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22/11/2024
 

Destaques

Prefeitura recorre ao MP para evitar falência do HNSG

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O Jornal Timoneiro tem apontado, em diversas edições, a situação crítica vivenciada pelo Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Entre diversas tentativas de recuperação, a instituição não parece ter força para arcar com uma dívida milionária e que cresce mês a mês. A falta de estrutura e a recorrente superlotação também colaboram com o período dramático do Gracinha.

Na manhã da quarta-feira, 31, foi iniciada uma nova tentativa de salvar a importante instituição canoense. Na ocasião, o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato (PTB), se reuniu com os promotores Rafael Russomanno Gonçalves e Sônia Madalena Silveira Bonilla, com os representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e com a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores. O encontro ocorreu na comarca do Ministério Público Estadual (MP) em Canoas e teve como pauta a busca de soluções para a grave crise enfrentada pelo HNSG.

A Prefeitura de Canoas manifestou preocupação com a situação pré-falimentar em que se encontra a instituição. O hospital, que é privado e administrado pela Associação Beneficente Canoas (ABC), enfrenta grande crise financeira e administrativa. Tanto a Prefeitura como o Simers relatam que há falta de diálogo da ABC junto às demais instituições. “A solução deste problema, que se arrasta há anos, depende de ações exclusivamente da ABC. É dela a responsabilidade de manter o hospital em pleno funcionamento e manter a sanidade fiscal e administrativa. Nós estamos agindo fortemente para evitar a falência do hospital, buscando soluções plurais e dentro da lei”, afirmou o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB).

Na próxima semana, um novo encontro entre Prefeitura de Canoas, Ministério Público e Simers deve ocorrer e desta vez são esperados representantes da Associação Beneficente Canoas. De acordo com a atual gestão, a ideia é elaborar um plano de salvação do hospital, através da mudança radical da gestão, com base na legislação.

Crise

A Prefeitura repassa à empresa administradora do Hospital Nossa Senhora das Graças aproximadamente R$ 6,5 milhões. De acordo com a gestão, esses pagamentos são feitos para que os moradores de Canoas tenham atendimento através do Sistema Único de Saúde nas mais diferentes especialidades, desde a emergência até exames e procedimentos de cirurgia. O valor também é repassado para que os funcionários do hospital e suas terceirizadas tenham todos os meses seus salários pagos na data certa. O que não ocorre atualmente.

Os promotores ainda ouviram relatos do médico Omar dos Santos, representante do corpo clínico do hospital, de que existem prestadores de serviço que há mais de dois anos têm pagamentos em atraso. Já a diretora do Simers, Clarissa Bassin, contou aos membros do MP que, inclusive, valores que são repassados ao hospital por planos de saúde particulares, como pagamento por consultas e procedimentos, não chegam aos médicos.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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