Conecte-se conosco

header-top



 




 

19/04/2024
 

Geral

Dia da Mulher: Conheça a história de cinco canoenses que se destacam

Redação

Publicado

em

Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?

O jornal Timoneiro, com o propósito de homenagear todas as mulheres, conta a história de cinco canoenses que se destacam na sua profissão. E através delas queremos externar a vocês, que nós mulheres podemos ser e estar onde nós quisermos.

Já cantava aos “quatro ventos” Erasmo Carlos: “Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas sei que a força está com elas”…

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Angélica, a policial

Angélica, a policial

Angélica Peçanha é policial civil e ocupa o cargo de escrivã de polícia na Delegacia de Pronto Atendimento de Canoas.

Oriunda de uma família com forte ligação com a segurança pública, Angélica conta que desde os primeiros anos de idade vivenciou um pouco da carreira, pois seu pai é policial militar, e com isso nutriu um amor pela profissão, inspirada no seu pai.

Formada em Direito, a policial civil exerceu anos na área da advocacia, mas sempre com a meta de entrar para a carreira militar. Em 2017, se inscreveu no concurso de escrivão e inspetora, com 44 mil inscritos. Angélica enfrentou uma maratona de estudos, após aprovada na prova teórica, passou por mais fases: prova de aptidão física, psicológica e psiquiatra.

Após a tão sonhada aprovação, foram seis meses de formação policial, com aulas diárias, teóricas e prática. Um dia após a formatura, Angélica teve que escolher a sua nova lotação (onde iria trabalhar), escolheu a cidade de Canoas, e foi quando começou a vida de policial civil, com algema, colete e arma “em punho”.

A policial é a única mulher de uma equipe de quatro agentes homens, segundo ela por conta do respeito que é tratada por eles e pela valorização dentro da Polícia Civil, nunca foi preciso passar por circunstâncias que arrematam ao machismo.

Angélica é apaixonada pela profissão. “A profissão é apaixonante. Requer dedicação e amor, pois muitas vezes os dias são difíceis. Ouvimos histórias tristes, lidamos com situações extremas, e o perigo ronda constantemente. É um sacerdócio. Mas o amor pela polícia é tão maior, que qualquer dificuldade se torna pequena.  É gratificante poder auxiliar tantas pessoas, e ver a admiração que a instituição tem! Sou daquelas que sente ainda aquele arrepio ao ver uma operação se preparando pra sair, ou quando ouve a sirene das viaturas.E pra quem tem o sonho de ser policial, posso dizer que:  sim, é uma profissão árdua, com inúmeras cobranças e onde muitas vezes não somos reconhecidos; mas que é tão apaixonante que vale qualquer esforço!!! E mulheres, nosso lugar é onde quisermos e a polícia civil  reconhece isso e valoriza cada uma de nós”.

Marlise, a professora e escritora

Marlise De Gregori Pozzatti é professora universitária de Literatura, Língua Francesa, tradutora intérprete e escritora com prêmios nacionais e internacionais, como a obra Palavras Timoneiras, premiada no Brasil e na Suíça. Em duas oportunidades, a canoense mostrou a bandeira de Canoas para o mundo, quando a expos durante as sessões de autógrafos de seus livros. Marlise foi cronista do Timoneiro durante anos.

Filha de Darcy Pozzati, professor rural, contador de histórias, ecologista e pesquisador,foi através do pai, que gostava de línguas e literatura, que a canoense se viu influenciada pela carreira. Formada em Letras/Francês, A professora cursou pós-graduações e curso Didático Pedagógico na França.

A professora conta que nunca enfrentou problemas de machismos na sua profissão, e que muitos homens que trabalharam com ela, hoje fazem parte do seu caminho profissional.

“Nós escolhemos nosso caminho, mas os outros nos ajudam a pavimentá-lo e isto é maravilhoso. As dificuldades por que passamos nos deixam mais fortes para seguir em frente. Os muros são construídos por nós mesmos, mas podemos quebrá-los, principalmente os do passado para vivermos bem o presente”, expressa Marlise.

Ao escrever seus contos, Marlise expressa sempre o amor que sente pelas pessoas na vida real. Segundo ela, a sua profissão e a literatura a fazem ver o mundo, os seres vivos de forma diferente. Atuando na área do magistério, ela acredita ser como um sol, cujos os raios iluminaram os seus alunos e hoje se sente grata por ver eles bem sucedidos, seja no Brasil, França ou Canadá.

Marlise deixou um recado para as mulheres que querem ingressar no mercado de trabalho.

“Deixo algumas frases para refletir: é interessante trabalhar algo que possa ajudar a evitar influências negativas exteriores que dificultam a vida, tornando tudo mais difícil. Permitir a influencia de seu mundo interior. Aprenda a lidar com sua mente porque ‘a vida humana é uma possibilidade e temos que ter a coragem e o compromisso de converter esta possibilidade em realidade’.”, finaliza a professora.

Noenir, a porteira

Noenir Pierobon é porteira da Corsan do Centro de Canoas, mas já trabalhou em diferentes lugares na cidade de Canoas.

A canoense fez curso de recepcionista, e sempre teve a intenção de trabalhar na área, pois gosta de trabalhar com o público e acha de extrema importância atender as pessoas bem. Tem o prazer de receber todos com simpatia, educação e dando a atenção merecida.

Noenir falou que depois que se formou no curso teve dificuldade de arranjar emprego por conta da sua idade, mas que a empresa atual não achou empecilho ao contratá-la.

A porteira gosta do que faz, segundo ela, é apaixonada mesmo pelo serviço que exerce. Criou carinho por todos os funcionários da empresa e diz que esse carinho é recíproco.

Noenir deixou uma mensagem a todas as mulheres, de todos os segmentos e profissões.

“Não desistam, lutem pelos seus sonhos, sejam éticas e profissionais. Faça sempre o seu melhor, demonstrando amor, carinho e que gosta do que você faz. O principal é ser feliz na sua profissão, indiferente de qual ela seja. Desejo um feliz Dia da Mulher para todas do universo e se cuidem”.

Neca, a presidente

Regina Wons, conhecida como Neca, é metalúrgica, mas atualmente é a mulher mais influenciadora do esporte dentro da cidade de Canoas, representando a Liga Canoense de Futsal.

Apaixonada por esportes desde nova, Neca é árbitra de Futsal, Fut7 e Beach Soccer e sempre esteve atenta a todas as oportunidades que foram surgindo no ramo, com desempenho e dedicação. Foi através de três homens, Sr. Átiles, na administração da Federação de Fut7, Sr. Aldinei, uns dos criadores do Futebol 7 no Brasil e Jeferson Péss, o qual fez o convite para Neca ingressar na Liga, que a presidente evoluiu no mundo dos esportes, e hoje representa o futsal canoense há três anos. A presidente quer fazer Canoas voltar a ser a cidade do esporte.

Neca tentou ser atleta, mas não conseguiu consolidar este sonho, segundo ela, foi nesta época que o preconceito contra ser mulher ecoou, mas nunca a fez desistir do mundo dos esportes, e sim a fez querer mais. Foi quando Neca fez o curso de arbitragem e uniu as duas paixões: bola e apito. Nos dias de hoje, a canoense pouco apita jogos, por conta da demanda imposta pela Liga de Futsal.

Mensagem de Neca a todas as mulheres

“ Lutem pelos seus sonhos e não desistam no primeiro rugido. A selva é grande e os leões estão soltos, pois temos que matar um por dia, para assim mostrar a nossa capacidade. E ‘nunca’ esqueçam de quem te ajudou em cada conquista”.

Rochele, a atleta

Rochele Nunes é judoca e vai representar Canoas nos jogos Olímpicos de Tóquio em julho, representando Portugal.

Natural de Pelotas, mas moradora de Canoas desde pequena , Rochele foi  influenciada pelo seu irmão Renan a ingressar na carreira de judô,  por conta do apreço  pela modalidade e por gostar dos desenhos de lutas, que ambos assistiam. Rochele teve seus primeiros passos no mundo do judô na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), depois ingressando na Sogipa. Em 2018, após receber sondagens da Seleção Portuguesa de Judô, do Comitê Olímpico de Portugal e do clube Benfica, a atleta se mudou para o país e naturalizou-se portuguesa. Atualmente faz parte da seleção nacional.

Defendendo o Brasil, Rochele disputou quatro Mundiais. Em seu último anos pela seleção brasileira, ela ganhou três medalhas de ouro, nos Opens de Santiago, Lima e Buenos Aires.

Segundo a judoca, as maiores dificuldades ao longo de sua carreira foram as sete cirurgias que ela teve que fazer por conta de lesões.

Será o primeiro Jogos Olímpicos da atleta. Rochele se diz ansiosa para viver este momento, mas também com consciência da responsabilidade e do orgulho que é representar uma nação.

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Casas de bombas recebem geradores para funcionamento 24h em Canoas

Redação

Publicado

em

As estruturas de todas as oito casas de bombas de Canoas estão recebendo geradores de energia elétrica fixos. O objetivo da medida é evitar falta de água em caso de falta de luz.

O trabalho de instalação começou no sábado, 13, e deve ir até a próxima sexta-feira, 19.

A Casa de Bombas 7, no bairro Mathias Velho, foi a primeira a receber os geradores. São dois equipamentos que ficarão à disposição caso haja queda no fornecimento de energia elétrica.

Na segunda-feira, 15, foi a vez da Casa de Bombas 6, no mesmo bairro.

O secretário municipal de Obras, Guido Bamberg, ressalta a importância desse recurso material. “Os geradores, que são de 500 ou 750KVA cada, possibilitam que as bombas operem, em média, com mais de 60% de capacidade operacional em caso de queda total de energia elétrica, sendo nossa segurança para operação em caso de temporal”, explica.

Continuar a ler

Comunidade

GUAJUVIRAS 37 ANOS: Moradores lembram da luta pela moradia no surgimento do segundo maior bairro de Canoas

Redação

Publicado

em

Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Nesta quarta-feira, 17, um dos maiores bairros de Canoas comemora 37 anos de existência. Em 17 de abril de 1987, começava a ocupação do que viria a se tornar o Guajuviras. Com 42.749 habitantes, é o segundo em termos de população na cidade. Mas para quem mora lá, vem em primeiro lugar.

Trajetória

A história do bairro é também uma história de lutas. Originalmente, o espaço do Guajuviras era chamado de Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. No local, construído pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab) haviam 5.974 unidades habitacionais, muitas delas abandonadas, e que foram ocupadas para formar o que inicialmente foi considerado uma invasão. A obra, que deveria ter 6.400 unidades, nunca foi finalizada pelo órgão estadual e, por isso, não havia sido entregue aos inscritos no programa de habitação popular. A Cohab chegou a tentar repassar as obras à Prefeitura de Canoas em 1984, sem sucesso.

Isso ocorria por conta da conjuntura econômica do país no período. Em 1987, o Brasil estava no período da hiperinflação, com mais de 250% ao ano após o fim do Plano Cruzado. Havia desabastecimento, e o preço dos alugueis se tornava demais para que muitos pudessem pagar.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Espera e invasão

Herminio Farinha Vargas chegou no primeiro dia. Aquele 17 de abril era um domingo de Páscoa, e Farinha recebeu o aviso de que muitos estavam indo para lá. Ele e sua esposa, Otacília, foram até o local. “A gente nunca quis o direito de ganhar uma casa, mas o direito de pagar o preço justo por uma. Muitos, como nós, estávamos inscritos na Cohab”, diz.

Otacília explica que a situação se arrastava há anos. “Já tinha um tempo que o pessoal dizia que seria o ideal invadir. Eu passei um dia todo no sol, grávida, em frente à Praça do Avião, para me inscrever na Cohab, em 1982. Cinco anos depois e nada. Pior: algumas moradias já começavam a ser invadias por gente até de municípios vizinhos, que não estavam inscritas”, lamenta.

Maria Aparecida Flores estava no Guajuviras desde os primeiros dias da ocupação. Chegou com dois filhos. A filha mais velha e o marido não quiseram vir de Arambaré, onde morava. A nova vida começava com desafios extras. “O terreno onde hoje fica a igreja de Nossa Senhora Aparecida estava com uma cerca. Eu e mais umas 20 mulheres derrubamos. Precisávamos também de um espaço para a comunidade. Fizemos oficinas, forno coletivo para fazer pão, e conversávamos sobre as nossas vidas e nossos direitos”, recorda.

Ela lembra que, naquele momento de transição democrática do Brasil, ainda haviam resquícios da repressão dos anos da ditadura militar, que terminou oficialmente em 1985. “Antes de vir a Brigada Militar, mandaram o Exército para cercar o bairro. Ninguém entrava, ninguém saía. Fiquei dez dias sem comer por conta disso. Quando a ajuda chegou, eu tentei me alimentar e vomitei”, relata.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Organização

Cida, como é conhecida no bairro, também fez parte da Comissão dos Setenta, o grupo que atuava nas negociações junto à Cohab. Ela aponta que a organização entre os moradores foi fundamental para garantir o direito à moradia. “Nós nunca fizemos nada debaixo dos panos. Tínhamos os líderes de cada quadra, que precisavam saber tudo que discutíamos em conjunto. Depois cada um precisava ir na sua quadra, chamar todo mundo e repassar”, explica.

Farinha, que também integrou o grupo, diz que o esforço precisava ser constante, com reuniões diárias. “Era difícil. Não tínhamos água, luz, nada. E a maioria de nós trabalhava. O encontro começava às 20 horas e terminava entre uma e duas da manhã. Mas valeu a pena”, observa.

Continuar a ler

Policial

Após denúncia de moradores, cachorros que sofriam maus-tratos são resgatados em Canoas

Redação

Publicado

em

Após denúncia de moradores, cachorros que sofriam maus-tratos são resgatados em Canoas - Foto: Thiago Guimarães

A Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBEA) realizou o resgate de dois cães, um macho e uma fêmea, que estavam em situação de abandono em um apartamento no bairro Olaria.

A denúncia foi realizada por moradores, que contataram a Polícia Civil e a SMBEA, que estiveram presentes na ação, na última sexta-feira, 12.

De acordo com a secretária adjunta da SMBEA, Telma Moraes, os animais estavam trancados, com fome e em uma situação totalmente precária.

“Nós resgatamos os dois animais que viviam em situação de maus tratos, sozinhos em um apartamento, sem alimentação e de forma insalubre. Agora, eles estão aqui na Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal, onde receberão atendimento veterinário e ficarão albergados até se recuperarem”, salientou.

Olavo e Olivia

Os pets, que foram batizados com o nome de Olavo e Olivia, serão vacinados, castrados e após estarem aptos, serão disponibilizados para adoção responsável nas feiras de adoção realizadas pela SMBEA.

“Esperamos que eles tenham a chance de ter uma família amorosa e que proporcione uma nova história de vida para eles”, acrescentou Telma.

A Prefeitura de Canoas reforça que maus-tratos aos animais é crime, conforme a Lei Federal nº 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei Federal nº 14.064, ocorreu o aumento das penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.

Continuar a ler
publicidade

Destaques

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm