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03/06/2025
 

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Com voto de canoense, deputados aprovam aumento a servidores

O governador José Ivo Sartori (PMDB) afirmou que irá vetar a proposta. A estratégia da oposição deve ser pela quebra do veto

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Assembleia Legislativa aprova aumento

Assembleia Legislativa aprova aumento. Foto ALRS.

 

Após seis horas de debates, a Assembleia Legislativa (AL) aprovou, na noite de ontem, terça-feira, 17, os referentes à reposição inflacionária de 8,13% aos servidores do Poder Judiciário (PL 368/2015), da Defensoria Pública (PL 369/2015), da Procuradoria-geral de Justiça (PL 370/2015), do Tribunal de Contas (PL 371/2015) e da Assembleia (PL 430/2015).

Canoense votou sim

Deputado Nelsinho Metalúrgico. Foto: ALRS.

Deputado Nelsinho Metalúrgico. Foto: ALRS.

Através das redes sociais, o deputado canoense Nelsinho Metalúrgico (PT) comemorou a aprovação. “Depois de quase um ano e meio, mais do que a recuperação de parte das perdas salariais dos servidores do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado e do Legislativo, a Assembleia Legislativa ratificou, na noite desta terça-feira (17), a independência entre os poderes e se posicionou contra o Estado Mínimo. Agora, os projetos aguardam a aprovação do governador Sartori”. O parlamentar utilizou das redes para  dar o tom da oposição e mostrar que a intenção é derrubar o veto de Sartori. “Caso ele os vete, os projetos voltam ao Legislativo que necessitará de 28 votos para derrubar o veto do governador”, disse.

Ao encaminhar as propostas, o deputado Jeferson Fernandes (PT) salientou ser a recomposição referente às perdas salariais ainda abaixo dos índices inflacionários. Observou também que os projetos já tramitam na Assembleia há um ano, destacando, além disso, a autonomia dos Poderes. Os projetos originais previam a recomposição retroativa a 1º de julho de 2015, exceto o da Assembleia Legislativa, que previa a data de 1º de janeiro de 2016.

 

Protestos

Deputado Marcel van Hattem. Foto: ALRS.

Deputado Marcel van Hattem. Foto: ALRS.

De longe a fala do deputado Marcel van Hattem (PP) foi a que recebeu mais protesto. Para ele, “não é momento” para o aumento. “Nós vivemos em um parlamento, em uma Assembléia Legislativa que paga uma média salarial de R$ 10.100,00 por mês a seus funcionários. Eu não vou entrar nos valores dos outros poderes, mas talvez até deveria e vou fazê-lo para que quem está em casa saiba. Média dos servidores e CCs (Cargos em Comissão) do Judiciário, média de R$ 8.000,00 por mês”, disse e foi imediatamente interrompido por altas vaias dos servidores que estavam de costas no plenário.

“A média salarial dos servidores e CCs do Ministério Público que pleiteiam essa recomposição, ajuste ou aumento, é de R$ 12.900,00 por mês”, disse recebendo nova vaia. “A média salarial do TCE é de R$ 16.000,00 por mês e da Defensoria Pública de R$ 5.500,00 por mês”, continuou.

Em seu argumento, o deputado afirmou que o aumento não pode ser dado em função de policiais e professores estão recebendo parcelado “servidores da Brigada Militar, cuja média salarial é de R$ 3.900,00 por mês, e servidores do ensino, da educação, cuja média salarial é de R$ 2.200,00 por mês, tem seus salários parcelados por causa da crise financeira agravada por PT e pelo Tarso Genro que agora, demagogicamente, querem falar que é hora de dar aumento e aumentar despesas do setor público. Não é momento em respeito a quem recebe o salário parcelado e, sobretudo, em respeito a sociedade que paga muito imposto e não tem serviços que retornam a quem paga”, disse.

 

Governador vetará

Em nota, o governador do estado, José Ivo Sartori (PMDB) comunicou que vetará o aumento. “Entendo que a reposição pretendida é justa, mas inoportuna. Não está em sintonia com a profunda crise que vivemos. Respeito as categorias envolvidas, mas não posso ignorar a situação dos servidores do Executivo, especialmente professores e policiais”, afirmou.

Na continuação da nota, disse que: “condições de dar aumento para quem ganha menos, não posso sancionar aumento para quem ganha mais”. Segundo ele, o “o Estado é um só” e a crise precisa ser superada entre todos os poderes, não só o Executivo.

 

Votaram não:

João Reinelli (PV), Marcel van Hattem (PP), Sérgio Turra (PP), Any Ortiz (PPS), Tiago Simon (PMDB) e Zilá Breteinbach (PSDB).

 

Votaram sim:

Jeferson Fernandes (PT), Pedro Ruas (PSol), Enio Bacci (PDT), Miriam Marroni (PT), Nelsinho Metalúrgico (PT), Valdeci Oliveira (PT), Tarcísio Zimmermann (PT), Adão Villaverde (PT), Maurício Dziedricki (PTB), Regina Becker Fortunati (Rede), Frederico Antunes (PP), João Fischer (PP), Jorge Pozzobom (PSDB), Gilberto Capoani (PMDB, desde que com a emenda de Postal, de retroatividade a partir deste mês), Sérgio Peres (PRB, também com a emenda de Postal) e Gabriel Souza (PMDB, igualmente com a emenda Postal).

 

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Redação

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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Graduação Lasalle

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