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22/11/2024
 

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Amigos homenageiam vida e obra de Paulo Brossard

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AGEU CARDOSO Repórterfotográf. (116)

Bloco em homenagem a Brossard foi inaugurada Foto: Ageu Cardoso

Marcelo Grisa

Amigos, parentes, colegas e admiradores do trabalho do ex-senador Paulo Brosssard reuniram-se para um jantar em sua memória no último dia 12 de abril, no restaurante Santo Antônio, em Porto Alegre (Rua Dr. Timóteo, nº 465). Na data, quando se completavam dois anos de seu falecimento, foi inaugurado um retrato no estabelecimento em honra ao político, magistrado e professor gaúcho, que fora cliente ali por mais de 50 anos.

Uma vida pública

Paulo Brossard de Souza Pinto nasceu em Bagé em 23 de outubro de 1924. Faleceu com 90 anos, em 2015, depois de quase 50 anos de vida pública e uma intensa atuação contra o regime militar e pela consolidação da democracia.

Ainda em 1945 filia-se ao Partido Libertador, enquanto cursava Direito na UFRGS. Em 1954 elegeu-se, com menos de 30 anos, para o mandato de deputado estadual, assumindo uma cadeira na Assembleia Legislativa. Lá permaneceu por três legislaturas, chegando a assumir a Secretaria do Interior e da Justiça no governo Ildo Menegheti. Tornou-se deputado federal em 1967, já pelo MDB. Tentou eleger-se senador em 1970, mas somente teve sucesso em sua segunda tentativa, em 1974, permanecendo no Senado até 1983. Naquele ano, foi candidato à vice-presidente da República na chapa de Euler Bentes Monteiro na eleição indireta, sendo derrotados por João Baptista Figueiredo.

Resignado dos cargos eletivos, Brossard então emprestou sua maestria no exercício do Direito a serviço da retomada da democracia. Foi consultor-geral da República em 1985, ajudando a criar as condições para a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1986, torna-se Ministro da Justiça de José Sarney. Em 1989, sai do posto para integrar o Superior Tribunal Federal, onde permaneceu até sua aposentadoria, em 1994. Nesse meio tempo, também presidiu o Tribunal Superior Eleitoral de 1992 até 94. Foi vital para a consolidação da democracia neste período, com atuação decisiva em episódios como a tentativa de renúncia de Sarney em março de 1988.

Morador de Porto Alegre, Brossard era colunista no jornal Zero Hora, do Grupo RBS, contribuindo com centenas de textos para o periódico.

Testemunhos pela Democracia

Estiveram presentes dois ex-governadores do Estado – Pedro Simon e Jair Soares; o ex-senador Nelson Wedekin; os ex-deputados federais Odacir Klein, Rodolfo Rospide Neto, Harry Sauer e Jorge Uequed; e os deputados estaduais Fábio Branco e Thiago Simon. Além deles, vários dirigentes sindicais e empresariais, além de professores e ex-alunos de Direito que conviveram com Paulo Brossard ao longo de sua vida.

Ao lembrar-se de sua trajetória na vida pública, Jorge Uequed apontou que Brosssard representava uma parcela da inteligência e da resistência nacional. Para o ex-deputado, é necessário que os dirigentes municipais e estaduais façam homenagens a ele. “Isso representa um processo de educação de que vale a pena ser honesto, que bons exemplos florescem”, explicou.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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