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21/11/2024
 

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Em greve, professores ocupam sede da 27ª CRE em Canoas

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Professores ocupam sede da 27ª CRE em Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Professores ocupam sede da 27ª CRE em Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Cerca de 15 professores ocuparam na manhã desta quarta-feira, 17, a sede da Coordenadoria Regional de Educação (CRE), localizada na avenida Inconfidência, no bairro Marechal Rondon. A paralisação se deu em função da greve dos professores do estado que pedem o fim do parcelamento e um aumento nos salários, além de questionar atitudes do governo de José Ivo Sartori (PMDB).

Para a diretora do 20º núcleo do CPERS, Cleuza Verner, a greve é discutida há mais de um ano. Várias assembleias apontando a greve como a única ferramenta capaz de barrar os ataques desse governo contra os direitos da nossa categoria. Porém, a nossa categoria ficou titubeante e levou até agora, nessa última assembléia ocorrida na sexta-feira (13), para deflagar o movimento. Um movimento que a gente percebe que tem uma adesão forte na região e, também, a comunidade escolar, alunos e pais, estão nos apoiando”, pontua a sindicalista.

Diretora do 20º núcleo do CPERS, Cleuza Verner. Foto: Bruno Lara/OT.

Diretora do 20º núcleo do CPERS, Cleuza Verner. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Motivação

Para os professores presente na sede da coordenadoria, são vários motivos para a paralisação. “A questão do parcelamento; a questão da defasagem salarial, que nós não temos o piso salarial, que já nem se fala tanto, mas é necessário; nós precisamos ter a reposição mínima, nem que seja da inflação do período”, pontua Verner.

Na sua proposição, o CPERS quer um calendário do Governo Estadual que estabeleça o futuro da categoria. “Nós queremos que o governo Sartori nos ofereça um calendário de reposição dessas perdas que a gente tem, que hoje atinge um patamar de 69,44% em relação ao piso nacional, e a reposição dada no ano passado no piso esse ano e, agora, no próximo período, o governo está mandando o projeto de diretrizes orçamentárias para o próximo período sem nenhum reajuste. A gente não suporta mais. A nossa categoria está em situação falimentar e o governo aperta mais o torniquete de retirada de direitos”, discursa Cleuza. “Ele aumentou a carga horária dos professores, mas não aumentou o salário”, conclui.

Colégio Marechal Rondon, um dos maiores de Canoas, aderiu à greve. Foto: Bruno Lara/OT.

Colégio Marechal Rondon, um dos maiores de Canoas, aderiu à greve. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Adesão

Segundo a diretora do CPERS, a adesão é grande nas escolas de Canoas. “Escolas grandes estão 100% paradas. Hoje nós temos o Rondon (Marechal Rondon) parado, o Tereza Francescutti (Mathias Velho), o Jussara Polidoro (Guajuviras) desde ontem. Não temos como precisar (o número de professores parados) e esse levantamento está sendo feito pela nossa secretaria hoje. Mas temos escolas grandes paradas e menores parcialmente paradas”, acredita.

 

Reposição da aulas

Os maiores prejudicados na situação são os alunos que ficarão sem as aulas, muitos deles há meses de enfrentar a prova do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), em busca de bolsas como o PROUNI, o SISU e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

“A gente está discutindo com a categoria de que forma será feita essa reposição. Se nos moldes como se fazia antes, com um calendário que se elabora com a comunidade escolar pela autonomia da gestão democrática sempre o calendário precisa passar pela aprovação do conselho escolar que são os representantes dos pais e dos alunos. Ou uma nova configuração no Rio Grande do Sul, porque em outros estados isso já acontece, que é a interrupção do calendário e a retomada do calendário assim que a gente retomar a greve. A greve é por tempo indeterminado e a categoria que vai dizer isso em Assembleia, mas estamos levando isso para debate nas escolas”, garante a representante do 20º núcleo.

Professora protesta contra propostas do governo Sartori na 27ª CRE. Foto: Bruno Lara/OT.

Professora Giany Rodrigues protesta contra propostas do governo Sartori na 27ª CRE. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Sem condições

Para a professora Giany Rodrigues, que leciona há 4 anos, não há condições para dar aulas. “Nós decidimos parar porque não temos mais condições de dar aulas. A gente não tem papel higiênico nas escolas, a gente não tem Toner, a gente não tem tinta para o pincel e mais do que isso, a gente não tem mais condições nós de trabalhar, pois nosso salário está defasado, a gente não recebe o piso, a gente está recebendo parcelado, a gente não concorda com todos os projetos que o governo tem proposto para a Assembleia (Legislativa), nosso salário está congelado há dois anos e ainda vai permanecer congelado ao menos até o ano que vem enquanto o governo, os deputados, todos recebem”, reclama.

No seu entendimento a luta é, também, pelos alunos. “Entendo que eles estão preocupados com a recuperação de aulas e isso é uma coisa que a nossa categoria se preocupa porque somos a única categoria que repõe os dias. Mas eu, sozinha em sala de aula, não tenho como garantir qualidade”, expõe.

Para ela, o governo não cumpre a lei. “Não cumprem a lei e não nos garantem condições e querem que a gente cumpra a lei, querem que a gente permaneça em sala sem falar nada. Se falando a gente está, se a gente não falar vamos perder tudo que conquistamos com muita luta”, critica. “Os estudantes tomaram a frente da luta e é nossa obrigação apoiar eles”, conclui.

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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