Conecte-se conosco

header-top


 






 

28/06/2025
 

Opinião

Jorge Uequed: “Os oposicionistas à PPP da Corsan temem que ela signifique a reeleição do atual governo”

Redação

Publicado

em


Jorge Uequed – Momento Político


Gracinha

A situação financeira e administrativa do Hospital Nossa Senhora das Graças é cada vez mais crítica. Não bastasse isto, as tentativas para encontrar algum gestor ou empresa gestora para ajudar na saída dos problemas também se tornou um problema. Inicialmente, um grupo queria os gestores do hospital Divina Providência. Depois de várias crises e mal entendidos, decidiu-se não aceitar a proposta. Começaram as buscas para tentar colocar a direção com o Hospital Ernesto Dorneles. A análise durou seis meses.

A crise se avolumava a e a necessidade de achar alternativas para evitar o fechamento do hospital ou a intervenção alertada pelo Ministério Público fez com que um membro da diretoria, Francisco Biazus, propusesse a Associação São Miguel, que tinha seu vínculo com o hospital de Gramado e que recentemente assumiu o Beneficência Portuguesa e o Hospital Belém Novo.

O Conselho da Associação Beneficente de Canoas (ABC) aprovou as negociações com a São Miguel, com a discordância de alguns conselheiros. A direção do Gracinha assinou o contrato e procura puxar a Prefeitura Municipal para dar apoio nas despesas, eis que sem dinheiro o hospital vai fechar.

A dúvida é: quem é o responsável pela contratação do Grupo São Miguel, a direção da ABC ou a Prefeitura?  A diretoria da ABC fez pública nota na imprensa dizendo ser dela a responsabilidade por esta contratação.

Atrás de toda esta dúvida tem uma disputa político-eleitoral, embora as eleições sejam em 2022, a disputa já começou.

PPP da Corsan

A disputa político-eleitoral não é apenas no Gracinha, mas passou as barreiras da área da saúde pra ingressar na do saneamento.

A Corsan, que há muitos anos mantém exclusividade de água e esgoto de Canoas, tem grandes deficiências neste atendimento e pouco mais de 14% da sociedade tem esgoto cloacal em sua casa. Agora surgiu a possibilidade de uma Parceria Público-Privada para gerir o sistema de água e esgoto em vários municípios do Estado. O objeto de aderir a esta proposta, vários municípios do Estado já tiveram autorização das suas Casas legislativas para assinar estes contratos.

Atualmente, só Canoas ainda não assinou, e após várias tentativas, o projeto, que está na Câmara de Vereadores, não consegue ser apreciado, e tenho muitas dúvidas de que possa ser aprovado.

Os apoiadores da PPP dizem que praticamente 50% dos canoenses teriam nos próximos anos esgoto cloacal e aumento do fornecimento de água; isso faria ingressar mais de R$ 55 milhões na economia do município e a Prefeitura receberia recursos para eventuais consertos.

Aí começa a luta político-eleitoral para 2022. Um grupo de simpatizantes e amigos do ex-prefeito Jairo Jorge se manifesta contrário à aprovação da PPP pela Câmara e bloqueia a possibilidade dos 14 votos necessários para o consentimento da Casa legislativa. No último dia 18, estava prevista a provação do projeto, mas, como oito dos 21 vereadores já sinalizava que votariam contra, a base do governo decidiu adiar a votação. Este adiamento prejudica a assinatura da PPP, adia o ingresso de recursos e adia o início das obras.

O impasse está lançado. O grupo oposicionista não quer deixar entrar recursos e iniciar as obras, pois entende que isto significaria a reeleição do atual governo. Os governantes acreditam que as obras fariam contribuição a uma grande parcela da sociedade e melhoraria a sua qualidade de vida.

A dúvida está lançada. Quem vai vencer, a cidade ou a política?

DJ Cabeção

Na última edição, usei o termo “equivocadamente” para tratar da cadeira assumida pelo vereador DJ Cabeção (PDT), deixada pela perda de mandato do vereador Paulinho de Odé (PCdoB). A expressão equivocada não se refere ao vereador DJ Cabeção, mas à decisão, eis que quem deveria ser chamado para assumir era o vereador Paulo Ritter, filiado ao PT, ex-partido de Paulinho de Odé.

Como o DJ já havia deixado o PT, no entendimento consagrado pela Justiça Eleitoral, ele não era mais suplente daquele partido, e, portanto, a vaga do PT deveria ser para alguém do PT.

O vereador DJ Cabeção é um exemplar homem público, mas a função ao cargo, que é do seu ex-partido, foi um equívoco dos dirigentes que o colocaram lá.

50 anos de casamento

A dificuldade de locomoção impediu-me de comparecer ao jantar de homenagem ao casal Honório e Onilde (Niza), que ocorreu na última semana, no restaurante São Camilo.

É uma alegria para a sociedade e aos amigos quando um casal completa 50 anos de casamento, especialmente este vindo lá de Cacequi, com as dificuldades da vida, para aqueles que vivem do trabalho. Instalaram-se em Canoas, criaram seus filhos, têm uma vida digna, com organização familiar e religiosa e são um exemplo para os que buscam uma sociedade justa e respeitável. Que bom que nas dificuldades de hoje existam casais como este.

Continuar a ler

Opinião

‘Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres’ (por Patrícia Alba – deputada estadual)

Redação

Publicado

em

'Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres' (por Patrícia Alba - deputada estadual)

Patrícia Alba*

Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Viamão a mais de nove anos de prisão, por divulgar áudios íntimos trocados com uma mulher e por tentar silenciar testemunhas que poderiam depor contra ele na Polícia Civil.

Em qualquer sociedade, quem ocupa um cargo público deve prezar pelo respeito, integridade física, moral e intelectual dos seus cidadãos. Agora, cabe ao Legislativo municipal a reparação diante do povo de sua cidade. Votos legitimam uma eleição, mas é a conduta e comportamento do eleito que consagra sua permanência no cargo. É imperioso que os vereadores investiguem e até abram um processo para cassar o mandato. Não podem aceitar essa condenação como um evento banal ou de menor importância. Aliás, em qualquer país ou sociedade civilizada, os ocupantes de cargos dessa representatividade já teriam renunciado, imediatamente.

É inaceitável o ato vil cometido contra a vítima que, seis anos depois, ainda é obrigada a se recolher em uma vida de vergonha. Vejam o absurdo: a vítima foi condenada à humilhação, e o agressor segue livre, no comando do sétimo município mais populoso do Rio Grande do Sul.

Vamos acompanhar esse caso de perto, para que a Justiça seja efetivamente cumprida, dando exemplo para os agressores em potencial e evitando outros casos. Sabemos que há muito trabalho e ações a serem feitas para reduzir a violência contra a mulher – seja física ou moral.

Viamão, uma cidade pujante, com um povo ordeiro e trabalhador, uma comunidade em que praticamente a metade da população é de mulheres, tem a oportunidade de mostrar para o Brasil que não aceita nem banaliza a violência, seja contra quem for e de onde venha, principalmente contra as mulheres.

*Deputada estadual (MDB-RS) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia

Continuar a ler

Opinião

“Oportunidades perdidas!” (Por Carlos Marun – ex-Ministro)

Redação

Publicado

em

Oportunidades perdidas! (Por Carlos Marun - ex-Ministro)

OPORTUNIDADES PERDIDAS!

Por Carlos Marun – Advogado e ex-Ministro

Não exerço atualmente nenhuma função pública e também não sou aposentado. Sou Advogado e Engenheiro e obtenho a remuneração necessária ao meu sustento e de minha família através da prestação de serviços de advocacia e consultoria a particulares. Niels Bohr, ganhador do prêmio Nobel de Física e um dos pais do modelo atômico, declarou em determinada oportunidade: “A previsão é muito difícil, especialmente se for sobre o futuro!”. Pois bem, a obrigação do consultor é opinar, e muitas vezes sobre o futuro. Obviamente não utilizando uma bola de cristal ou poderes extra-sensoriais, mas a lógica somada a razoável conhecimento.

Acordo cedo e diariamente envio para clientes, até as 9hs da manhã, um boletim matinal com análises políticas e jurídicas sobre a vida governamental, jurídica e legislativa do país. No de 3a feira(07/01) passada, declarei pensar que o fato de a imensa maioria dos brasileiros continuarem repudiando os atos do 08 de Janeiro somado à onda de “patriotismo fraterno” decorrente da vitória de Fernanda Torres se constituíam em uma excelente oportunidade para Lula buscar atrair o Centro com gestos de pacificação. E daí opinei sobre o futuro, arriscando dizer que o Presidente da República não estava à altura de conseguir se posicionar desta forma.

Infelizmente, acertei. No dia 09/01, Lula, no lugar de agir neste sentido, retomou a verborragia tragicômica, afirmando durante visita à galeria de fotos de ex-presidentes da República que Dilma foi vítima de um golpe comandado por Temer.

Dilma caiu, na forma prevista na Constituição, porque cometeu crime de responsabilidade e porque a isto se somaram condições políticas resultantes do péssimo governo que fazia. Lula não consegue entender que Temer não é mais o Presidente da República pressionado por uma conspiração comandada pelo então Procurador Geral da República que, através de chantagem, obteve o apoio de dois dos maiores grupos econômicos do país, um do ramo das Comunicações e outro do ramo das proteínas animais.

Michel Temer é hoje enormemente reconhecido como o chefe de um exitoso Governo de Centro, que teve coragem de promover reformas fundamentais e positivas. Tão positivas que, não obstante a já citada verborragia, não foram até hoje revogadas pelo atual governo do PT. Até algumas foram levemente alteradas, mas sempre para pior.

Lula não consegue entender também que estas declarações constrangem seus aliados não PTistas ou PSOListas, muitos inclusive ministros(as) que foram na sua grande maioria favoráveis ao impeachment, inclusive votando desta forma. Constrangem de forma especial aqueles MDBistas que participam de seu governo, todos hoje concientes do avanço representado pelo breve Governo Temer.

Lula pensa que pode “comprar” o Centro com cargos. Está errado. Pode no máximo “alugar”. Ele me parece um “caso perdido” que precisa do Centro para a sua reeleição, mas que se afasta dele e dela cada vez que expressa o seu rancor pela deposição constitucional de Dilma, perfeitamente prevista no Estado Democrático de Direito do qual apregoa ser um “amante”.

Porém, como eu afirmei, consultor tem que opinar também sobre o futuro e vou então falar de outra oportunidade que provavelmente será perdida.

O Centro não tem candidato a presidência e segue como uma boiada para o matadouro, “mugindo tonta” e sabendo que ao final terá que optar entre um candidato de direita ou de esquerda. Pois bem, um simples gesto pode hoje fazer surgir este candidato.

Neste caso uma candidata. Falo de Simone Tebet e afirmo que se deixasse o Governo agora em função das palavras de Lula, estaria iniciando uma trajetória que poderia levar o Centro a Presidência em 2026. Não precisaria e nem deveria sair atirando em um governo do qual participa, mas teria que deixar claro que sai porque discorda destas palavras reincidentemente repetidas por Lula.

Conheço Simone. Trata-se de mulher capaz e honrada e que de forma alguma precisa do cargo de Ministra para viver. Mas por dever de ofício devo declarar que penso que ela não aproveitará esta oportunidade.

Continuar a ler

Opinião

“Quando o Jogo Se Torna Armadilha: A importância da Educação Financeira em Tempos de Apostas” (por Cristiane Souza)

Redação

Publicado

em

O crescimento das plataformas de apostas, popularmente conhecidas como “bets“, tem gerado um impacto profundo e preocupante em diferentes segmentos da população brasileira, especialmente entre as famílias em situação de vulnerabilidade econômica.

O fácil acesso a essas plataformas, aliado à promessa de ganhos rápidos, atrai indivíduos que, diante de oportunidades limitadas e dificuldades financeiras, veem no jogo uma esperança de alívio imediato. No entanto, essa promessa frequentemente se transforma em uma armadilha perigosa, levando a perdas financeiras expressivas e aumentando ainda mais a instabilidade das famílias.

Um dos aspectos mais alarmantes desse fenômeno é o uso de recursos provenientes de programas assistenciais, como o Bolsa Família, para financiar apostas. Segundo dados do Banco Central, em agosto deste ano, cerca de 3 bilhões de reais destinados a apoiar famílias em extrema pobreza foram direcionados para plataformas de apostas. Embora o Bolsa Família seja apenas uma das fontes de renda afetadas, o impacto das apostas não se restringe a esses beneficiários, atingindo diversas famílias de baixa renda que, por falta de orientação financeira, acabam comprometendo seu sustento em busca de ganhos ilusórios, oferecidos por jogos online.

Nesse aspecto, a educação financeira surge como uma ferramenta essencial para evitar que famílias sejam atraídas pelas armadilhas do jogo. Porque muitas vezes, a falta de conhecimento sobre os riscos envolvidos nas apostas e a ausência de planejamento financeiro adequado levam as pessoas a decisões impulsivas, agravando sua situação econômica. A falta de controle sobre os gastos, a tentação de compensar perdas com novas apostas e a dificuldade em priorizar necessidades básicas criam um ciclo vicioso que coloca em risco não apenas as finanças, mas também o bem-estar emocional e social dessa população.

É crucial que a educação financeira seja acessível e adaptada às realidades dessas populações, ensinando-as a planejar, poupar e gastar de forma consciente. Mais do que nunca, em um cenário de crescente popularidade das apostas, as famílias, especialmente as em situação de vulnerabilidade precisam ser capacitadas para tomar decisões financeiras responsáveis, evitando que o sonho de um ganho rápido as leve a uma armadilha de dívidas e frustrações.

Além disso, a conscientização sobre os perigos das apostas deve ser acompanhada por políticas públicas que incentivem o uso responsável dos recursos e ofereçam alternativas viáveis para melhorar a qualidade de vida dessas famílias. O jogo, em si, não é a raiz do problema, mas sim a combinação de vulnerabilidade econômica, falta de informação e ausência de planejamento financeiro que expõe famílias aos riscos das apostas.

Em tempos de apostas, é urgente reforçar a importância da educação financeira para proteger as famílias e oferecer-lhes a oportunidade de construir um futuro mais seguro e estável. Somente com conhecimento e conscientização será possível romper com o ciclo de perdas e garantir que os recursos recebidos sejam utilizados para sua verdadeira finalidade: promover dignidade e segurança.

Cristiane Souza – Educadora financeira e estudante de Psicologia

Continuar a ler
publicidade
Graduação Lasalle

Destaques