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05/10/2024
 

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Prorrogada prisão de ex-secretária da Educação e empresário investigados por fraude de licitação

Redação

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Prorrogada prisão de ex-secretária da Educação e empresário investigados por fraude de licitação – Foto: Divulgação Polícia Civil/RS

A Justiça prorrogou até sábado, 27, a prisão temporária de dos dois investigados da Operação Capa Dura: a ex-secretária municipal da Educação de Canoas e de Porto Alegre, Sônia da Rosa, e de um empresário.

Na noite de terça-feira, quando foram presos quatro pessoas pela Polícia Civil que investiga o caso, após cooperar com a polícia, Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen, foram soltas.

Relembre o caso

A Operação Capa Dura, realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 23, resultou na prisão temporária de quatro indivíduos. Embora as autoridades não tenham divulgado os nomes, a reportagem da GZH noticiou que uma das detidas é a ex-secretária municipal da Educação de Canoas, Sônia da Rosa, que teve cargo assumido no município no início do último mandato de Jairo Jorge, tendo saído meses depois para assumir titularidade na Smed.

Duas outras servidoras públicas que desempenharam papéis de destaque na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) entre 2022 e 2023 também foram detidas: Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen.

Mabel ocupava o cargo de assessora técnica no gabinete de Sônia, enquanto Michele desempenhava a função de coordenadora pedagógica na Smed. As três deixaram seus cargos em junho de 2023, após investigações do Grupo de Investigação da RBS (GDI) exporem compras de livros com suspeitas de favorecimento a um mesmo grupo econômico, além do armazenamento inadequado de materiais escolares em galpões.

O quarto alvo da prisão temporária é de um empresário, envolvido nas cinco transações de livros com a Smed sob investigação pela Operação Capa Dura. No total, a prefeitura de Porto Alegre adquiriu 544 mil livros, totalizando R$ 34 milhões em gastos.

O empresário atuou como representante comercial da editora Inca Tecnologia de Produtos e Serviços em todas essas vendas. Uma das compras investigadas foi feita junto à Sudu Inteligência Educacional, mas essa empresa comercializou os mesmos livros da Inca, com a participação de dele.

Investigação

A investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), concentra-se em suspeitas de fraudes licitatórias e associação criminosa. Os mandados foram emitidos pelo juiz Orlando Faccini Neto, da 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

Sônia assumiu a titularidade da Smed em 3 de março de 2022, trazendo para sua equipe pessoas de confiança, como Mabel e Michele. Todas são servidoras de carreira em Canoas. Em 9 de março de 2022, com menos de uma semana no cargo, Sônia se reuniu com o empresário para discutir os livros da editora Inca para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Uma semana depois, a Smed iniciou processos administrativos que resultaram em seis compras junto às empresas ligadas ao empresário, totalizando R$ 43,2 milhões em pagamentos. A maioria dessas aquisições, cinco delas, está relacionada aos livros sob investigação, totalizando R$ 34 milhões.

Após colaborar com a polícia, duas investigadas são soltas

Ainda segundo matéria de GZH, na noite da terça-feira, após interrogatórios em que tiveram postura colaborativa com a investigação, foram soltas a ex-coordenadora pedagógica Michele Bartzen e a ex-assessora técnica Mabel Luiza Leal Vieira. Sônia e o empresário seguem presos.

Vereador Jonas Dalagna aponta possível participação de empresa investigada por fraude de livros na Secretaria de Educação de Canoas

Em uma rede social, o vereador canoense Jonas Dalagna (Novo) postou um vídeo com imagens das notícias divulgadas sobre o caso, uma delas afirmando que a Polícia Civil esteve na Prefeitura de Canoas fazendo buscas na manhã da terça-feira. Na oportunidade, ele aponta, através do Portal da Transparência do município, o nome de uma das empresas citadas na investigação, relacionada a uma ata de preços que, para ele, seria para “para justificar preços de materiais, etc.”, em 2021. Por fim, Dalagna diz que vai elaborar um relatório solicitando informações ao Poder Executivo para ter acesso ao processo da compra.

Nota da Prefeitura de Porto Alegre

“A Prefeitura de Porto Alegre reforça que a apuração de ocorrências na Secretaria Municipal de Educação (Smed) iniciou no âmbito Executivo, por determinação do prefeito, em junho do ano passado. Todas as informações levantadas na auditoria interna foram divididas com os órgãos de controle para aprofundamento das investigações, além da adoção de medidas de reestruturação na operação logística e de aquisições no órgão.” 

 

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Distribuição de roupas em Canoas: Veja os dias e os locais durante a semana

Redação

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Distribuição de roupas em Canoas: Veja os dias e os locais durante a semana

A Defesa Civil de Canoas iniciou uma série de ações volantes no último sábado, 27. Na Praça Cônego Lotário Steffens, no bairro Rio Branco, foram doados 5 mil itens para 319 pessoas. A distribuição de roupas e calçados para pessoas em situação de vulnerabilidade ou atingidas pela enchente de maio ocorre das 9h às 17h.

Atividades da semana

Na segunda-feira, 29, a primeira atividade da semana ocorreu na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói. Os locais das próximas edições serão anunciados posteriormente.

Próximos locais de distribuição

  • Segunda-feira, 29: Praça Dona Mocinha, Niterói (Av. Júlio de Castilhos, 300)
  • Terça-feira, 30: Avenida das Antenas, Fátima
  • Quarta-feira, 31: Conab, Mato Grande (Rua Santo Antônio, 465)
  • Quinta-feira, 1º: Praça do Loteamento Porto Belo, Harmonia
  • Sexta-feira, 2: Praça Pio X, Mathias Velho (Av. Rio Grande do Sul, 351)
  • Sábado, 3: Praça da Brigada, Guajuviras (Av. Dezessete de Abril, 42)
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Atualização do cronograma de coleta de lixo orgânico em Canoas

Redação

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Atualização do cronograma de coleta de lixo orgânico em Canoas

A coleta de lixo orgânico em Canoas voltou ao normal após as alterações causadas pela enchente de maio. O serviço ocorre regularmente em todos os bairros, seguindo o cronograma estabelecido pela Secretaria de Serviços Urbanos.

Diurno

Segunda, Quarta e Sexta-feira:

– Rio Branco / Elo Perdido
– Central Park / Morart
– Santo Operário / Vila Cerne
– Porto Belo / Natal / Mato Grande
– Mathias Velho / Santo Operário
– Mathias Velho

Terça-feira, Quinta e Sábado:

– Niterói / João de Barro
– Olaria / Jardim Atlântico / Estância Velha
– Estância Velha / Sete de Outubro / Nova Estância
– São João / Planalto / Boqueirão / Olaria
– Guajuviras / Contel
– Ozanan / Guajuviras
– Guajuviras / Residencial dos Jardins

Noturno

Segunda, Quarta e Sexta-feira:

– Centro / Marechal Rondon
– Nossa Senhora das Graças
– Harmonia / Mathias
– Mathias / São Luis
– São José / Parque Universitário / Ulbra
– Fátima
– Cinco Colônias / Vila Cerne

Terça-feira, Quinta e Sábado:

– Centro / Marechal Rondon
– Nossa Senhora das Graças
– Ideal / Cidade Nova / N S Graças
– Niterói / Vila Fernandes
– Niterói
– Bela Vista / Moinhos
– Igara
– Rio Branco / Elo Perdido
– Central Park / Morart
– Santo Operário / Vila Cerne
– Porto Belo / Natal / Mato Grande
– Mathias Velho / Santo Operário
– Mathias Velho

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Canoas 85 anos

LADO OESTE: Como as características do terreno definem a relação de Canoas com as águas

Redação

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Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Muitos canoenses se relacionam com o território da cidade como uma área dividida. Há a Canoas a Leste dos trilhos da Trensurb e da BR-116, e há a Canoas do lado Oeste.

Essa última chegou nos noticiários ao redor do mundo com as enchentes de maio de 2024, por ter sido uma das regiões mais atingidas da Região Metropolitana. A água chegou a marcas históricas por conta do volume de chuvas e das falhas no sistema de diques, nos bairros Fátima, Rio Branco e Mathias Velho.

Mas essa dualidade entre os polos da cidade é, de fato, um processo histórico. “Essa lateralidade vem desde os processos de formação urbana da cidade, no século 19”, afirma o historiador Airan Milititsky Aguiar, chefe da unidade de Museu e Arquivo do Arquivo Histórico Municipal de Canoas.

Há, pelo menos, registro de quatro grandes enchentes na história da Região Metropolitana e na capital, Porto Alegre. Além de 2024, há outras em 1967 e em 1941.

A primeira, entretanto, ocorreu antes mesmo do estabelecimento da estrada de ferro que daria origem a Canoas, em 1874. Um ano antes, em 1873, registros históricos apontam que a construção da malha ferroviária foram atrasadas por uma grande cheia dos rios do Sinos, Gravataí e do lago Guaíba.

Formação católica

Segundo Airan, as estruturas que possiblitaram a consolidação do município que começou como um povoado em torno da linha férrea se originaram todas do lado Leste. A Paróquia São Luís Gonzaga cuja matriz hoje está junto à Praça da Bandeira, no Centro, inicialmente foi construída na Av. Santos Ferreira.

Inaugurada em 21 de julho de 1898 com construção em estilo barroco, a igreja precede a chega dos irmãos lassalistas, em 1908, e das freiras do que viria a ser o Colégio Maria Auxiliadora, em 1944. Sua mudança de endereço está ligada a disputas pelo terreno da igreja e suas adjacências.

Com a demolilção do antigo prédio, as pedras fundamentais que simbolizam a sede religiosa foram movidas para a atual base, já do lado Oeste de Canoas, na Rua Cônego José Leão Hartmann. A nova igreja, feita em estilo gótico, começou a ser feita em 1926, com a primeira missa celebrada em 1931.

A rua leva o nome do padre, natural do município de Harmonia, que comandou a paróquia de 1941 até 1975, e ainda auxiliou párocos subsequentes até 1986, dois anos antes de seu falecimento. Ele foi sepultado no antigo Cemitério Católico de Canoas, em cerimônia celebrada por mais de vinte padres e presença de grande público.

A Igreja São Luiz Gonzaga fica numa das regiões altas do Lado Oeste

Terreno difícil

A vulnerabilidade da parte mais baixa da cidade em relação aos rios, em especial no lado Oeste, passou a ficar mais evidente depois da emancipação, ocorrida em 1939.

Entretanto, há registros de que já se sabia do potencial para que as cheias ocorressem ali há mais de 100 anos. “Em estudos recentes do invetário, ficou claro que há mapas que delimitam a área de enchente da região ainda no século 19”, explica Airan. Essas marcas, segundo ele, são semelhantes às regiões que foram atingidas do lado Oeste no mês de maio.

Há, também nos arquivos municipais, registros de como a área desses bairros, antes ocupados por plantações de arroz, eram problemáticas para o estabelecimento de construções. Devido à dinâmica hídrica, o solo acumulava inclusive material orgânico.

Por isso que, ao longo dos anos, grandes edifícios não foram construídos na parte Oeste. “Temos relatos do prefeito Hugo Simões Lagranha, ainda em primeiro mandato, falando sobre como esses acúmulos às vezes produziam fogo, porque realmente esses depósitos podem sofrer combustão espontânea”, contorna Airan.

Plano Diretor

O desenvolvimento de projetos urbanos de habitação em áreas como o Harmonia e Mathias Velho começou entre as décadas de 1950 e 1960.

O históriador do Arquivo Público Municipal aponta que, naquela época, a cidade ainda não dispunha de um Plano Diretor, o que permitiu que as construtoras pudessem fazer o que fosse possível na região sem restrições. “Na ausência do regramento, isso podia acontecer”, diz Airan.

Os contratos originais com as construtoras para a construção de casa no Mathias, foram assinados por Walter Peracchi Barcelos, governador do Rio Grande do Sul entre 1966 e 1971, no começo da ditadura militar. Esses contratos apontavam que tudo deveria ser feito conforme o Plano Diretor de Canoas. Entretanto, o documento não existia nessa época.

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