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18/10/2024
 

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Lugar de psicólogo é também na sala de aula

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abertura psicologia
SIMONE DUTRA*

O suicídio na juventude é normalmente associado a fatores como depressão, abuso de drogas e álcool, além das chamadas questões interpessoais: violência sexual, abusos, violência doméstica e bullying. E de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, adolescentes lésbicas, gays, bissexuais e transexuais são cinco vezes mais propensos a tentar suicídio do que heterossexuais. São mais de mil adolescentes em um total de 10.000 suicídios por ano registrados no nosso país.

A psicóloga Letícia Uequed, que atende na ala feminina da Casa da Graça – Centro de Dependentes Químicos, em Canoas, conversou com a equipe do jornal O Timoneiro para elucidar algumas questões e falar sobre o trabalho que realiza. Ela foi convidada pelo Unilasalle 360° para dar uma palestra em função da alta demanda de jovens usando drogas e comentando suicídio, no Colégio Marechal Rondon, para alunos do 1º e 3º ano do ensino médio. Depois disso, ela continuou o projeto, que chama de “Roda de conversa”, de forma voluntária.

Ela conta que um dos exercícios iniciais nas interações com os jovens é lúdica e simula a elaboração de uma festa, criada em conjunto. “Eu vou montar uma festa e quero que vocês me ajudem. O que precisa ter nesta festa para a gente se divertir?” E a resposta é sempre bebidas alcoólicas. “E eu digo, e uma cama elástica, não vai?” E a resposta é sempre não.

O termo bullyng foi levantado inúmeras vezes pelos próprios estudantes, que se manifestaram dizendo serem objetos de preconceito dentro da própria escola. A partir desta reivindicação, Letícia expandiu os debates, oferecendo dentro de sua clínica (Simplifique Ser – Rua Santini Longoni, 251, Canoas) espaço para que professores e outros profissionais ligados a estes adolescentes discutissem formas de identificar estas possíveis vítimas.

“No assunto sobre Sexualidade, me trouxeram a questão de um menino de uma escola que não se identifica com seu gênero e queria usar o banheiro feminino, então isto é muito sério, pois a sociedade vai negando a existência dele, ao passo que existe todo um trabalho possível a ser feito por estas pessoas a fim de evitar que elas cometam suicídio por não se enquadrarem”, destaca a psicóloga. Ela ainda questiona: “A escola é a segunda casa dos estudantes, se ela não falar sobre Identidade de Gênero em casa e isso for também proibido no colégio, onde ela vai aprender?”.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) 188, é um serviço do governo, que presta atendimento gratuito e de qualquer telefone, como forma de prevenção em casos de suicídio.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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