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21/11/2024
 

Destaques

Com voto de canoense, deputados aprovam aumento a servidores

O governador José Ivo Sartori (PMDB) afirmou que irá vetar a proposta. A estratégia da oposição deve ser pela quebra do veto

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Assembleia Legislativa aprova aumento

Assembleia Legislativa aprova aumento. Foto ALRS.

 

Após seis horas de debates, a Assembleia Legislativa (AL) aprovou, na noite de ontem, terça-feira, 17, os referentes à reposição inflacionária de 8,13% aos servidores do Poder Judiciário (PL 368/2015), da Defensoria Pública (PL 369/2015), da Procuradoria-geral de Justiça (PL 370/2015), do Tribunal de Contas (PL 371/2015) e da Assembleia (PL 430/2015).

Canoense votou sim

Deputado Nelsinho Metalúrgico. Foto: ALRS.

Deputado Nelsinho Metalúrgico. Foto: ALRS.

Através das redes sociais, o deputado canoense Nelsinho Metalúrgico (PT) comemorou a aprovação. “Depois de quase um ano e meio, mais do que a recuperação de parte das perdas salariais dos servidores do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado e do Legislativo, a Assembleia Legislativa ratificou, na noite desta terça-feira (17), a independência entre os poderes e se posicionou contra o Estado Mínimo. Agora, os projetos aguardam a aprovação do governador Sartori”. O parlamentar utilizou das redes para  dar o tom da oposição e mostrar que a intenção é derrubar o veto de Sartori. “Caso ele os vete, os projetos voltam ao Legislativo que necessitará de 28 votos para derrubar o veto do governador”, disse.

Ao encaminhar as propostas, o deputado Jeferson Fernandes (PT) salientou ser a recomposição referente às perdas salariais ainda abaixo dos índices inflacionários. Observou também que os projetos já tramitam na Assembleia há um ano, destacando, além disso, a autonomia dos Poderes. Os projetos originais previam a recomposição retroativa a 1º de julho de 2015, exceto o da Assembleia Legislativa, que previa a data de 1º de janeiro de 2016.

 

Protestos

Deputado Marcel van Hattem. Foto: ALRS.

Deputado Marcel van Hattem. Foto: ALRS.

De longe a fala do deputado Marcel van Hattem (PP) foi a que recebeu mais protesto. Para ele, “não é momento” para o aumento. “Nós vivemos em um parlamento, em uma Assembléia Legislativa que paga uma média salarial de R$ 10.100,00 por mês a seus funcionários. Eu não vou entrar nos valores dos outros poderes, mas talvez até deveria e vou fazê-lo para que quem está em casa saiba. Média dos servidores e CCs (Cargos em Comissão) do Judiciário, média de R$ 8.000,00 por mês”, disse e foi imediatamente interrompido por altas vaias dos servidores que estavam de costas no plenário.

“A média salarial dos servidores e CCs do Ministério Público que pleiteiam essa recomposição, ajuste ou aumento, é de R$ 12.900,00 por mês”, disse recebendo nova vaia. “A média salarial do TCE é de R$ 16.000,00 por mês e da Defensoria Pública de R$ 5.500,00 por mês”, continuou.

Em seu argumento, o deputado afirmou que o aumento não pode ser dado em função de policiais e professores estão recebendo parcelado “servidores da Brigada Militar, cuja média salarial é de R$ 3.900,00 por mês, e servidores do ensino, da educação, cuja média salarial é de R$ 2.200,00 por mês, tem seus salários parcelados por causa da crise financeira agravada por PT e pelo Tarso Genro que agora, demagogicamente, querem falar que é hora de dar aumento e aumentar despesas do setor público. Não é momento em respeito a quem recebe o salário parcelado e, sobretudo, em respeito a sociedade que paga muito imposto e não tem serviços que retornam a quem paga”, disse.

 

Governador vetará

Em nota, o governador do estado, José Ivo Sartori (PMDB) comunicou que vetará o aumento. “Entendo que a reposição pretendida é justa, mas inoportuna. Não está em sintonia com a profunda crise que vivemos. Respeito as categorias envolvidas, mas não posso ignorar a situação dos servidores do Executivo, especialmente professores e policiais”, afirmou.

Na continuação da nota, disse que: “condições de dar aumento para quem ganha menos, não posso sancionar aumento para quem ganha mais”. Segundo ele, o “o Estado é um só” e a crise precisa ser superada entre todos os poderes, não só o Executivo.

 

Votaram não:

João Reinelli (PV), Marcel van Hattem (PP), Sérgio Turra (PP), Any Ortiz (PPS), Tiago Simon (PMDB) e Zilá Breteinbach (PSDB).

 

Votaram sim:

Jeferson Fernandes (PT), Pedro Ruas (PSol), Enio Bacci (PDT), Miriam Marroni (PT), Nelsinho Metalúrgico (PT), Valdeci Oliveira (PT), Tarcísio Zimmermann (PT), Adão Villaverde (PT), Maurício Dziedricki (PTB), Regina Becker Fortunati (Rede), Frederico Antunes (PP), João Fischer (PP), Jorge Pozzobom (PSDB), Gilberto Capoani (PMDB, desde que com a emenda de Postal, de retroatividade a partir deste mês), Sérgio Peres (PRB, também com a emenda de Postal) e Gabriel Souza (PMDB, igualmente com a emenda Postal).

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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