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21/11/2024
 

Destaques

Emergência do HPS opera acima de capacidade normal

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O sistema de saúde de Canoas parece não ter forças para se recuperas de frequentes crises. Dois dos três hospitais da cidade sofrem com crises estruturais e superlotações recorrentes. Nas últimas semanas, o jornal Timoneiro destacou a situação do hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Desta vez, o destaque negativo é para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), que registrou, nos últimos dias, de acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), uma superlotação de 125% da capacidade.

Na última quinta-feira, 13, o sindicato fiscalizou o atendimento no local e constatou que havia 88 pacientes para 39 vagas, por volta das 22h. A instituição ainda alertou que a estrutura não suporta a demanda e que não há número de médicos adequado para efetuar o atendimento.

“A situação é extrema, pois se trata de um Pronto Socorro, que é referência para atender mais de 150 cidades”, diz a entidade, em nota. Ainda, segundo o relato, a sala vermelha do hospital tinha 11 casos para seis vagas, a amarela somava 24 internados para 14 leitos, a laranja tinha nove doentes para seis leitos, e a verde, que tem 14 poltronas, registrava 24 casos em observação.

Sala roxa

O Simers também criticou a organização interna do HPS, com a existência da sala roxa: “a saída do HPSC foi criar a sala “roxa”, onde as pessoas que deveriam estar internadas em leitos nas unidades especializadas ficam numa espera de até 10 dias ou mais sem saber quando terão vaga. A cor roxa não faz parte do protocolo de classificação de risco”. Segundo um gestor, a sala foi a alternativa para que os pacientes não ficassem nos corredores. “É a primeira vez que vejo criarem uma sala “roxa” para manter pacientes que deveriam já estar internados”, reagiu o diretor do Simers, André Gonzales. “O quadro é muito grave, vamos ao Conselho de Saúde, MP e prefeitura”, adiantou o diretor.

O que diz o Gamp

Em nota, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) ressalta: “Canoas é referência para os municípios da região metropolitana. O Hospital de Pronto Socorro de Canoas está atendendo acima de sua capacidade, situação que se repete, também, em outras unidades de saúde. No entanto, por ser uma instituição porta aberta, a equipe tem prestado toda a assistência possível e necessária à população que procura atendimento”.

HNSG

A superlotação nos demais hospitais da cidade também passa pela situação do HNSG, que chegou a ter seu setor de emergência fechado no último mês. No entanto, após o anúncio do restabelecimento do atendimento SUS na emergência, continuaram chegando relatos de superlotação e de pacientes não atendidos no setor do Graças. A situação é monitorada por comissão na Câmara de Vereadores, constituída por integrantes da direção da ABC e do hospital, médicos, funcionários, Conselho Municipal de Saúde e pela Secretaria Municipal de Saúde.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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