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22/11/2024
 

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Mantenedora do HNSG não apresenta contas desde agosto de 2016

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Foto: Bruno Lara

A situação do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) continua difícil. Além de passar um momento financeiro instável, com dívidas que ultrapassam os R$ 100 milhões, a Diretoria Executiva da entidade não apresenta escrituração contábil desde agosto de 2016. Tal situação foi relatada pelo Conselho Deliberativo da Associação Beneficente de Canoas (ABC) em ofício enviado ao Ministério Público, na terça-feira, 4.

Assembleia

O Conselho publicou edital de convocação para realização de Assembleia Geral Ordinária, no dia 31 de março. A ordem do dia previa “apreciar, aprovando ou não, o relatório e as contas de resultado com parecer do Conselho Fiscal”. De acordo com o conselho, o edital de convocação foi publicado no último dia de prazo, “face a inércia da Diretoria Executiva em convocá-lo, o que revela o desinteresse da mesma em enfrentar o mérito e cumprir com sua obrigação estatutária”. No ofício, o conselho ainda afirma que a Diretoria Executiva deveria apresentar dentro do mês de março as contas anuais, balanço e demonstração das contas de resultado, com parecer do Conselho Fiscal e auditoria independente. “No momento da apresentação de contas, a Diretoria Executiva não atendeu a Ordem do Dia e não repassou ao Conselho Fiscal a escrituração contábil, posto que, ao que se tem notícia, desde agosto de 2016 não há contabilidade”, diz o ofício enviado ao MP.

Problema

“A temerária ausência de escrituração contábil desde agosto de 2016 pode inclusive, em tese, dar margem à eventuais desvios do erário, com difícil constatação do lícito penal e difícil apuração de auditoria”, afirma o Conselho Deliberativo da ABC. No documento enviado ao Ministério Público, o conselho ainda cita o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro que diz: “o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico”.

Parecer do Conselho

Confira, na íntegra, o parecer do Conselho Fiscal durante a Assembleia Geral, acerca da prestação de contas: “O Conselho Fiscal deixa de se manifestar quanto recomendar a aprovação ou não das contas. Uma vez que não pode concluir o exame das demonstrações financeiras individuais e patrimoniais consolidadas, que compreende o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016, pela não conclusão contábil destas peças.
Ainda, porque assim também ficou prejudicada a opinião da empresa de auditoria externa.
Isto posto, venho requerer aos conselheiros a abertura de um prazo não inferior de 120 dias para a conclusão das mesmas, o que não vem a conflitar com o limite dos prazos impostos pela Receita Federal do Brasil”.

Direção Executiva

A reportagem tentou entrar em contato com a atual direção executiva da ABC mas, até o fechamento da edição, não obteve resposta.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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