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22/11/2024
 

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Colégio Espírito Santo completa 58 anos de educação em Canoas

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Nesta quinta-feira, dia 9 de março, o Colégio Espírito Santo (CES) completou 58 anos de história em Canoas. Fundada em 1959 pela Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, a escola localizada no bairro Nossa Senhora das Graças realizou atividades durante o dia para comemorar a data.

Além da animação do recreio com a banda dos professores Fábio Rushel (vocal), Marcos Shulz (guitarra) e Renã Covolan (bateria), houve o plantio de novas mudas de árvores pelos pequenos alunos da Educação Infantil. Pela manhã, uma missa foi realizada pelo ex-aluno Dom Roberto, da Ordem de Cister.

De geração em geração

É consenso entre a direção, o quadro funcional e os ex-alunos do CES que as experiências dentro da escola fazem com que os filhos dos antigos estudantes frequentem as mesmas salas anos depois. “É bonito de ver. Isso mostra que valeu a pena para eles, para nós e para a escola”, comenta a professora Cláudia Klauss, que tem 27 anos de carreira na instituição. Para isso, segundo ela, contribuem os projetos especiais e a expansão da estrutura interna e externa do colégio.

A diretora, Irmã Maria Sônia Muller, enumera que a situação atual se deve ao esforço do corpo docente, ao envolvimento com a comunidade e ao incentivo às atividades extracurriculares e especiais, como o Mangahigh (programa online ligando educação e jogos), O Líder Em Mim (aplicação de teorias de desenvolvimento humano) e A Casinha Feliz (incentivo à leitura de forma lúdica na primeira infância). “O colégio sempre teve uma caminhada muito boa e um bom relacionamento com a comunidade, fazendo a escola crescer. O trabalho é muito e a ordem é melhorar”, afirma.

Para Rasmia Latif, supervisora do Ensino Fundamental e funcionária do CES há 20 anos, os créditos são da diretora, que ela considera a força motriz das constantes mudanças. “Ela pesquisa e tem essa visão. Noto que os pais percebem isso e valorizam esta postura. Até mesmo além de Canoas, muitos projetos são reconhecidos como um diferencial por psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogas. É muito gratificante saber que no nosso bairro tem uma escola assim”, destaca.

Andrea Uequed é promotora de Justiça, ex-aluna e mãe de aluna do Colégio Espírito Santo. Segundo ela, o tratamento muito próximo dos estudantes, especialmente por parte das Irmãs, é a chave para a importância dessa escola na sociedade canoense. “Na época, a diretora era a Irmã Maristela, e ela tinha uma atenção individualizada nos talentos dos alunos. Ela buscava o que havia de melhor nele e explorava aquilo. Para mim foi essencial, porque ela viu em mim uma pessoa que tinha condições de falar em público”, relembra.

 

A comunidade e a escola

Andrea aponta que a colaboração com os alunos vai além dos talentos. A equipe da instituição, de acordo com a promotora, busca entender o que acontece nas famílias dos alunos para buscar alternativas e resolver crises. “Elas iam até na casa da gente orar pela família, envolvendo e fazendo a gente se sentir pertencendo àquela comunidade. A gente sabia que tinha amparo para tudo na vida”, assegura.

Pela parceria da CES com a Vara de Família canoense, na qual Andrea Uequed atua, ela percebe como a escola ainda tem essa ação integradora. Como parte dos procedimentos em casos envolvendo crianças que estudam lá, são passados conteúdos sobre temas como disputa de guarda e alienação parental. “Melhor do que o professor vir nos passar isso, e depois precisar encarar as consequências na sua relação com pais e alunos, é papel da escola colaborar de forma importante nesses processos”, explica.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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