Comunidade
Recital de Bethânia em Canoas é marcado por manifestação
Manifestantes ocuparam parcialmente a entrada do Sesc Canoas para cobrar a forma como os ingressos foram distribuídos para o recital da cantora Maria Bethânia neste sábado, 9, evento que marca o fim da 32ª Feira do Livro de Canoas. Eles fizeram duas fileiras na porta e questionaram um a um dos que ingressaram na estrutura de que forma conseguiram os convites.
Solidários, alguns dos questionados alegaram que receberam de presente de algumas autoridades do município, citando o nome do prefeito Jairo Jorge (PT), da primeira-dama, Tais Pena, da Vice-Prefeita Beth Colombo (PRB) e até da chefe de gabinete do prefeito, Marta Ruffato.
“Os que estavam em um envelope branco foram os que a primeira-dama deu”, relatou Ana de Oliveira. Segundo ela, algumas pessoas responderam que foi a vice quem forneceu a entrada no local. “Muitos falaram: eu ganhei do prefeito. Uma chegou a falar assim: eu ganhei da Beth Colombo, que disse que não poderá vir”, relatou. Os manifestantes apontam que as entradas foram distribuídas meses antes do acontecimento. Um dos convidados relatou que comprou o ingresso. “Paguei R$ 150,00”, disse o homem.
Regras rígidas
O show estava sob responsabilidade da empresa Branco produções, que ordenou aos seguranças contratos exclusivamente para o show que, por determinação da artista, ninguém poderia ingressar no teatro após a mesma subir ao palco, não cumprindo, com isso, a tolerância de 15 minutos que a lei garante, tampouco permitindo o acesso da equipe de imprensa presente.
Após a orientação, inclusive, um senhor tentou ingressar com a esposa, mas foi impedido. “Eu sou irmão do prefeito”, tentou. Foi vaiado e não conseguiu entrar. Outro grupo, esse com mais sorte, entrou de carro pela rampa lateral após ser impedido na portaria com autorização da Guarda Municipal. A orientação de não entrar após o início do show, para estes, não valeu a regra.
Cerca de 20 pessoas assistiram ao recital através de um telão, no auditório Martha Medeiros, na Praça da Bandeira.
Dinheiro público
Em novembro de 2015, a Prefeitura anunciou um aporte de R$ 116,9 mil para a sua realização, por meio de edital Apoio ao Circuito Nacional de Feiras de Livros e Eventos Literários do Ministério da Cultura. Além deste recurso, segundo o órgão, “a Feira do Livro aprovou R$ 314 mil pela Lei Rouanet, tendo captado R$ 200 mil. Já na LIC (Lei de Incentivo à Cultura), onde foi aprovado o valor de R$ 191.356,54, foram captados R$ 180 mil”, respondeu quando questionada por OT. Segundo a Prefeitura, desde 2015, a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) é parceira da Feira do Livro de Canoas, “o que resulta na divisão de despesas, tais como cachês e passagens aéreas”.
Na sexta-feira
Para Priscila Baum, a revolta é também pela recepção da Prefeitura quando os insatisfeitos se deslocaram da Feira até o Paço Municipal na sexta. “Fui para a fila 10 horas da manhã. Contamos o número de pessoas na fila e eu era a número 89. Fiquei tranquila. Quando chegou a minha vez, acabaram os ingressos. Aí eu perguntei: cadê os ingressos? cadê o resto dos ingressos? disseram para mim: não, esse foi só os que vieram para cá. Perguntei: quantos vieram para cá? e elas responderam: não sabemos, vieram em um envelope e não contamos os ingressos”, relata.
O desenrolar na sexta-feira terminou com ação no Ministério Público Federal (MPF). “Depois que fomos no Ministérios Público, e eles ficaram sabendo que nós estivemos ali, nos chamaram e nós fomos na prefeitura. Fomos recebidos pela Andreia, que conversou conosco. Ela é da organização da feira e da secretaria de Cultura e pela Marta Rufatto também. Ela disse o seguinte: 100 ingressos foram destinados para a população e o restante para patrocinadores do evento e autoridades da cidade. E aí a gente disse: mas por lei só pode ser 30% para esse destino e ela disse: não fomos nós que separamos esses ingressos”, relatou.
“Inclusive uma pessoas que estava na fila passou mal e acabou falecendo. Não por causa da fila, mas ela teve um mal súbito e acabou falecendo. Eles não foram capazes de nos dizer que só tinham 100 ingressos”, concluiu.
Os presentes utilizaram cartazes questionando “onde foram os 240 ingressos pagos com dinheiro público?”, como dizia um deles. Outro marcava uma separação entre os que foram na fila na sexta-feira, 8, e os que foram presenteados. “Você ficou na fila ou é da elite?”, questionava outro. Tudo isso aos gritos de “elite de Canoas ou elite de Porto Alegre”, questionavam.
Resposta: atualizado em 15/07/2016, às 10h05min
A Prefeitura esclareceu que os convites para o espetáculo foram distribuídos em cotas entre a artista, o Sesc, a Prefeitura, a imprensa e os patrocinadores, além dos distribuídos na Praça da Bíblia. “Encargo este (distribuição) que ficou com a Secretaria Municipal de Projetos Especiais, Captação e Inovação (SMPECI), justamente por ser quem faz a captação de recursos junto às empresas públicas e privadas, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e da Lei Rouanet. Por isso que muitos convidados disseram que receberam da secretária Thais Pena, é a secretária da SMPECI, estabelecendo-se, aqui, a natural fusão entre a pessoa e a secretaria. Sobre a vice-prefeita Beth Colombo – licenciada da função -, de fato, ela passou seu convite, pois estava impossibilitada de comparecer ao evento por força da lei eleitoral”, respondeu.
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Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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