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21/11/2024
 

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Pró-Renal Canoas mudará sua sede para melhor atender ao pacientes

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A nova clínica, que será inaugurada na rua Cândido Machado, número 106, no centro da cidade, se deu em função da necessidade de atender requisitos burocráticos e para melhor atender aos clientes, uma vez que a atual clínica fica situada em uma perigosa curva da av. Santos Ferreira. A nova clínica tem quatro novas salas de diálises, independentes uma da outra. Dentro deste espaço, também, um trabalho social deve ser realizado. O lado humanístico deve realizar palestras, abrir espaços para pintura e biblioteca.
A idealizadora da clínica e pioneira em transplantes no estado do Rio Grande do Sul, Dra. nefrologista Carmen Héberle, conversou com a equipe de O Timoneiro para explicar a mudança. Para Carmen, a hemodiálise é uma especialidade de alto risco e tem que estar à disposição para que tudo funcione. “O médico precisa se doar de corpo e alma para o paciente renal crônico”, salienta.
Única da área na cidade, a Pró-Renal é uma das maiores clínicas do Estado, atendendo mais de 150 pacientes e a única que conta com ambulâncias próprias. A equipe é composta por 33 funcionários entre médicos e enfermeiros, o que checa ao montante de 43 parceiros trabalhando com a clínica.
Existem seis mil pacientes no Rio Grande do Sul e 76 clínicas de diálise no Estado. “É muita coisa. 90 mil em todo o país em diálise. A tendência é aumentar muito, pois está surgindo muitos diabéticos, obesidade mórbida”, afirma. Heberle prevê que em 2018, talvez, a diabetes passe a hipertensão arterial e assuma o primeiro lugar na lista de insuficiência renal. “Este aumento na obesidade, em sua grande maioria, é erro alimentar”, conclui.

Carmen Héberle
20150612CMédica nefrologista, formada em 1974, Carmen pretendia seguir o rumo da cardiologia, mas interessou-se pela nefrologia, no quinto ano de faculdade, após conhecer Dr. Norberto, seu supervisor no hospital Presidente Vargas. “Voltando mil vezes, mil vezes eu ficaria na Nefro, que é uma dedicação de 24 horas por dia”, salienta.
Carmen comenta que a vida social era difícil, mas não se arrepende. “A minha relação fora clínica ficou difícil por isso. Tive três filhos, no qual quem cuidou foi minha mãe e a babá. Minhas relações de amor eram muito difíceis. Era Natal, Carnaval, duas horas da manhã eu saía, em plena festa eu saia e ninguém me aguentava. O grande amor da minha vida é a Pró-renal. Vim para cá em 1981”, comenta.
Em 1981, Carmen veio para Canoas, ingressou no hospital Nossa Senhora das Graças e, em 1982, chegou a Pró-Renal. Empresa ainda com nome físico de Carmen. Na época, ainda com estrutura precária, ligou para o comandante Sardinha do hospital da Base Aérea. O mesmo, através da Força Aérea Brasileira, disponibilizou a única ambulância para ficar no hospital enquanto a Dra. realizava o primeiro transplante de sangue do Rio Grande do Sul.
Em 1992 ingressou na Câmara dos Vereadores de Canoas pelo PSDB como a mais votada. Segunda mulher no posto, anos depois de Lina Alves. Em meados de 1987, a nefrologista lembra-se de ir para a rua 15 de Janeiro com um megafone pedir doações de órgãos e sangue. Aproveitou, também, para agradecer o ex-ministro da previdência social, Jair Soares, que conseguiu o registro para autorizar a prática no HNSG, dias após colocar a carta no bolso do Ministro que visitava a cidade. Hoje, há mais de 30 anos, Carmen se dedica exclusivamente a Pró-Renal.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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