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22/11/2024
 

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RENUNCIOU! Vereador Celso Jancke renuncia por carta

A Comissão Processante (CP) tinha seu horário de início marcado para às 9 horas desta sexta-feira, 03. Porém, antes mesmo do início da sessão, os vereadores tomaram conhecimento de uma carta de renúncia, encaminhada pelo vereador Celso Jancke (PP).

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Por Bruno Lara

A Comissão Processante (CP) tinha seu horário de início marcado para às 9 horas desta sexta-feira, 03. Porém, antes mesmo do início da sessão, os vereadores tomaram conhecimento de uma carta de renúncia, encaminhada pelo vereador Celso Jancke (PP).

Agora a Câmara deve comunicar a Justiça Eleitoral, através do pedido original de renúncia e a Casa ficara, até terça-feira, com 20 vereadores. A Justiça Eleitoral deve determinar então que assuma o primeiro suplente, vereador Julio Barbosa (PP).

O relatório da CP, que seria apresentado hoje, foi escrito pelo relator, Ivo Lech (PMDB), e continha 30 páginas. O documento indicava pela cassação do mandato do parlamentar e, segundo Ivo, a maioria dos vereadores estavam inclinados para a retirada da cadeira do Partido Progressista (PP).

Paulo Ritter se diz surpreso

Em entrevista, o vereador Paulo Ritter (PT) afirmou que foram pegos de surpresa. “Tinhamos organizado toda a estrutura Legislativa, convocados os servidores da Casa, deixados todos sobre aviso porque sabíamos que iria longe a sessão. Mas enfim, o vereador em foco decidiu renunciar o seu mandato. Só me coube comunicar o Plenário. Evidentemente, como não há um mandato, não há objeto e a sessão foi cancelada”, salientou.

Entrevista com Paulo Ritter (PT), Presidente do Legislativo

Relatório pedia a Cassação

O relator da Comissão Processante, Ivo Lech, informou que os vereadores já estavam inclinados a votar pela cassação. “Efetivamente foi uma surpresa. Agora, nos últimos dias, se avolumou, foi bastante acentuado o número e a quantidade de vereadores que estavam dispostos e decididos a votar pela cassação”, salientou.

Segundo Ivo, desde o início era favorável a cassação. “Eu tenho 67 anos de idade, mas ninguém da cidade de Canoas tinha dúvida da posição do Ivo. Ninguém tinha dúvida”, afirma.

O relatório pedia a cassação do mandato. “Eu sempre tive a sensação que nós tínhamos que fazer justiça. E eu, mais ainda, tinha uma decisão de vida de cumprir o meu papel. Que doesse em quem doesse eu iria fazer com que houvesse justiça e, por isso, meu relatório, que eu fiz e assinei, pedia a cassação do vereador Celso”.

Lech se embasou “nos depoimentos dos colaboradores do gabinete do então vereador foram pungentes, fortes e me pareceram verdadeiros”. Afirma que fez os depoentes virarem para a mesa e os olhava nos olhos. “Não era armação. Nenhum disse coisa parecida com o outro e todos foram ali para dizer a verdade. Eles disseram aqui a verdade e eu fiquei extremamente convencido que eles estavam dizendo a verdade”, conclui.

 Entrevista com vereador Ivo Lech (PMDB), relator da Comissão Processante

Julio Barbosa assumirá na terça

Pela quinta vez assumindo a cadeira, Julio assumirá o posto na sessão de terça-feira, 07. Segundo ele, não foi partidário muitas vezes. “Eu sempre falo nas reuniões que muito poucas vezes fui do meu partido, porque eu via que a situação estava muito encaminhada nos bastidores e eu não queria, em nenhum momento, participar desse constrangimento para ele e até mesmo para mim”, conclui.

Entrevista com Julio Barbosa (PP), atualmente subprefeito na Região Nordeste.

 

Relembre o caso

Aos 25 dias de setembro de 2014, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada para investigar três vereadores suspeitos de praticarem o crime de concussão (quando se apropria do salário dos assessores). Em ação da polícia, Jancke chegou a sair preso da Casa Legislativa. Entre os investigados também estavam Dr. Pompeu (PTB) e Francisco da Mensagem (PSB), mas o caso foi arquivado.

Um documento de 210 páginas, escritas pelo relator vereador César Augusto (PRB), indicava, no entanto, que uma Comissão Processante Deveria ser instaurada para caçar, ou não, o mandato do vereador do Partido Progressista (PP). Durante as investigações o nome do vereador e ex-prefeito Marcos Ronchetti também surgiu como suspeito, mas não foi incluído em investigações no poder Legislativo.

Carta de Renúncia de Celso Jancke. Foto: Bruno Lara/OT

Carta de Renúncia de Celso Jancke. Foto: Bruno Lara/OT

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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