Destaques
Finais de Canoas Startup Show lotam Salão de Atos da Unilasalle
Marcelo Grisa
marcelogrisa@hotmail.com
No último dia 26 de outubro, o Salão de Atos da Universidade La Salle foi palco da final da primeira edição do concurso Canoas Startup Show (CSS). Na etapa final, cada uma das cinco finalistas apresentou seus produtos e foi questionada pela banca examinadora, formada pelos professores Sílvio Denicol Junior, Jefferson Monticelli, Fabrício Augusto Kipper, Robinson Scholz, Carlos Sabrito e Moises Waismann.
Como funciona a CSS
As inscrições ocorreram ainda no final do mês de junho. Aberto a empresas de Canoas, Região Metropolitana e Porto Alegre, a competição foi organizada pelo CDL Jovem Canoas em parceria com a universidade.
Depois da primeira seleção, 15 startups foram apresentadas no site do CSS. Além disso, receberem oficinas, workshops e mentorias com profissionais especialistas nessa modalidade empresarial. Após as capacitações é que foram escolhidos os cinco finalistas: Braivox, Conta Ágil, Eurekka, Moagro e Radak.
Convencendo Tubarões
Uma das investidoras do programa de TV a cabo Shark Tank Brasil, a carioca Camila Farani, esteve presente no evento. Além de falar sobre sua carreira e novos projetos, a investidora, que hoje tem participações em mais de 30 startups, falou sobre como atrair participações em novos negócios que agreguem valor tanto aos empreendedores nascentes como aos que colocam seu dinheiro no negócio.
Para Camila Farani, a parceria entre investidor e empreendedor precisa ser complementar. Vários aspectos são importantes, tais como a afinidade do investidor em questão com a área de atuação da empresa. Os indicadores prévios do produto ou serviço da startup são vitais para o convencimento. Tudo isso exige preparação. “Seis meses antes, você começa a fazer contato com alguns investidores. ‘Eu quero ouvir a sua opinião.’ Pior coisa é quando você já chega pedindo dinheiro. O investidor não gosta de se sentir como um banco”, argumentou.
Projetos diversificados
Os grandes vencedores da noite foram os portoalegrenses da Eurekka. A startup da área de Psicologia, que ganhou um período de incubação de três meses na Unilasalle, produz conteúdo sobre auxílio psicológico. A empresa oferece soluções online para ajudar aqueles que sofrem com males como a ansiedade e a insônia. Ainda conta com uma rotina automática para o aplicativo de mensagens do Facebook que responde perguntas sobre estes e outros temas. Mais recentemente, a Eurekka também abriu uma sede física que funciona como consultório para terapia, cursos, workshops e coaching.
A equipe da Eurekka acredita que o Canoas Startup Show ajudou-os a pensar em ajustes para o modelo de negócios da empresa. “Gostei muito de uma coisa que a Camila falou, que é sobre a coisa ser uma maratona, e não um sprint. A gente às vezes tem essa ideia de começar e pensar que daqui a uma mês eu vou ter milhões, e a maioria morre porque não tem aquela força de seguir com consistência. A gente vai seguir na consistência”, afirmou Henrique Souza, um dos sócios.
Outros participantes também compareceram às finais para expor seus negócios em estandes no local. Uma delas é a canoense Upam, que apresenta uma proposta de aplicativo para encurtar a distância entre pacientes e médicos. Em vez de procurar no Google, é possível consultar uma base de dados de médicos. “A pessoa que está presa na correria do dia a dia, ou que tem algum tipo de deficiência, também pode pedir atendimento a domicílio”, aponta um dos sócios, Nicholas Bianchi.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
Destaques
Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
Destaques
DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
- Coluna3 dias atrás
ECONOMIA: ‘Caminhos para a Inclusão e o Empoderamento’ (por Cristiane Souza)
- Coluna1 semana atrás
PSICOLOGIA: Tenho esquizofrenia, e agora? (por Marianna Rodrigues)
- Eleições 20241 semana atrás
Airton Souza se manifesta sobre decisão do STJ que mantém condenação
- Empresas & Negócios1 semana atrás
Grupo Passarela segue firme em seu plano de expansão e inaugura mais uma loja no Rio Grande do Sul
- Empresas & Negócios1 semana atrás
Confirmada a instalação de uma unidade das lojas Havan em Canoas
- Artigo2 dias atrás
‘400 DIAS, O FIM DO MITO’ (por Carlos Marum – Ex-Ministro de Estado)
- Emprego1 semana atrás
Feirão de Emprego em Canoas oferta vagas na empresa JBS
- Policial1 semana atrás
Polícia Civil deflagra 3ª fase da Operação Capa Dura