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27/06/2025
 

Comunidade

ACESSIBILIDADE do calçadão Lojistas notificados por falta de acessibilidade

Coordenadoria calcula mais de 78 mil deficientes no município; seis mil deficientes visuais

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Cadeirantes visitam e notificam os lojistas do Calçadão. Foto: Bruno Lara/OT

Cadeirantes visitam e notificam os lojistas do Calçadão. Foto: Bruno Lara/OT

Texto e fotos: Bruno Lara

Na manhã de quarta-feira, 30, os membros da Comissão de Acessibilidade do Conselho Municipal do Direito da Pessoa com Deficiência estiveram notificando as lojas no Calçadão de Canoas. A ação fez parte de uma tentativa de conscientizar os empresários da necessidade do acesso nos recintos. Embora não seja uma multa, os comerciantes terão o prazo de 30 dias para se adequarem.
Quem explica é o gestor da unidade de acessibilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SMSUH), Paulo Godinho. Segundo ele, os estabelecimentos estão sendo notificados e terão 30 dias para se adequar a nova necessidade. “Caso não se adéquem poderão ter problemas maiores”, explica, informando que há a possibilidade de multas e até a perda do alvará.

Dificuldades

Degrau impossibilita a entrada de cadeirantes em algumas lojas. Foto: Bruno Lara/OT

Degrau impossibilita a entrada de cadeirantes em algumas lojas. Foto: Bruno Lara/OT

Muitas das lojas possuem degrau em comparação com o nível do recém reformado Calçadão. Para o cadeirante Valoir Mendes, 35 anos, a reforma poderia ser melhor discutida. “Eu acho que deveria ter sido feito uma fala, uma conversa, uma tratativa com os lojistas para que, já na inauguração, no começo da obra do calçadão, já se fosse feito junto com os lojistas a acessibilidade”, argumenta. Segundo ele, a maioria continua irregular. “A gente tem visto que algumas (lojas) se adequaram, mas a maioria não.”
Não raro é observar deficientes sendo atendidos na rua por falta de estrutura. “A gente tem visto ainda pessoas tomando café na rua ou sendo atendida em uma loja na rua e essa não é a nossa luta. A nossa luta é que, de fato, todas as pessoas possam ter as mesmas oportunidades”. Valdoir acredita que os espaços são para todos. “A nossa expectativa é que os lojistas, os comerciantes entendam a necessidade da acessibilidade e garantam que todas as pessoas, com deficiência ou não, acessem as lojas com autonomia e segurança”, afirma.
No comércio desde criança, quando vinha acompanhar a família no trabalho, Diego de Quadros, 30 anos, responde hoje pela loja da família. Ele acredita que a ação demorou para ser feita. “É uma coisa bem bacana que abraça uma causa que já deveria ter sido abraçada a tempo. Até é tarde isso já”, incentiva.

78 mil deficientes
Esse é o cálculo de Eri Domingos da Silva, 47 anos, diretor da coordenadoria da pessoa com deficiência da cidade. O número aproximado abrange deficientes “visuais, físico, intelectual, auditivo, surdos, as pessoas que têm deficiência múltipla, os autistas – porque com a nova legislação quem tem espectro de transtorno autista também é considerado como pessoa como deficiência”, explica, informando que não há o dado por deficiência específica.
Segundo ele, aproximadamente seis mil pessoas são deficientes visuais em Canoas. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca que 1,5% da população tem algum tipo de deficiência. Então a gente acredita que tenha por volta de seis mil pessoas com deficiência visual no município de Canoas, mas é um dado aproximado”, coloca Eri.

Eri Domingos da Silva, diretor da coordenadoria da pessoa com deficiência na cidade. Foto: Bruno Lara/OT

Eri Domingos da Silva, diretor da coordenadoria da pessoa com deficiência na cidade. Foto: Bruno Lara/OT

Na linha
A situação, que já é difícil, complica ainda mais quando os cidadãos não colaboram. No largo da praça da Bandeira, próximo a rua Coronel Vicente, a equipe de OT flagrou um comerciante que colocou a placa em cima do piso tátil, trecho que deveria ser livre para o trânsito de deficientes visuais.
Pior ainda quando o próprio governo dificulta. Na avenida Victor Barreto, dois contêineres de lixo, um reciclável e um orgânico, estão a centímetros da linha, o que pode causar um acidente para aqueles que não enxergam.

Placas no piso tátil. Foto: Bruno Lara/OT

Placas no piso tátil. Foto: Bruno Lara/OT

O que diz a Prefeitura
A Administração informou que “dialogou com todos os lojistas sobre a necessidade de rampas de acesso nos estabelecimentos comerciais, que permitem a acessibilidade das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida”.
Em relação às faixas e anúncios, anunciou que a fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) tem orientado os lojistas a não fixarem anúncios no piso. Sobre os contêineres na Avenida Victor Barreto, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos fará a vistoria para adequação do local dos equipamentos.

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Comunidade

Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Comunidade

Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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