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27/07/2024
 

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Busato fala sobre planos para seu mandato como prefeito

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_dsc0017Na quarta-feira, 28, a equipe de reportagem de O Timoneiro conversou com o prefeito eleito Luiz Carlos Busato (PTB), que toma posse no domingo, 1º de janeiro. Ex-secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e ex-vereador, deixa seu terceiro mandato como deputado federal para assumir o Executivo canoense.

A saída do Legislativo para o Executivo, por sinal, é encarada com naturalidade pelo novo prefeito. “Eu não sou um deputado de tribuna. Meu perfil é mais de Executivo do que de Legislativo”, definiu.

Lagranha exemplo

Ao ser questionado sobre quais prefeitos destacaria na história de Canoas, Busato citou Hugo Simões Lagranha. “Era um prefeito sem rodeios, andava sozinho na rua, visitava as obras. É esse tipo de prefeito que eu quero ser, não quero colocar uma barreira” disse.
Como motivo para ter ingressado na política, falou de seu pai, Luiz Jerônimo Busato: “O fato de eu ser prefeito hoje tem quase tudo a ver com seguir o exemplo do meu pai. O sonho dele era ser prefeito. E ele foi, mas indicado pelo presidente da república e por três meses. Não é a mesma coisa que um prefeito eleito pelo povo. Então esse sonho que o pai tinha ele passou para mim. Tenho certeza de que o pai, se estivesse aqui hoje, estaria muito feliz”.

Secretariado técnico

A respeito dos critérios de escolha do seu secretariado, apontou a formação técnica como ponto fundamental e ressaltou a massiva presença de funcionários públicos no seu governo. Serão oito servidores ocupando cargos no primeiro escalão e sete no segundo. “E pensando no primeiro escalão, de 60% a 70% do orçamento vai ser dirigido por funcionários públicos, já que Educação e Saúde são comandadas por servidores e são as secretarias que têm mais recursos financeiros”, revelou.

Saúde

Ao falar da Saúde, o prefeito eleito pontuou a dificuldade que terá para reorganizar o sistema montado atualmente. Segundo ele, são 2500 pessoas trabalhando através do contrato gerido pelo Gamp, mais 1600 através dos contratos geridos pela Prefeitura e ainda mais de 700 pessoas ligadas à secretaria de Saúde e à Fundação de Saúde. “ São mais de 5 mil pessoas trabalhando. Foram gastos R$ 418 milhões, cerca de 36% do orçamento da saúde da Prefeitura, e está terrível. Faltou gestão e não dinheiro. Se tornou uma verdadeira Torre de Babel, com cada setor falando uma língua diferente”, disse.
Busato informou também que o sistema de teleagendamento deve ser aprimorado e mantido, mas que a marcação de consultas poderá ser feita de outras formas. “Vamos avaliar a possibilidade de agendamento presencial e também por internet, para diminuir a quantidade de horários que ficam em branco nas agendas”, falou.

Mobilidade

Sobre a mobilidade urbana, o prefeito eleito foi enfático, não define nada sem antes montar o Plano de Mobilidade. “Sem esse plano não temos nem como buscar recursos federais. Esse plano foi instituído em uma lei federal de 2015 e já deveria estar pronto. Se não tem esse plano, quem me garante que esta é a melhor forma de implantar o aeromóvel e que ele é realmente a melhor opção para a cidade?”, questionou.

A respeito da questão do Uber na cidade, o prefeito eleito entende que é similar à transição entre máquina de escrever e computador. “É uma tecnologia que veio e que teremos que nos adaptar. O táxi vai ter que mudar. Talvez tenhamos que ter um pouco mais de ingerência do governo no Uber e um pouco menos de ingerência no táxi, para que se chegue a um ponto de equilíbrio”, explicou.

Segurança

Em relação à segurança pública, Busato falou que reconhece a sala de monitoramento implantada por Jairo Jorge como algo positivo. No entanto, afirmou que o espaço precisa ser remodelado para ter real efeito prático.
Os guardas municipais, segundo o novo prefeito, terão porte de arma e a administração municipal dará apoio às polícias Civil e Militar.

Educação

Quando questionado sobre a falta de professores na cidade, disse saber do tamanho do problema e reconheceu que sabe que não é possível resolver totalmente a situação. Ele afirmou que pretende fazer com que os educadores trabalhem em sala de aula e não em funções que podem ser ocupadas por outras pessoas.

Pagamento de funcionários

No governo Jairo Jorge os funcionários públicos, que antes recebiam no último dia útil do mês trabalhado, passaram a receber no quinto dia útil do mês seguinte. Busato diz que tentará puxar a data de pagamento para o primeiro dia útil, o que faria diminuir a espera dos servidores.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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