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22/11/2024
 

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LDO apresentada aos vereadores prevê R$ 1,6 bilhão para 2016

Deste montante, R$ 1,4 bilhão é destinado os orçamentos diretos da Prefeitura e da Câmara de Vereadores

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Foto: Divulgação Câmara de Vereadores de Canoas

Foto: Divulgação Câmara de Vereadores de Canoas

Em audiência pública na tarde de quarta-feira, 26, promovida pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara e coordenada pelo presidente, vereador Carlos Alexandre Gonçalves (PR), a apresentação foi distribuída em três partes. O objetivo, segundo o Legislativo, é oportunizar o detalhamento da proposta, a partir das explanações dos secretários municipais. A previsão orçamentária para o próximo ano é de R$ 1,64 bilhão, uma variação nominal de 4,94% na comparação com a receita orçada em 2015.

O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Cannas, foi o responsável pelo início da audiência, juntamente com a secretária adjunta Cristina Sabka. “Essa lei é sistematizada pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, mas tem na sua construção o trabalho técnico de todas as secretarias de origem”, observou Cannas. Além de apontar os valores individuais destinados a cada secretaria no próximo ano, Sabka explicou a composição da receita municipal e do grupo de despesas. Comentou também o crescimento do orçamento municipal nos últimos anos. O Projeto foi entregue por Jairo Jorge (PT) ao presidente do Legislativo, Paulo Ritter (PT), no dia 14 de julho. Em 2009, o montante era de R$ 547 milhões. “Tivemos um aumento de mais de 200%, um crescimento constante e bem sedimentado”, concluiu Cristina.

Em números
A previsão orçamentária total para 2016 é R$ 1.644.514.005,00. Desse montante, só o valor destinado à administração direta (Prefeitura e Câmara de Vereadores) é de R$ 1.446.091.605,00. Na saúde, maior orçamento em 2015, a pasta gerida por Marcelo Bósio (PT) continuará com o posto no próximo ano com R$ 433 milhões. A educação, que tem a frente Eliezer Pacheco, segue por baixo, metade do valor destinado a saúde: R$ 233,4 milhões. Para Transporte e Mobilidade, secretaria orquestrada por Oswaldo Steffen, R$ 203,3 milhões.

Despesas pessoais e encargos totalizarão 27,68% do orçamento, o que corresponde a 39,98% e os investimentos ficam com 20,27%. A composição da receita, 14,68% são as próprias; 23,48% são transferências da União; 36,24% transferências do Estado; 13,54% operações de crédito. Só o CanoasPrev corresponde a 12,07% na administração indireta, correspondente a R$ 198,4 milhões.

O que é LDO
A Lei de Diretrizes Orçamentárias integra o Plano Plurianual Participativo (PPP), cuja construção é orientada pelo Programa de Governo. “Este, por sua vez, se baseia no conjunto de metas estruturais debatidas pelos canoenses entre abril de 2010 e abril de 2011, no Congresso da Cidade, e que formam a Estratégia de Canoas. Trata-se de um projeto para o futuro da cidade, nas mais diversas áreas da administração, até 2021. Esses objetivos estão sendo concretizados por meio do Plano de Metas para Canoas, o PMC”, explica a Prefeitura.

Os vereadores têm até o dia 14 de setembro para votar a proposta. A LDO orienta a elaboração e a execução do orçamento municipal. O documento estabelece regras e compromissos, indica prioridades, fixa metas para a administração pública, além de tratar das alterações tributárias, gastos com pessoal e política fiscal.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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