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18/09/2025
 

Destaques

Fila de espera para cirurgias no Hospital Universitário

Falta estrutura e espaço para a realização de cirurgias no Hospital Universitário da cidade

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Gertrudes Karnopp é moradora do bairro Mathias Velho. Foto: Bruno Lara/OT

Gertrudes Karnopp é moradora do bairro Mathias Velho

Aos 72 anos de idade, Gertrudes Ires Karnopp faz uso dos remédios mais fortes para dor a venda nas farmácias do município. Há pelo menos 1 anos, se locomove apenas com a ajuda de muletas ou de uma cadeira de rodas. Não consegue mais tomar banho ou vestir as próprias meias sozinha. Ao lado do marido Osmar de Oliveira, 87 anos, também aposentado, Gertrudes recebeu a equipe de O Timoneiro para um pedido de ajuda.
Há 35 anos o casal chegou em Canoas, vindos de Santa Cruz do Sul, terra natal da costureira Gertrudes, que por 28 anos trabalhou no município, se aposentou aos 60 anos. Osmar, seu marido, trabalhava com vidro, mas após um reumatismo se obrigou a se aposentar por invalidez. “A gente quer ajuda. A gente quer resolver esse problema dela. Eu não posso fazer nada. O máximo que eu posso fazer é dar remédio”, lamenta a filha.
Em sua consulta com traumatologista do Hospital Universitário (HU), foi informada que estava na gigantesca lista de espera. “Oriento Paciente sobre a lista de espera. Paciente ciente do elevado número de pacientes na frente. Oriento o paciente sobre os riscos da cirurgia e os benefícios da prótese. Oriento prótese de quadril e retorno em seis meses se não for chamada para a cirurgia”, informa parafraseando o médico.
Há pelo menos um ano aguarda a cirurgia de prótese, recomendada pelo médico. É o único jeito de voltar a caminhar, informa o doutor. Ela sofre com coxartrose bilateral. Artrose é o termo genérico para o processo degenerativo das cartilagens. Coxartrose, por sua vez, é o nome dado quando este processo ocorre no quadril. ]

Muito além da coxartrose

Receita de Gertrudes. Foto: Bruno Lara/OT

Receita de Gertrudes. Foto: Bruno Lara/OT

Segundo a filha do casal, o problema vai além da coxartrose. “Um lado que ela não consegue firmar a pena. Ela tem problemas na coluna e isso pode afetar”, afirma a filha que prefere não ser identificada. Para ela, a dificuldade é na agenda da equipe de médicos. “A demora para a marcação de consulta com a ULBRA é bem complicada. É pelo 0800. Toda vez que tu liga, para marcar uma equipe que nem a do quadril, eles dizem que não abriu a agenda. É só a resposta que tu tem: A agenda não abriu. Alguém tem que fazer alguma coisa por ela”, conclui.
Gertrudes não quer mais passar trabalho. É muita dor. Muita dor para caminhar. Passo o maior trabalho e para levantar, tenho que esperar, esperar. É horrível. Aí o médico me disse: Para fazer a sua cirurgia só no ano que vem, em março. “Agora tenho que esperar até março, pois tinha muita gente na minha frente”, relata. Além da coxartrose, sofre também com a tireóide, a coluna, diabetes, pressão alta e o coração. A cirurgia da tireóide, que já trata há pelo menos cinco anos, está liberada pela secretaria municipal de saúde, mas o hospital, em função da demanda e do pouco espaço, terá que continuar esperando.
O último exame realizado na tireóide apontou massa no local. “A resposta do médico foi que está na fila de espera. Fez fisioterapia, o que não adiantou com a dor e só piorava com a função do deslocamento”, pontua a filha.

Jovem ainda não fez cirurgia
Na edição anterior de OT, trouxemos à luz da sociedade o caso de uma menina de 14 que sofre de escoliose. Desde os 10 anos de idade a menina reclamava de dor nas costas, mas ainda não conseguiu marcar cirurgia. A denúncia foi feita por Adriana Cardoso, moradora do bairro Guajuviras. A Prefeitura Municipal de Canoas informou que uma consulta foi agendada para a última quinta, 30.
A equipe de reportagem de O Timoneiro procurou Adriana após a consulta. Ela informou que o médico que lhe atendeu no Hospital Universitário solicitou mais exames e não marcou a cirurgia. Um dos exames é um hemograma que, segundo informou a equipe do hospital, só poderia ser realizado no mês de outubro. A mão informou também que as cirurgias de escoliose, que antes eram realizadas com uma periodicidade mensal, agora precisam de dois meses para realizar cirurgias. O motivo, segundo o médico, é a falta de estrutura.

Raio X da menina revela curvatura de 72 graus na coluna vertebral

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O que diz a Prefeitura
Segundo a administração municipal, o Hospital Universitário possui seis salas de cirurgia. Informou também que o tempo de espera para cirurgias é variável, dependendo da necessidade clínica de cada especialidade e de cada paciente. “Em saúde, o que prevalece é o risco clínico e não a cronologia”. Também afirmou que não há um padrão na consulta com especialistas.
Sobre a cirurgia de escoliose, salientou que cada cirurgia tem sua especificidade e grau de gravidade e de necessidade distinta de outra. E que não há um tempo médio de espera, mas que o município realiza uma cirurgia ao mês. “É importante ressaltar que só 2 hospitais do Estado realizam este procedimento, sendo 1 deles o HU, por ser uma cirurgia extremamente complexa, que exige alta qualificação técnica da equipe e tecnológica dos equipamentos e ainda placas e próteses específicas, levando em torno de 8 a 10 horas cada cirurgia, é que se faz em média 1 cirurgia ao mês”, conclui.

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STF define pena de 27 anos e três meses para Jair Bolsonaro em processo sobre trama golpista

Redação

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STF define pena de 27 anos e três meses para Jair Bolsonaro em processo sobre trama golpista

Na quinta-feira, 11, a Primeira Turma do STF decidiu condenar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro por cinco crimes no contexto da trama liderada por ele para tentar se manter no poder.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou a pena de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista. Desse total, a Primeira Turma fixou 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 9 meses de detenção.

A pena fixada foi proposta pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo penal contra o chamado núcleo crucial da trama golpista.

A sugestão de Moraes foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux, que propôs a absolvição de Jair Bolsonaro durante o julgamento, não votou.

Crimes

  • Organização criminosa: 7 anos e 7 meses.
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 6 anos e 6 meses.
  • Golpe de Estado: 8 anos e 2 meses.
  • Dano qualificado: 2 anos e 6 meses.
  • Deterioração de Patrimônio: 2 anos e 6 meses.
  • TOTAL: 27 anos e 3 meses, 124 dias multa, cada um no valor de dois salários mínimos.

A denúncia da PGR apontou que o núcleo crucial da trama – formado por Bolsonaro e sete ex-ministros e militares – organizou e executou uma série de ações, entre 2021 e 2023, para tentar impedir a posse e o exercício de mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para os ministros que votaram pela condenação, as provas apresentadas — como lives, reuniões, documentos, planos golpistas e atos violentos — configuram uma tentativa concreta de ruptura da ordem democrática.

A maioria dos ministros entendeu que a PGR apresentou provas suficientes para condenar o ex-presidente e seus aliados.

Demais condenações

Braga Netto: 26 anos – Seguindo o voto do relator Alexandre de Moraes, a maioria da Primeira Turma do STF determinou pena de 26 anos, inicialmente em reclusão, para o general Walter Braga Netto.

Anderson Torres: 24 anos – Os ministros formaram maioria pela pena de 24 anos de reclusão e multa para Anderson Torres.

Almir Garnier: 24 anos – Seguindo voto do relator Alexandre de Moraes, a maioria da Primeira Turma confirmou pena de 24 anos para o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Foi determinado 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção.

Augusto Heleno: 21 anos – Seguindo o voto do relator Alexandre de Moraes, a Primeira Turma do Supremo condenou o general Augusto Heleno a 21 anos de reclusão e multa.

General Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos – A maioria da Primeira Turma confirmou pena de 19 anos para o general Paulo Sérgio Nogueira — ministro da Defesa no último ano do governo Bolsonaro.

Alexandre Ramagem: 17 anos – O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, pediu pena de 17 anos para Alexandre Ramagem, que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Ramagem é o único réu no julgamento que foi acusado e condenado por três crimes, e não cinco.

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Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Redação

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Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Foi efetivado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira, 24, o início do repasse que terá um total de R$ 179,7 milhões para o município de Canoas, por meio do programa Fundo a Fundo da Reconstrução, que integra o Plano Rio Grande.

O investimento se dará em diversas frentes de ação, como o hidrojateamento de redes de água e esgoto, a modernização de oito casas de bombas do município e a recuperação dos diques de proteção da cidade, danificados durante o evento meteorológico de 2024. Do valor total destinado a Canoas, R$ 62,8 milhões já foram depositados como primeira parcela. O restante será encaminhado conforme as entregas e obras forem sendo realizadas pela prefeitura.

“Não estamos apenas assinando um convênio, mas efetivamente depositando os recursos. Hoje, o Estado já transferiu R$ 62,8 milhões à conta do Fundo de Reconstrução do município. É a primeira parte dos R$ 179,7 milhões aprovados. A liberação é feita por etapas, à medida em que os projetos são executados”, afirmou Leite.

A destinação do Funrigs prioriza a recuperação de sistemas de proteção existentes, como forma de garantir eficácia e execução dentro do prazo previsto até 2027.

“Temos muito cuidado com a aplicação dos recursos. Cada projeto é analisado tecnicamente e validado pelo Comitê Científico, para assegurar que estamos financiando soluções consistentes e que protejam a população”, completou.

Obras vão minimizar o impacto das chuvas

O hidrojateamento permitirá a limpeza e desobstrução das redes pluviais e de esgoto, reduzindo entupimentos e prevenindo problemas futuros nas tubulações, especialmente em períodos de chuvas intensas.

A modernização das casas de bombas também está entre os projetos aprovados pelo governo do Estado. Os recursos serão utilizados na melhoria dos equipamentos e na realização de manutenções necessárias para garantir o funcionamento adequado das estruturas. Os diques que fazem a contenção da água no município receberão obras de recuperação.

“Essas obras são complexas e envolvem várias frentes e regiões densamente povoadas da cidade. Com esse apoio do Estado, vamos acelerar o ritmo e avançar nas etapas que já estavam preparadas. Estávamos tocando com recursos próprios e da venda da Corsan, mas agora podemos acelerar com segurança. O mais importante é devolver a tranquilidade às pessoas”, destacou o prefeito de Canoas, Airton de Souza.

Diques

Entre os projetos contemplados, estão a recuperação do dique da Niterói, com R$ 500 mil para contratação de projetos, e a reestruturação dos diques do Rio Branco e Matias Velho, com valores de R$ 62 milhões e R$ 34,2 milhões, respectivamente. As casas de bombas, que tiveram seu funcionamento comprometido durante a enchente, receberão R$ 78,7 milhões em obras estruturais, eletromecânicas e de automação.

O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, reforçou que a liberação para Canoas é resultado de intenso trabalho técnico e colaboração entre as equipes estaduais e municipais. “Essa entrega só foi possível porque tivemos um esforço conjunto, com muito diálogo, ajustes de projeto e foco na solução. Canoas tem papel estratégico na proteção da Região Metropolitana, e o Estado está fazendo sua parte para garantir essa segurança”, pontuou.

Além de Porto Alegre e Canoas, que já tiveram repasses confirmados, cerca de 30 municípios manifestaram interesse e estão em diálogo com o Executivo Estadual para receber recursos do programa Fundo a Fundo da Reconstrução.

Também participaram da reunião o secretário em exercício da Fazenda, Itanielson Cruz, o vice-prefeito Rodrigo Busato e secretários municipais.

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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

Devido às fortes chuvas que causam estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o governo do Estado passou a divulgar boletins com informações para a população.

Confira abaixo o relatório mais recente

  • Municípios afetados: 146
  • Pessoas em abrigos
  • Pessoas desalojadas: 7098
  • Pessoas desaparecidas: 1
  • Óbitos confirmados: 4
  • Feridos: 2
  • Pessoas resgatadas*: 733
  • Animais resgatados*: 139
  • Município com decreto de estado de calamidade pública: 1
    Jaguari
  • Municípios com decreto de situação de emergência: 26
    Dona Francisca
    Cerro Branco
    Agudo
    Nova Palma
    Cruzeiro do Sul
    Passa Sete
    São Sebastião do Caí
    Cacequi
    Rosário do Sul
    Tupanciretã
    Nova Santa Rita
    São Francisco de Assis
    Liberato Salzano
    Amaral Ferrador
    Toropi
    Montenegro
    Silveira Martins
    São Vicente do Sul
    Júlio de Castilhos
    Paraíso do Sul
    Dilermando de Aguiar
    Canoas
    General Câmara
    São Gerônimo
    Capão do Cipó

*Apenas as pessoas e os animais resgatados pelas forças de segurança do Estado.

Nível dos rios e lagos

A chuva deixou rios e lagos do Estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação. Confira:

  • Rios retornando à normalidade:
    Taquari (Santa Tereza a Bom Retiro do Sul) – Declínio dos níveis até o retorno para normalidade, com pequenas elevações em função das chuvas das últimas 24h.
    Quaraí – Tendência de declínio.
    Dona Francisca – Já declinou até retornar aos níveis normais.
  • Rios em cota de atenção:
    Taquari (Encantado) – tendência de declínio.
    Caí (Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia) – Tendência de declínio em Nova Palmira e estabilidade em Costa do Rio Cadeia.
  • Rios em cota de alerta:
    Taquari à montante de Encantado (entre Santa Tereza a Muçum) – Tendência de lento declínio dos níveis.
    Taquari à jusante de Encantado (de Estrela/Lajeado a Porto Mariante) – Tendência de lento declínio em Estrela/Lajeado, devendo entrar em estabilidade entre Bom Retiro e Porto Mariante.
    Caí (São Sebastião do Caí) – Tendência de lento declínio.
    Guaíba – Tendência segue em estabilidade, devendo manter os níveis elevados durante os próximos dias, não tendo previsão de que os níveis atinjam as cotas de inundação do Cais Mauá (3 metros) ou da Usina do Gasômetro (3,6 metros).
    Gravataí (Gravataí e Alvorada) – Tendência de estabilidade, mantendo os níveis elevados.
    Paranhana (Taquara) – Tendência de lento declínio.
  • Rios em cota de inundação:
    Uruguai (São Borja a Uruguaiana) – Tendência de estabilidade entre São Borja e Itaqui e lenta elevação em Uruguaiana.
    Ibirapuitã (Alegrete) – Tendência de declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
    Ibicuí (Manoel Viana) – Tendência de lento declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
    Caí (Montenegro) – Tendência de estabilidade.
    Taquari (Taquari) – Tendência de lenta elevação, devendo entrar em estabilidade ao longo do dia.
    Jacuí (Cachoeira do Sul até São Jerônimo) – Constante declínio em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, e variando entre estabilidade e lenta elevação em São Jerônimo.
    Jacuí (Ilhas da RMPOA) – Tendência entre estabilidade e lenta elevação, mantendo os níveis elevados nos próximos dias.
    Sinos (Campo Bom e São Leopoldo) – Tendência de lento declínio, já retornando para cota de alerta em Campo Bom.
  • Nível de rios e lagos

Mais informações

Informações sobre os pontos com bloqueios parciais e totais nas estradas do RS e situação das barragens, além dos avisos e alertas da Defesa Civil e imagens do radar meteorológico podem ser conferidas nos links abaixo.

Alertas

Para aumentar o nível de prevenção, as pessoas podem se cadastrar para receberem os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas.

Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”.

Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual.

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