Comunidade
Canoas Tênis Clube dribla incertezas e se renova aos 55 anos
Marcelo Griza
O Canoas Tênis Clube completou, nesta semana, 55 anos de vida. A entidade foi criada em 20 de maio de 1960, por Wilson Dantur. Ele, além de contribuir com a criação do clube, entre outros feitos para a cidade, também criou, cinco anos mais tarde, o hino canoense. Em sua primeira reunião, foi escolhido o hoje falecido ex-prefeito Hugo Simões Lagranha, entre os 56 participantes.
Até o final dos anos 1990, o movimento cresceu. Foram construídas as piscinas olímpicas, na década de 1970, e o ginásio, por volta de 1980. Paralelamente a isso, somaram-se outros salões – um deles recentemente transformado em academia – e duas quadras de tênis.
As mudanças dos últimos anos, tais como a terceirização de diversos dos serviços do clube, acompanham a realidade do setor. O número de estabelecimentos do tipo vem diminuindo no país, e segundo o ex-presidente José Chagas Veloso, a nova presidência, comandada por Gercino Ferreira dos Santos, acerta ao continuar nesse processo. “E a gente vem procurando manter a estrutura para que outros negócios prosperem: a academia mal começou, mas já tem um bom movimento.”
Segundo o dirigente, há hoje um forte descrédito dos clubes ante a sociedade. “Antigamente, a questão é que era mais barato usufruir de facilidades nos clubes do que comprar equipamentos como ar condicionado, piscina… Até o ventilador, no começo, lá na década de 60. Hoje em dia não tem mais atrativos para isso, todo mundo usa carro, etc. A saída é diversificar, oferecer o espaço”, explica.
Veloso é um dos dirigentes mais importantes da história da instituição, tendo sido presidente por dez mandatos (de 1988 a 1994, e de 1998 a 2013), totalizando 20 anos no comando do Clube.
Além da academia Planet Club, outros setores envolvem a cadência de áreas para empresas ou indivíduos. Além disso, há o usual aluguel do salão nobre, com capacidade para 350, ou do panorâmico, para 120 pessoas, e da quadra poliesportiva, que pode ser adquirida em diárias ou planos mensais (ver box).
As quadras de tênis oferecem aulas e torneios organizados pela Triska Santos Tennis (TS Tennis). Os proprietários, os ex-tenistas Matheus Triska e Roger Santos, sentiam falta de um local em Canoas no qual atletas pudessem ser formados, treinar e competir de forma regular. Ambos, enquanto competiam ativamente, sempre treinaram em clubes de Porto Alegre. “E nós dois sempre moramos em Canoas”, aponta Santos. “A necessidade a gente vê com o êxito que temos com pouco mais de um ano de atividade”, comenta, ao lembrar das conquistas até aqui.
As atividades da TS no Canoas Tênis Clube começaram em abril de 2014. Hoje, além dos 115 alunos de diferentes categorias, há três torneios anuais (dois de simples, em maio e novembro, e outro de duplas, em agosto). Os amistosos aos finais de semana entre eles são também incentivados, através de um ranking interno. Todo o apoio da equipe levou dois atletas a colocações entre os dez melhores do ranking estadual na categoria simples masculino 16 anos (Lucca Baptista e João Ceolin, que inclusive finalizaram a temporada 2014 em 1º e 2º lugares, respectivamente). Ainda há um projeto social, em parceria com uma ONG, também incentivada por Matheus e Roger, com o apoio da Prefeitura e do colégio Santos Dumont, onde 64 crianças aprendem o esporte. “E ainda temos fila de espera no colégio e aqui no clube”, frisa Santos.
Há também bailes costumeiros no salão nobre. Nas terças, há o chamado Baile dos Quarentões, com músicas de décadas passadas, das 20 a 1 hora da manhã. Nas quartas-feiras, é a vez do Baile da Maturidade, que ocorre das 15 às 19 horas. O público, assim como os organizadores, o casal Nadir e Almin Antônio de Souza, é composto de idosos que vem dançar e se divertir. “Eu tenho 73, e meu marido, 75”, mostra Nadir. “Estamos há 11 anos organizando esse encontro semanal. A pessoa paga só dez reais e se diverte. É bom para nos reunirmos, dançar e espairecer”. O mesmo salão nobre também é usado por algumas empresas para a realização de reuniões e confraternizações entre diretores e/ou funcionários com regularidade.
No passado, ficaram as festas mais jovens, como a boate Catapimba, muito lembrada por Chagas Veloso. “Aquela era uma boate da gurizada, uma galera unida, que reunia até poucos anos atrás por aqui, uma vez por ano”, lembrou. Segundo ele, a atração era uma das mais populares do clube, até a chegada dos primeiros traficantes de drogas à cidade. “Aí a coisa descambou. Hoje você vê, nem adianta ter essas coisas porque o nosso Centro é deserto à noite. Fica perigoso”, ressaltou.
Essa diversificação dos serviços e parcerias com empresas e entidades permitem ao Canoas Tênis Clube continuar se renovando, principalmente em termos de estrutura. Além da reforma geral das quadras de tênis do local, ainda há a revisão do sistema elétrico de dos itens de segurança, com a renovação do alvará junto ao corpo de Bombeiros – uma verificação minuciosa e, por isso mesmo, demorada, devido às alterações na legislação que sucederam o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, em janeiro de 2013.
Algumas entidades mantêm convênios com o Canoas Tênis Clube, o que permite vantagens aos seus associados na utilização das piscinas no verão, bem como os salões. Entre elas, o Sindicato dos Profissionais em Educação Municipal de Canoas (Sinprocan) e o Clube de Advogados de Canoas (CAC).
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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