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EMEF Arthur Oscar Jochims continua sem salas modulares
Prefeitura culpa empresa contratada por demora no fornecimento de materiais e estabelece novo prazo para entrega das salas.
Localizada no bairro Estância Velha, em Canoas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Arthur Oscar Jochims continua sem oferecer o espaço adequado para a educação dos alunos do primeiro ano. Isso se dá em função das polêmicas salas modulares ainda não tenham sido concluídas, embora a previsão fosse para o dia de março deste ano.
O Sindicato dos Profissionais em Educação de Canoas (Sinprocan) visitou a escola no dia 2 de março para verificar a reclamação dos pais de que as aulas para as turmas de primeiro ano estavam ocorrendo em horário reduzido do normal. Com a situação confirmada e com um prazo de até uma semana, as aulas já deveriam ser regularizadas.
“Duas turmas pela manhã e duas à tarde foram afetadas. Precisamos normalizar no máximo em duas semanas, contando o final desta em uma semana e meio”, argumentou o vice-presidente do Sinprocan, Julio Cesar Rodrigues dos Santos, na visita.
Vanessa Lopes, diretora da instituição, garantiu que o prazo para o término das obras era até a quinta-feira, 10. “A previsão é para quinta-feira da próxima semana, para as salas serem entregues, e sexta-feira os alunos devem estar retomando as salas de aula novas. Na segunda-feira eles já retomam o horário normal de aula, das 8 horas às 12 horas e das 13 horas às 17 horas. Essa semana saíram mais cedo, até porque era uma semana de entrevistas, então estava previsto dentro do calendário essa semana. Na semana que vem normaliza as aulas deles”, informou na visita.
Segundo a Prefeitura de Canoas, a construção das duas novas salas com 54m² casa, começaram em outubro de 2015 e o investimento foi de R$ 130.706,00. O órgão informa, ainda, que escolas Odette Freitas, Ceará, João Palma da Silva e Max Oderich também receberão este modelo de salas de aula.
A reportagem de O Timoneiro questionou sobre a reivindicação dos pais. O órgão informou então que, “considerando, principalmente, os dias de chuvas - impraticáveis para as obras – acima da média histórica já registrada no período de execução das referidas salas, e vinculado ao fato de que as previsões meteorológicas indicavam a continuação destas precipitações acima da média anual, foi formalizada a paralisação temporária do contrato, visando não extrapolar o prazo restante”. Porém, desde o dia 10 de março ainda não choveu novamente em Canoas, embora as salas continuem no aguardo.
A Prefeitura de Canoas informou por meio de nota que “de acordo com a Diretoria de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Educação, a obra não foi concluída por demora no fornecimento dos materiais, de responsabilidade da empresa contratada. A previsão de entrega é na próxima segunda-feira, 21 de março”.
O Sinprocan visitou a estrutura novamente na segunda-feira, 14, e a obra ainda não estava em andamento. O vídeo, postado pelo sindicato, você pode conferir aqui:
Visita Sinprocan EMEF Oscar Jochins 14/03/2016Membros da Diretoria do Sinprocan estiveram, no dia 14 de março, na EMEF Oscar Jochins, para ver se a promessa feita pela Prefeitura de que as salas modulares estariam prontas dia 10 foram cumpridas. Confira o resultado!
Publicado por Sinprocan – Sindicato dos Profissionais em Educação Municipal de Canoas em Quarta, 16 de março de 2016
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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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