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18/10/2024
 

Destaques

Em crise, HPSC passa por mudança de gestão 

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Desde que assumiu a gestão municipal, em janeiro de 2016, o governo de Luiz Carlos Busato (PTB) tem enfrentado uma contínua crise com relação ao contrato firmado com o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). O jornal Timoneiro acompanhou todo o processo dessa relação e os problemas do compromisso firmado pela gestão deJairo Jorge (PDT). Em outubro de 2017, a atual administração já havia anunciado que o Gamp não seria mais gestor do HPSC e duas Upas. Mesmo assim, as partes entraram em acordo e a situação foi mantida. Quase um ano depois, na terça-feira, 25 de setembro, a Prefeitura anunciou que está retomando a administração do Hospital, que atualmente opera com superlotação.

Motivações

De acordo com a atual administração municipal, a ação se deve às dificuldades impostas por “um processo licitatório inadequado, feito às pressas, no segundo semestre de 2016, e que não respeitou o ritmo de transição adequado”. A nota divulgada ainda cita que o contrato não considerou as reais necessidades de Canoas e dos mais de 150 municípios para os quais a cidade é referência.

A Prefeitura garante que técnicos estão elaborando formas para que não haja descontinuidade do serviço nem prejuízos financeiros à Administração Municipal. O Conselho Municipal de Saúde, governo do Estado do Rio Grande do Sul, Câmara Municipal e os sindicatos acompanharão esse processo. A decisão é de comum acordo com o Gamp. Com relação aos atuais funcionários, a Prefeitura afirma que irá buscar todas as alternativas necessárias para garantir a permanência do quadro.

O que diz o Gamp
Confira o que o grupo diz, na íntegra:
“Grupo GAMP revela que há cerca de um ano tenta entregar gestão do HPSC e duas UPAS ao governo municipal, em função de insustentabilidade financeira
 
Transição se dará de forma amistosa e transparente, com a participação do Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, SIMERS e Sindisaúde.
 
O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) esclarece os motivos da entrega do Lote 1, que compreende o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e as Unidades de Pronto Atendimento Caçapava e Rio Branco, à prefeitura de Canoas. Desde março de 2017, logo nas primeiras reuniões da Comissão de Gestão, foi relatado pelo Grupo GAMP o descompasso financeiro entre orçamento e o valor da execução. Tanto, que em junho de 2017, a Comissão de Gestão demonstrou – com registro em ata – que o valor do projeto era superior ao que era repassado. 
 
Em 06 de outubro de 2017, o Grupo GAMP formalizou, junto à Procuradoria Geral do Município, ofício no qual manifestava o seu interesse na rescisão do Lote 1, uma vez que não havia sustentabilidade financeira – dos R$ 7,2 milhões previstos para a manutenção das unidades, somente a folha de pagamento consome R$ 6,4 milhões. No dia 06 de novembro do mesmo ano, em resposta à notificação 015/2017, no item 7, o Grupo GAMP reafirmou que concordava com a rescisão consensual do Termo de Fomento nº 01/2016, referente ao Lote 1, uma vez os recursos públicos repassados pelo município eram insuficientes, ainda que utilizados de acordo com o plano de trabalho, sendo que todas as prestações de contas foram aprovadas pelo órgão responsável. Desde então, o Grupo GAMP vem reiterando sobre a situação junto à prefeitura, com registro em atas, sobre o valor inexequível do referido lote. 
 
A Organização informa que já criou um grupo de trabalho para que a transição ocorra de forma transparente e amistosa, além de Plano de Ação para que a prefeitura consiga realizar a sucessão. O Grupo GAMP apoia a iniciativa da prefeitura de solicitar que este processo tenha o acompanhamento do Conselho Municipal de Saúde, Câmara de Vereadores, sindicatos e governo estadual, e inclui ainda Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e a mídia local, que terão o papel de fiscalizar e informar a população envolvida sobre os desdobramentos da transição.
 
Está registrado em termos de haveres (documentos formais em que a prefeitura reconhece os valores devidos acumulados durante a gestão do Grupo GAMP), um passivo a ser pago, que será calculado após divisão proporcional da dívida referente ao Lote 1. Além disso, há ainda a dívida deixada pela antiga gestora do projeto (Mãe de Deus), absorvida em Termo de Assunção pelo Grupo GAMP. Portanto, o Grupo GAMP destaca que o problema não está na gestão, mas sim no montante financeiro a ser liquidado.
 
O Grupo GAMP continuará à frente da gestão do Hospital Universitário (HU) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Amanhecer, Novos Tempos, Arco-Íris e Recanto dos Girassóis, trabalhando para poder oferecer aos canoenses e moradores de municípios vizinhos um serviço de excelência. E até que a transição seja finalizada, continuará também à frente do HPSC e das UPAS Caçapava e Rio Branco. 
 
HISTÓRICO DE DÍVIDAS DA GESTÃO ANTERIOR
 
Em dezembro de 2016, ao assumir a gestão de unidades de saúde em Canoas, o GAMP assinou um Termo de Assunção, que repassava à Organização as dívidas deixadas pela gestora anterior do contrato (Mãe de Deus), relativas a débitos com terceiros e prestadores de serviços.
 
No entanto, ao assumir o Executivo, a atual gestão do município não reconheceu a homologação do termo e contratou uma auditoria para verificar os referidos débitos. A medida prejudicou a gestão do Grupo GAMP, o que resultou em dificuldades no processo da gestão. Cabe ressaltar que o contrato de gestão das unidades se dá por medição, ou seja, apesar de se basear em um valor mensal fixo, se os gastos extrapolarem o montante estipulado, a prefeitura deve ressarcir.”
O que diz o Sindisaúde

O Sindisaúde, em nota, apoiou a decisão da atual gestão municipal. “O sindicato saúda a tomada de decisão do Executivo canoense, pois defendemos que saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme conta na nossa Constituição. Infelizmente, no entanto, não é como os gestores públicos têm lidado com o setor, muitas vezes transferindo, como no caso canoense, a responsabilidade de prover saúde a empresas terceirizadas”, comentou o presidente Arlindo Ritter.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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