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Uma história com mais de 200 anos de atividades no Brasil
MONIQUE LEOTE MENDES*
O corretor de imóveis não é uma profissão moderna, já existia desde a época dos césares, em Roma, quando intermediários promoviam negócios imobiliários. Segundo historiadores, no Brasil, a corretagem vem desde o tempo da colonização, com a chegada da corte portuguesa à Bahia e ao Rio de Janeiro, em 1808. Na época, muitas pessoas ganhavam a vida buscando pousadas para os desbravadores e a preocupação com a comercialização e registro dos imóveis já estava presente. Mas, apenas no ano de 1967, no primeiro Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis, que seis sindicatos iniciaram um movimento a favor da regulamentação das atividades no país.
Esta reivindicação só começou a ser atendida, em agosto de 1962, com uma lei que possibilitou o surgimento dos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis. Portanto, no Dia 27 de agosto de 1967, foi instituído o Dia Nacional do Corretor de Imóveis em homenagem a todos os profissionais da área.
O mercado canoense conta com mais de 1200 corretores cadastrados. E a profissão se consolida ao longo dos anos devido à sua importância para sociedade. São eles, que falam para o jornal O Timoneiro qual a importância de um profissional especializado hoje no mercado imobiliário.
Florencia Rycembel Boeira – Presidente e Corretora na Imobiliária Florença
“O papel do Corretor de Imóveis é de extrema importância na sociedade, pois cabe a esse profissional orientar as pessoas na realização dos seus sonhos, seja para a aquisição da sua casa própria ou um negócio, garantindo que os cidadãos estejam devidamente assistidos evitando problemas jurídicos futuros e garantindo seu patrimônio”.
Elisabete Wiest – Corretora na Segura Imóvei
“Entendo que o papel do corretor de imóveis é de ajudar na realização de um sonho. É transmitir ao cliente confiança, segurança e credibilidade na compra e venda de imóvel, de forma que ele sempre terá tranquilidade em voltar a fazer negócios com o corretor que lhe deu um atendimento qualificado e com isso conseguir fidelizá-lo”.
Viviane Lottici – Corretora na Imobiliária Lottici
“Atuo há 7 anos na área imobiliária. É muito gratificante ajudar as pessoas a realizar um sonho, a adquirir o seu imóvel. E melhor ainda é quando indicam o nosso trabalho, isso é reconhecimento”.
Georgi Guilherme Hanna – Corretor na Guilherme Imóveis
“Para ser corretor de imóveis você tem que gostar de pessoas e de conversar. O corretor na hora compra ou locação ele é psicólogo, consultor e amigo, pois em alguns casos a troca de moradia ocorre por fatos adversos à vontade da pessoa, e por este motivo acabamos realmente nos envolvendo indiretamente com o problema do cliente”.
Katia Osorio – Corretora na Imobiliária Prime
“A importância de ser um bom corretor está na prestação de serviços com transparência, eficiência e confiança, oferecendo assim satisfação ao cliente, na busca da realização de “seu sonho” de aquisição da sua moradia, e consequentemente bons negócios. Sou credenciada junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis, desde 1994, e há cerca de 20 anos atuo como Consultora Imobiliária (autônoma) no mercado de Canoas. Iniciei minha carreir, na Brandalise Imóveis, onde trabalhei até 2007. Hoje, trabalho na Prime Imobiliária desde sua fundação em 2012.”
Fabio Rossoni da Silva – Corretor na Solução Imóveis
“Hoje concorro com um universo de profissionais capacitados, a arte de ser corretor me faz inovar todos os dias, ser corretor é correr risco, é enfrentar todas as dificuldades como obstáculos e supera-lá, é atingir meta s e desafios diariamente! Ser corretor é amar o que faz, é proporcionar satisfação, conforto, bem estar e segurança aos seus clientes e se tratando da parte financeira, é buscar o fechamento ideal com relação aos valores e os futuros retornos lucrativos que o bem pode lhe proporcionar”.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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