O prefeito Jairo Jorge destacou a importância da conclusão dos trabalhos para garantir a proteção dos bairros.

“Esta é a primeira entrega do nosso Cinturão de Diques, temos sete obras já em andamento e outras três que se iniciam ainda em 2024, totalizando dez frentes de trabalho que vão garantir a proteção completa de Canoas”, ressaltou.

Ainda no mês de maio, havia sido feito um conserto provisório do dique, obra que foi essencial para a retirada das águas acumuladas no lado Oeste de Canoas, permitindo que Canoas fosse a primeira cidade a ficar 100% seca, em menos de 30 dias.

Após o início das obras de reparo definitivo, foi feita a limpeza e retirada dos materiais que estavam na área, a realização de uma parede de concreto, a colocação da manta impermeável e a instalação das estruturas de concreto, para então, ser feita a finalização do conserto.

De acordo com a atual gestão, com a conclusão, será feita a ampliação da área do dique, e já está em análise a construção dos trechos entre a Avenida Guilherme Schell e a Rua Primavera, e da Primavera até o V Comar.

Além do conserto definitivo do dique Rio Branco, as obras no Cinturão de Diques de Canoas seguem em outras frentes, com recursos garantidos junto aos governos do Estado e Federal, totalizando cerca de R$ 1 bilhão.

Conserto do Dique Mathias Velho/Harmonia

No Dique Mathias Velho/ Harmonia, as obras de recuperação e elevação iniciaram-se em 16 de setembro. Neste momento, os trabalhos estão em ritmo avançado, com a retirada dos materiais para colocação de argila. A obra já está com 26% de conclusão.

Elevação dos diques Rio Branco/Fátima e Mathias Velho/Harmonia

Também será feita a elevação dos diques Mathias Velho/Harmonia e Rio Branco/Fátima para 7 metros, obra que irá recomeçar ainda neste ano e será concluída no final de 2025.

Dique Niterói

As obras foram retomadas no dia 16 de setembro, com início da etapa 1, para dar continuidade à elevação do dique em uma extensão de 2,4 quilômetros.

Essa obra, iniciada em 2021, com a construção de uma estrada de acesso sobre o dique, garantiu que a estrutura não rompesse durante a enchente, protegendo o bairro Niterói e a Base Aérea. A etapa 2, que teve início no dia 22 de outubro, prevê a extensão dessa elevação em mais um quilômetro. A obra irá se estender até Cachoeirinha.

Dique Mato Grande

As obras para a construção do novo dique iniciaram-se no dia 25 de setembro. A estrutura terá 2,4 quilômetros de extensão e cota 7, entre o Arroio Araçá e a BR-448. A estrutura ainda terá duas casas de bombas – uma, junto ao Arroio Araçá, e a outra, próxima à Avenida das Canoas.

Dique São Luís

Já para o dique no bairro São Luís, foi aberta, no dia 21 de outubro, a licitação para atualização do estudo e entrega do projeto básico, que prevê a construção de 15 quilômetros de dique e cinco casas de bombas, garantindo a proteção da região.

A Prefeitura já realizou vistorias na área onde será construído o dique. O objetivo foi identificar as condições de acesso e outros pontos para implantação do sistema de proteção.

Muro de contenção junto à Cassol

Começou no dia 11 de outubro a construção do novo muro da Cassol, que fica ao lado da distribuidora e paralelo à Avenida Guilherme Schell, no bairro Rio Branco, reforçando a proteção daquela região.

Subestações das casas de bombas

Também já teve início os trabalhos para reforma das subestações de energia de todas as casas de bombas da cidade.

Modernização das casas de bombas

Está em fase de habilitação técnica o vencedor da licitação da empresa que irá realizar a reforma e modernização das oito casas de bombas, incluindo alteamento dos painéis elétricos e instalação de bombas submersíveis/anfíbias.

Prefeito se manifestou sobre críticas

“Nem eu e nem o Melo (prefeito de Porto Alegre) fomos copados pela enchente. Aqui (em Canoas) eu não tive um dique que rompeu, não foi uma casa de bomba que não funcionou, foi um problema estrutural dos diques, que foram construídos em 1941. Quem não sabe, que se informe. E eu quero lembrar que a evacuação do bairro Mathias Velho aconteceu às 22 horas, no dia 3 de maio, e a inundação deste hospital (HPSC) aconteceu às 4 horas da manhã do dia 4 de maio. E chegou aos 4m78 às 17 horas do dia 3 de maio. As pessoas acharam que não ia acontecer. Daí agora vieram colocar a culpa nas costas do prefeito Jairo Jorge. É importante colocar os pingos nos i’s. Eu não vou estar aqui quando terminar esta obra, mas fiz questão de começá-la”, enfatizou o prefeito.

Jairo também destacou a importância do hospital e o compromisso da Prefeitura em iniciar as obras.

“Hoje damos um passo importante para a recuperação do nosso HPS. Muitos acharam que não deveríamos reabrir o Pronto Socorro, que deveríamos encerrar o contrato. Mas nós decidimos pelo caminho mais difícil, que era garantir os atendimentos de emergência junto com o Graças até que fosse possível recuperar o HPS. Uma das nossas exigências foi que a obra ocorra durante 24 horas, de domingo a domingo. Temos uma empresa séria e muito responsável à frente, por isso, acredito que estas obras serão concluídas ainda antes deste prazo, para que a nossa população volte a contar com os serviços plenos deste hospital”, reforçou.

Em sua fala, o secretário de saúde, Mauro Sparta, ressaltou o trabalho de recuperação na área da saúde de Canoas após a enchente.

“Mesmo tendo sido a cidade mais atingida pela enchente, Canoas já garantiu a recuperação da estrutura de equipamentos públicos de saúde atingidos, incluindo 17 unidades de saúde, três UPAs e cinco farmácias básicas, o que mostra os esforços da administração municipal em garantir o pleno atendimento de saúde para a população. Além disso, após o período da enchente, foram abertas uma nova unidade de saúde no bairro Guajuviras e uma nova UPA no bairro Niterói. Infelizmente, não podemos garantir a reabertura total do HPS ainda este ano, mas temos um contrato firmado com uma empresa responsável, todos os valores garantidos e um plano de obras firmado”, frisou.

A sede do Hospital de Pronto Socorro teve o primeiro andar e o setor de emergência totalmente atingidos pela enchente de maio. As obras que permitiram a retomada parcial no final de setembro iniciaram ainda em junho.

A Prefeitura de Canoas garantiu, junto ao Governo Federal, mais de R$ 50 milhões para a aquisição de equipamentos hospitalares e realização das obras de recuperação do hospital, além de R$ 10 milhões encaminhados pelo Governo do Estado para a compra de equipamentos, totalizando mais de R$ 60 milhões em recursos que estão garantidos ao Município.

O cronograma para obras do HPS será realizado em quatro etapas:

• Etapa 0 – centros cirúrgico e de imagem e área para atendimento de traumatologia.
• Etapa 1 – área de pronto atendimento e UTI do térreo.
• Etapa 2 – áreas de apoio administrativo, cozinha, almoxarifado, vestiários.
• Etapa 3 – área que atualmente está sendo utilizada para atendimentos de média e baixa complexidade.