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07/09/2024
 

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Polícia Civil de Canoas oferece sistema de autoatendimento pioneiro no estado

Intenção é incentivar a cultura de Boletins de Ocorrência via internet, além de reduzir filas

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Polícia Civil dispõe de nova tecnologia na DPPA. Foto: Bruno Lara/OT.

Polícia Civil dispõe de nova tecnologia na DPPA. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara

 

A Polícia Civil inaugurou um novo serviço de atendimento ao cidadão na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), localizada no bairro Moinhos de Vento, em Canoas. Em funcionamento desde a segunda-feira, 25, o autoatendimento em um terminal na entrada do prédio oferece aos que procuram as instalações para registrar os Boletins de Ocorrência (B.O) mais agilidade.

Somente neste ano, a estrutura já registrou mais de 11 mil ocorrências até a quinta-feira, 28 de abril. Isso motivou a implantação do novo serviço que visa atender a demanda sem criar ainda mais filas. Segundo o delegado Juliano Ferreira, a tecnologia surgiu como uma solução para as filas, mas também para incentivar o uso da ferramenta online.

“Em torno de 100 ocorrências dia nós temos aqui na DPPA. Podemos dizer que uma média de nove a 10 flagrantes por dia. Quanto à Delegacia de Pronto Atendimento, eu posso dizer que é uma das mais pesadas, com maior demanda no estado. Então, nós temos um olhar atento porque é a que recebe o cidadão em um primeiro momento e isso é fundamental. É o nosso cartão de visitas. Por isso estamos dando uma atenção especial a DPPA de Canoas”, afirma.

Na cidade desde março deste ano, o delegado acredita que a maior parte das ocorrências são registros corriqueiros. “Não menos do que 30% destas 90, 100 ocorrências diárias são atípicas. Casos de fatos atípicos ou, também, aquelas que podem ser registradas via internet. Isso alivia o plantão. Aquelas ocorrências que são mais urgentes podem ser atendidas mais rapidamente e, também, é uma facilidade maior para o cidadão, um incentivo”, acredita.

 

Funcionamento

O novo serviço estará disponível de segunda a sexta-feira, em horário comercial, nos turnos da manhã e da tarde. A intenção é colocar dois estagiários fazendo uma espécie de triagem dos casos. Os de menor relevância, a estagiária orienta o que deve ser feito em um auto-atendimento realizado pelo próprio solicitante. Em casos mais complexos, a funcionária pode realizar o procedimento seguindo as informações do cidadão. “Nossa ideia é fazer algo diferente também fora do expediente e incentivar, criar a cultura do registro via internet”, comenta.

Ele lembra que o processo mudou e agora está mais ágil. “A alguns meses atrás, a pessoa registrava na internet e a homologação desse registro demorava em torno de dois, três, até quatro dias. Hoje não. Hoje o retorno é questão de minutos. Até duas horas a pessoa recebe a resposta por parte da instituição Polícia Civil homologando, e aquele documento vale para os fins que ela quer aquele documento”, pontua o delegado, revelando que a mudança possibilita dar primazia a casos de prioridade legal como roubo de veículos, furtos de veículos, violência doméstica e violência sexual.

 

Mais frequentes

Embora não divulgue números, Juliano explana que ocorrências ligadas ao tráfico de drogas são as recordistas, mas outras não ficam para trás. “Nós temos muito tráfico de drogas. O maior número de ocorrências, hoje, de flagrantes, é tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Depois vem o furto e o roubo de veículos, a receptação de veículos, esses são os grandes recordistas do dia a dia da nossa DPPA”, revela Ferreira.

 

O que pode via internet

A maioria dos crimes não pode ser feitos via internet. Geralmente os que podem ser registrados online são aqueles crimes que não demandam da Policia Civil um olhar imediato. “O que registramos via online são roubo e furto de documentos e objetos, acidente de trânsito sem vítimas, perturbação da tranquilidade, calúnia e difamação, crimes contra a honra, maus tratos contra animais, localização de documentos e objetos e todos os casos atípicos podem ser feitos via online e eu sei que em um futuro próximo, vai ser ampliado para furto qualificado e outros crimes”, explica.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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