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09/05/2025
 

Destaques

Em crise, HPSC passa por mudança de gestão 

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Desde que assumiu a gestão municipal, em janeiro de 2016, o governo de Luiz Carlos Busato (PTB) tem enfrentado uma contínua crise com relação ao contrato firmado com o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). O jornal Timoneiro acompanhou todo o processo dessa relação e os problemas do compromisso firmado pela gestão deJairo Jorge (PDT). Em outubro de 2017, a atual administração já havia anunciado que o Gamp não seria mais gestor do HPSC e duas Upas. Mesmo assim, as partes entraram em acordo e a situação foi mantida. Quase um ano depois, na terça-feira, 25 de setembro, a Prefeitura anunciou que está retomando a administração do Hospital, que atualmente opera com superlotação.

Motivações

De acordo com a atual administração municipal, a ação se deve às dificuldades impostas por “um processo licitatório inadequado, feito às pressas, no segundo semestre de 2016, e que não respeitou o ritmo de transição adequado”. A nota divulgada ainda cita que o contrato não considerou as reais necessidades de Canoas e dos mais de 150 municípios para os quais a cidade é referência.

A Prefeitura garante que técnicos estão elaborando formas para que não haja descontinuidade do serviço nem prejuízos financeiros à Administração Municipal. O Conselho Municipal de Saúde, governo do Estado do Rio Grande do Sul, Câmara Municipal e os sindicatos acompanharão esse processo. A decisão é de comum acordo com o Gamp. Com relação aos atuais funcionários, a Prefeitura afirma que irá buscar todas as alternativas necessárias para garantir a permanência do quadro.

O que diz o Gamp
Confira o que o grupo diz, na íntegra:
“Grupo GAMP revela que há cerca de um ano tenta entregar gestão do HPSC e duas UPAS ao governo municipal, em função de insustentabilidade financeira
 
Transição se dará de forma amistosa e transparente, com a participação do Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, SIMERS e Sindisaúde.
 
O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) esclarece os motivos da entrega do Lote 1, que compreende o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e as Unidades de Pronto Atendimento Caçapava e Rio Branco, à prefeitura de Canoas. Desde março de 2017, logo nas primeiras reuniões da Comissão de Gestão, foi relatado pelo Grupo GAMP o descompasso financeiro entre orçamento e o valor da execução. Tanto, que em junho de 2017, a Comissão de Gestão demonstrou – com registro em ata – que o valor do projeto era superior ao que era repassado. 
 
Em 06 de outubro de 2017, o Grupo GAMP formalizou, junto à Procuradoria Geral do Município, ofício no qual manifestava o seu interesse na rescisão do Lote 1, uma vez que não havia sustentabilidade financeira – dos R$ 7,2 milhões previstos para a manutenção das unidades, somente a folha de pagamento consome R$ 6,4 milhões. No dia 06 de novembro do mesmo ano, em resposta à notificação 015/2017, no item 7, o Grupo GAMP reafirmou que concordava com a rescisão consensual do Termo de Fomento nº 01/2016, referente ao Lote 1, uma vez os recursos públicos repassados pelo município eram insuficientes, ainda que utilizados de acordo com o plano de trabalho, sendo que todas as prestações de contas foram aprovadas pelo órgão responsável. Desde então, o Grupo GAMP vem reiterando sobre a situação junto à prefeitura, com registro em atas, sobre o valor inexequível do referido lote. 
 
A Organização informa que já criou um grupo de trabalho para que a transição ocorra de forma transparente e amistosa, além de Plano de Ação para que a prefeitura consiga realizar a sucessão. O Grupo GAMP apoia a iniciativa da prefeitura de solicitar que este processo tenha o acompanhamento do Conselho Municipal de Saúde, Câmara de Vereadores, sindicatos e governo estadual, e inclui ainda Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e a mídia local, que terão o papel de fiscalizar e informar a população envolvida sobre os desdobramentos da transição.
 
Está registrado em termos de haveres (documentos formais em que a prefeitura reconhece os valores devidos acumulados durante a gestão do Grupo GAMP), um passivo a ser pago, que será calculado após divisão proporcional da dívida referente ao Lote 1. Além disso, há ainda a dívida deixada pela antiga gestora do projeto (Mãe de Deus), absorvida em Termo de Assunção pelo Grupo GAMP. Portanto, o Grupo GAMP destaca que o problema não está na gestão, mas sim no montante financeiro a ser liquidado.
 
O Grupo GAMP continuará à frente da gestão do Hospital Universitário (HU) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Amanhecer, Novos Tempos, Arco-Íris e Recanto dos Girassóis, trabalhando para poder oferecer aos canoenses e moradores de municípios vizinhos um serviço de excelência. E até que a transição seja finalizada, continuará também à frente do HPSC e das UPAS Caçapava e Rio Branco. 
 
HISTÓRICO DE DÍVIDAS DA GESTÃO ANTERIOR
 
Em dezembro de 2016, ao assumir a gestão de unidades de saúde em Canoas, o GAMP assinou um Termo de Assunção, que repassava à Organização as dívidas deixadas pela gestora anterior do contrato (Mãe de Deus), relativas a débitos com terceiros e prestadores de serviços.
 
No entanto, ao assumir o Executivo, a atual gestão do município não reconheceu a homologação do termo e contratou uma auditoria para verificar os referidos débitos. A medida prejudicou a gestão do Grupo GAMP, o que resultou em dificuldades no processo da gestão. Cabe ressaltar que o contrato de gestão das unidades se dá por medição, ou seja, apesar de se basear em um valor mensal fixo, se os gastos extrapolarem o montante estipulado, a prefeitura deve ressarcir.”
O que diz o Sindisaúde

O Sindisaúde, em nota, apoiou a decisão da atual gestão municipal. “O sindicato saúda a tomada de decisão do Executivo canoense, pois defendemos que saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme conta na nossa Constituição. Infelizmente, no entanto, não é como os gestores públicos têm lidado com o setor, muitas vezes transferindo, como no caso canoense, a responsabilidade de prover saúde a empresas terceirizadas”, comentou o presidente Arlindo Ritter.

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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