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Mau tempo atrapalha restabelecimento de água potável pela Corsan

As fortes chuvas do último fim de semana tiveram impacto no trabalho de recuperação dos sistemas de abastecimento de água da Corsan ao redor do Estado. Os maiores problemas ocorrem nos vales do Taquari e Caí, devido à elevação do nível dos rios. Em muitas dessas áreas, o fornecimento estava sendo restaurado, mas foi novamente afetado pelo mau tempo.
O levantamento da manhã da segunda-feira, 13, mostra abastecimento parcial ou total em 19 cidades da área atendida pela Corsan, impactando 162 mil imóveis.
Região Metropolitana
A chuva dos últimos dias complicou ainda mais a reconstrução das redes de água e adutoras danificadas. No domingo à noite, seguindo as orientações das autoridades municipais em Esteio, que também serve à cidade de Sapucaia do Sul, o trabalho das equipes da Corsan teve que ser suspenso devido ao aumento do nível do rio dos Sinos.
Mesmo com todos os contratempos, as equipes da concessionária seguem com o Plano de Contingência para a retomada do abastecimento nas cidades mais atingidas pelas cheias.
As estações de captação e tratamento Rio Branco, em Canoas, e de Esteio continuam inundadas, e a captação de água bruta está obstruída por vegetação e detritos em diversos pontos. Além disso, a forte correnteza impede o trabalho dos mergulhadores que fazem reparos nos equipamentos submersos.
O sistema de abastecimento Cachoeirinha-Gravataí está praticamente normalizado, com situações pontuais de desabastecimento. Em paralelo, o sistema que atende Alvorada-Viamão está em recuperação gradual, com baixa pressão da água em alguns pontos mais altos e distantes dos municípios. A expectativa é de que o fornecimento de água seja normalizado até o final desta terça-feira, 14. Guaíba e Eldorado tiveram o abastecimento normalizado.
Em Canoas, no domingo, equipes da Corsan utilizaram balsas para chegar à estação de tratamento Rio Branco, que está submersa e sem acesso desde o final de semana anterior. Os técnicos estão avaliando a estrutura e os equipamentos para realizar os reparos necessários e retomar as operações da unidade. Atualmente, o abastecimento de água está sendo realizado de forma gradual.
Com a migração de mais de 80 mil moradores para a região que não foi atingida pelas cheias, a companhia precisou redimensionar a o funcionamento da Estação Niterói.
Para ampliar a distribuição de água tratada, a Corsan está instalando mais quatro poços artesianos, além dos dois que já estão funcionando no Parque Getúlio Vargas.
As estações de captação e de tratamento que atendem o sistema Esteio-Sapucaia seguem comprometidas pelo grande alagamento nas instalações. Ainda assim, durante o fim de semana foi possível acessar a casa de bombas e de motores para retirada de água, avaliação e reparos de equipamentos.
Enquanto trabalha para restabelecer o abastecimento de água em diversas regiões, a Corsan fornece água tratada para as áreas afetadas em Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul. Isso está sendo feito por meio de 72 caminhões-pipa, com prioridade para hospitais e abrigos, além de 53 reservatórios móveis distribuídos nas três cidades.
Região Nordeste (Bento Gonçalves)
A elevação dos rios Taquari e Caí durante o fim de semana comprometeu o abastecimento em 11 cidades do Vale do Taquari e Altos da Serra, impactando 29 mil imóveis.
As inundações nas instalações da concessionária afetam os sistemas, total ou parcialmente, nos municípios de Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Encantado, Estrela, Montenegro, Roca Sales, São Sebastião do Caí, Capela Santana, Gramado e Canela.
Nessas localidades, até que os sistemas sejam recuperados e o abastecimento retomado, o atendimento à população é feito por meio de caminhões-pipa.
Região Central (Santa Maria)
Na região Central, os casos de desabastecimento são pontuais em Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Rio Pardo, afetando cerca de dois mil imóveis.
Vale dos Sinos
Em General Câmara, as instalações foram novamente alagadas devido às chuvas dos últimos dias. A estação de captação está parada por falta de energia e com acesso limitado.
Até que os sistemas sejam recuperados, o abastecimento é feito por meio de caminhões-pipa.
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Governo Federal vai ampliar a Casa da Reconstrução no Rio Grande do Sul

O Governo Federal decidiu ampliar e manter a Casa da Reconstrução no estado até 31 de dezembro de 2026. O trabalho envolve ações de socorro às famílias atingidas pela histórica enchente de maio de 2024, mobilização de dezenas de órgãos, destinação de recursos para a recuperação, além do apoio a projetos estruturantes de prevenção de novos desastres.
A Casa da Reconstrução pertence à Casa Civil da Presidência da República e acompanha as obras e ações de reconstrução no Rio Grande do Sul que envolvem o Governo Federal. O espaço, localizado em Porto Alegre, vai ganhar um reforço técnico com o objetivo de acelerar as entregas nas áreas de educação, saúde e habitação.
Entregas
O deputado federal Paulo Pimenta, que comandou o Ministério da Reconstrução durante o período das enchentes, afirmou que o Governo Federal vai seguir acompanhando as entregas e continuar trabalhando para que a população gaúcha possa ter a vida plenamente recuperada.
“Assim, vamos entregar mais de dez mil casas no Rio Grande do Sul. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está garantindo todas as condições para que o Governo Federal siga realizando as entregas necessárias para os moradores gaúchos”, ressaltou.
“Nosso foco está na entrega de obras, em especial as moradias dos gaúchos. O diálogo com as prefeituras é permanente para assegurar as entregas na ponta. Já tivemos diversas fases de conquistas, como foi o caso do Auxílio Reconstrução que ajudou milhares de famílias com o depósito de R$ 5.100 para cada morador atingido”, complementou o atual secretário da Reconstrução do Governo Federal no Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, que continuará como titular da pasta.
De acordo com Hassen, na sequência houve um avanço para a entrega das casas do Compra Assistida, que garante o sonho da casa própria para milhares de famílias gaúchas. “E esse trabalho tem que continuar”, ressaltou Maneco Hassen.
Enfrentamento à tragédia
O empenho atual e em todo esse período possibilitou a destinação da maior quantidade de investimentos já realizada pelo Brasil em tão pouco tempo para o enfrentamento à tragédia.
No total, R$ 111,6 bilhões foram destinados ao estado, dos quais R$ 89 bilhões já foram executados – 80% dos recursos previstos – para ações de recuperação da infraestrutura das cidades, estímulo da economia local (empresários, indústria, serviços, trabalhadores autônomos), repasse direto às famílias e aquisição de moradias.
Esse valor é quase o mesmo valor direcionado pelo Novo PAC (R$ 106 bilhões) para a construção de 800 mil novas moradias em todo o país na Faixa 2. Os esforços e investimentos federais levaram o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado a crescer 4,9% em 2024, acima do PIB nacional (3,4%), demonstrando a recuperação da economia gaúcha.
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Famílias do RS afetadas pelas enchentes de 2024 podem solicitar reinstalação gratuita de suas parabólicas digitais até 30 de junho

“A nova parabólica digital garante acesso à TV aberta com mais qualidade e estabilidade. Em um momento de tantas perdas, nossa intenção foi ajudar as famílias a manterem o vínculo com a informação, a cultura e a sensação de normalidade. Nosso compromisso segue firme com o povo gaúcho”, afirma Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado.
“No dia da enchente, saí de casa sem nada. Aos poucos estamos recuperando tudo que foi perdido”, conta.
Como fazer a solicitação
Sobre a Siga Antenado
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Governo inicia transferência de abrigados no Centro Humanitário de Acolhimento em Porto Alegre

O governo do Estado iniciou a última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) do Centro Vida, em Porto Alegre, no domingo, 25.
A Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab) esteve com a prefeitura de Porto Alegre e com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Migrações (OIM) acompanhando a transferência das primeiras famílias para as moradias temporárias, instaladas no bairro Santa Rosa de Lima, zona norte da capital.
As transferências seguem gradativamente durante a próxima semana até a desmobilização total do CHA. Cerca de 116 pessoas ainda estavam no Centro de Acolhimento e, neste primeiro dia, foram transferidas 20 famílias. As mudanças seguirão ao longo da semana. Ao todo, em Porto Alegre, estão instaladas 80 casas temporárias.
Essas soluções habitacionais fazem parte do Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
“O Estado trabalha na reconstrução e na criação de alternativas para dar mais dignidade no morar para as famílias, que perderam suas casas na enchente. A busca de moradia para as pessoas atingidas é o caminho que percorreremos cotidianamente, enfrentando os desafios que batem a nossa porta”, afirmou o secretário da Habitação, Carlos Gomes. “Buscamos transformar o Rio Grande do Sul em um Estado mais forte para o futuro, por meio da consolidação de uma política habitacional capaz de transformar vidas“, completou.
Para as moradias temporárias, a OIM, agência da ONU para as Migrações, acompanha o processo final das obras, junto ao governo do Estado e às prefeituras, assegurando a realocação digna de todas as famílias acolhidas nos CHAs. A organização oferece transporte, vale-alimentação de três meses e suporte financeiro para compra de móveis e utensílios domésticos para todas as pessoas em processo de realocação.
“Ao longo desses dez meses, os Centros Humanitários cumpriram seu papel no acolhimento das pessoas afetadas pelas enchentes. Agora, para as famílias que ainda necessitam, nosso trabalho continua no acompanhamento desse processo de reintegração e retomada do cotidiano”, destacou o coordenador de Operações da OIM no RS, Eugênio Guimarães.
Centros Humanitários de Acolhimento
Os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), implantados pelo governo do Estado com apoio da Fecomércio e gestão da agência da ONU para Migrações, foram inaugurados em julho de 2024 em Porto Alegre e em Canoas para acolher famílias atingidas pelas enchentes.
Criados como solução emergencial na estratégia de resposta às cheias, os locais se tornaram referência em acolhimento humanitário, oferecendo estrutura digna com cômodos separados, brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade.
Foram instaladas três unidades – duas em Canoas e uma em Porto Alegre – e, desde sua abertura, acolheram um total de 1.184 pessoas, com pico de aproximadamente 800 abrigados simultaneamente. Em dezembro, o CHA Recomeço, em Canoas, encerrou suas atividades. Até junho de 2025, todos os Centros serão fechados.
Moradias temporárias
A política habitacional de emergência, com amparo na lei 16.138 de 2024, se desdobra, inicialmente, pela disponibilização de casas temporárias, destinadas a municípios que demandam para desativar seus abrigos coletivos. Concomitantemente à instalação das casas temporárias, a Sehab trabalha na seleção de terrenos para a construção de moradias definitivas.
Cada unidade possui 27 metros quadrados e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuir mobiliário sob medida e eletrodomésticos da linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Com investimento de R$ 83,3 milhões, o governo do Estado, por meio da Sehab, adquiriu 625 Módulos Habitacionais Transportáveis (MHTs), que são retirados, higienizados após o uso e reaproveitados sempre que houver necessidade de atendimento emergencial de habitação. Após as 80 de Porto Alegre, serão entregues 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo.
Casas definitivas
Com investimento de R$ 7,1 milhões, o município de Canoas receberá 51 moradias definitivas por meio do programa A Casa é Sua-Calamidade, do governo do Estado. O terreno está sendo preparado pela prefeitura. Após a entrega do local, as casas serão concluídas em 120 dias.
Essas soluções habitacionais fazem parte do Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
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