos de intoxicação por metanol estão disponíveis nesta página.
Saúde
Sesc Canoas promove Semana da Alimentação com foco em saúde e sustentabilidade

Entre os dias 15 e 17 de outubro, o Sesc Canoas (Av. Guilherme Schell, 5340) será palco da Semana da Alimentação, uma iniciativa que convida a comunidade a refletir sobre hábitos alimentares saudáveis, o desperdício de alimentos e a sustentabilidade no sistema alimentar. A programação inclui oficinas, palestras e um podcast especial, com atividades voltadas a diferentes públicos.
Inspirada pelo Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, a Semana da Alimentação é uma mobilização internacional promovida pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), com o objetivo de garantir o direito humano à alimentação adequada e segura. No Rio Grande do Sul, o evento chega à sua 23ª edição com o tema “Desafios e caminhos sustentáveis por comida de verdade para todos”.
“A Semana da Alimentação no Sesc Canoas é uma oportunidade de aprender, refletir e agir. Promover uma alimentação saudável e sustentável é investir em um futuro mais justo, equilibrado e solidário. Afinal, alimentar-se bem é um ato de cuidado consigo, com o outro e com o planeta”, destaca a nutricionista da Unidade, Danielle Lodi Silva.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone/WhatsApp (51) 3456-2013.
Sobre o Mesa Brasil
O Sesc Mesa Brasil é uma rede permanente de solidariedade que atua desde outubro de 2003 no Rio Grande do Sul com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos e diminuir as carências nutricionais da população. Para alcançar essas metas, conta com o apoio de empresas, entidades sociais e voluntários.
No Rio Grande do Sul, o Sesc Mesa Brasil é realizado pelo Sistema Fecomércio-RS nas cidades de Porto Alegre e Região Metropolitana, Cachoeira do Sul, Ijuí, Erechim, Santa Maria, Rio Grande e Vales do Taquari e Rio Pardo. Outras informações podem ser obtidas no site www.sesc-rs.com.br/mesabrasil.
Semana da Alimentação – Sesc Canoas
- Data: 15 a 17/10 (quarta a sexta-feira)
- Local: Sesc Canoas (Av. Guilherme Schell, 5340)
Gratuito, sem necessidade de inscrição
Programação:
- 15/10 (quarta-feira)
- Oficina Alimentação Saudável e Leitura de Rótulos com Dinâmica da Roleta
- Horário: 09 às 11h
- 16/10 (quinta-feira)
- Podcast: Semana da Alimentação – Jornal Timoneiro
- Horário: 15h
- 17/10 (quinta-feira)
- *Atividade fechada para colaboradores da Associação Pestalozzi
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