Saúde
RS confirma primeiro caso de coronavírus; Canoas tem seis suspeitos

O governo do Estado confirmou, na manhã desta terça-feira ,10/3, em coletiva de imprensa no Palácio Piratini, o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul. O homem, de 60 anos, morador de Campo Bom, esteve em Milão, na Itália, entre 16 e 23 de fevereiro. Ele está em isolamento domiciliar e nenhum dos familiares apresentou sintomas. Todos serão acompanhados até a melhora do quadro de saúde.
“Sabíamos que esse dia poderia chegar. Não é o caso de alarmarmos a população, mas é importante frisarmos a importância dos hábitos de higiene, como lavar as mãos, evitar o chimarrão compartilhado e aderir a uma etiqueta respiratória ao tossir para não expor terceiros ao contágio. Sabemos que isso gera tensão, mas fiquem tranquilos. Estamos atuando e vamos continuar a monitorar os casos e a tomar todas as providências para que possamos atender as pessoas”, ressaltou o governador Eduardo Leite.
Até esta terça-feira (10/3), 190 casos suspeitos haviam sido notificados no Estado. Além desse primeiro caso positivo, outros 103 casos já foram descartados e 86 estão sendo investigados.
A identificação do novo coronavírus (SARS-Cov-2), causador da doença que levou o nome de COVID-19, foi feita em exame no Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) que, desde a última sexta-feira (6/3), realiza esse diagnóstico específico. De sexta-feira até terça, o Lacen recebeu 122 amostras e já analisou 107. “É uma resposta muito concreta de que o governo do Estado está fazendo a lição de casa”, avalia a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
A Secretaria de Saúde (SES) instalou, no dia 28 de janeiro, o Centro de Operações de Emergência (COE) para monitorar a propagação e preparar a rede pública para uma possível chegada do vírus. Por enquanto, há cinco hospitais de retaguarda preparados para receber pacientes – o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Complexo Hospitalar Conceição, o Hospital Universitário de Canoas, o Hospital Municipal de Novo Hamburgo e o Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo. A partir da confirmação de casos, o número de hospitais pode aumentar. A orientação da SES é de que, ao constatar sintomas, a pessoa se dirija à unidade de saúde mais próxima.
Para reforçar as medidas de prevenção, o Ministério da Saúde antecipou a vacina contra a gripe para 23 de março. O público-alvo inicial é composto de idosos, faixa etária que está mais propensa a quadros graves da doença, e profissionais da saúde.
Sobre o primeiro caso de coronavírus no Estado
– Homem, 60 anos, residente em Campo Bom
– Histórico de viagem para Milão (Itália)* entre 16 e 23 de fevereiro
– Início de sintomas de febre e tosse em 29 de fevereiro
– Atendido em clínica privada de Novo Hamburgo em 1º de março
– Avaliação médica com o quadro de sintomas leves
– Orientado a ficar em isolamento domiciliar até a melhora dos sintomas, sendo monitorado pela vigilância epidemiológica do município
– Notificado ao Estado como suspeito em 2 de março
– Chegada das amostras de secreções das vias respiratórias ao Lacen/RS em 2 de março
– Realizados primeiros exames para painel de sete vírus respiratórios mais comuns no país (influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório) em 3 e 4 de março, todos com resultado negativo
– Análise específica para o novo coronavírus (SARS-Cov-2) em 9/3 com resultado positivo por meio de análise da carga genética do vírus
– Atual quadro de saúde do paciente é leve, persistindo a tosse
– Nenhum familiar residente no mesmo endereço apresenta sintomas, mas eles seguem sendo monitorados até completar 14 dias do início dos sintomas do caso positivo (até a próxima segunda-feira, 16 de março)
– Como já se passaram mais de 14 dias dos voos de regresso (período estimado de incubação da doença), não se preconiza a verificação da lista de passageiros para a busca ativa a outros suspeitos
* em 16/2, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Itália tinha três casos confirmados. Passando a 76 em 23/2. Até 9 de março esse número já tinha ido a mais de 7,3 mil casos no país, com maior concentração na região da Lombardia, cuja capital é Milão.
Ações no RS
A preparação do Estado para o enfrentamento da doença começou no início de janeiro com acompanhamento das informações de casos por esse novo tipo de vírus na China. Em 28 de fevereiro, a SES instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para investigar, manejar e notificar casos potencialmente suspeitos da infecção.
Na página da SES estão disponíveis as informações para a população em geral e profissionais de saúde.
O que é a COVID-19?
É uma doença causada pelo novo tipo de coronavírus identificado neste ano, que leva o nome de SARS-CoV-2. Ele pertence à família de vírus de mesmo nome que causa infecções respiratórias. O vírus tem esse nome porque seu formato, quando observado em microscópio, se assemelha a uma coroa.
Definição de suspeito de doença pelo coronavírus
- Situação 1 – VIAJANTE:
Pessoa que apresente febre e pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros) e histórico de viagem para país com transmissão sustentada ou área com transmissão local nos últimos 14 dias;
- Situação 2 – CONTATO PRÓXIMO:
Pessoa que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros) e histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias;
- Situação 3 – CONTATO DOMICILIAR:
Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias e que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros).
Saúde
Confira as unidades de saúde que estarão abertas neste sábado em Canoas

Quatro unidades de saúde do Município estarão abertas neste sábado para reforçar o atendimento da população canoense. As unidades que estarão abertas neste sábado serão a Nova Nancy, Estância Velha, Rio Branco e Mathias Velho.
O objetivo, segundo a gestão municipal, é que estas unidades absorvam parte da demanda das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais do Município, qualificando o acolhimento e reduzindo filas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. A medida é uma das ações realizadas pelo Município dentro do programa Inverno Gaúcho com Saúde e já vem ocorrendo nas últimas semanas.
O foco será em pacientes com sintomas de doenças respiratórias e na oferta de vacinação. As quatro unidades estarão abertas das 9 às 16 horas, com atendimento médico e de enfermagem, incluindo vacinação, para pacientes com sintomas de doenças respiratórias. A vacinação será contra influenza, covid-19, dengue e HPV. Também serão realizados testes de covid-19 para pacientes com sintomas.
Unidades abertas neste sábado
Nova Nancy (Rua Barbosa Lima Sobrinho, 884, bairro Guajuviras)
Estância Velha (Rua São Matheus s/n.°, bairro Estância Velha)
Rio Branco (Rua José de Alencar, s/n.°, bairro Rio Branco)
Saúde
Ana Regina Boll assume a Secretaria Municipal da Saúde de Canoas

A Secretaria Municipal da Saúde de Canoas tem uma nova titular desde a segunda-feira, 11. A enfermeira Ana Regina Boll assume o cargo de secretária municipal da Saúde após ajustes internos da gestão municipal.
A nova secretária é enfermeira de formação, graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e especialista em Saúde Coletiva, Gestão Hospitalar e Projetos Sociais e Culturais. Antes de assumir a secretaria em Canoas, ocupava a direção da Fundação de Saúde Pública São Camilo, em Esteio. Em Canoas, Ana foi secretária adjunta de Saúde entre 2013 e 2016.
Titular da Saúde até o final da semana passada, Marcelo Reis passa a ser superintendente executivo da Fundação Municipal de Saúde de Canoas. A médica Raquel Caetano, ex-diretora-geral do Hospital Universitário, assume como diretora-presidente da fundação.
Saúde
Volta às aulas após recesso de inverno acende alerta para risco de reintrodução do sarampo no Estado

Com o retorno de milhares de estudantes às escolas após o recesso de inverno, a Secretaria da Saúde (SES) reforça o alerta para a possibilidade de reintrodução do sarampo no Rio Grande do Sul. Este é um dos períodos do ano considerados de maior atenção para a vigilância em saúde, especialmente devido à circulação de pessoas que estiveram em viagem a outros Estados ou países onde o vírus ainda está presente.
Apesar de o Brasil ter obtido novamente a certificação de eliminação do sarampo em novembro de 2024, o risco de reintrodução da doença permanece elevado, devido à circulação do vírus em países das Américas, da Europa e de outras regiões do mundo.
A principal medida de prevenção continua sendo a vacinação. A enfermeira do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Lara Crescente, destaca a importância da atenção redobrada neste momento do ano:
“Precisamos nos manter em alerta para casos suspeitos de doenças exantemáticas (que causam manchas vermelhas na pele) como o sarampo, que causam febre e sintomas respiratórios, especialmente quando há histórico de deslocamento ou contato com viajantes que estiveram em áreas com casos confirmados, sobretudo neste período pós-férias de inverno.”
Casos importados e risco de transmissão
Em abril deste ano, Porto Alegre registrou um caso importado de sarampo em uma mulher adulta, sem comprovante de vacinação, que havia retornado de viagem aos Estados Unidos. Com ações de bloqueio, rastreamento de contatos e reforço vacinal com a tríplice viral, foi possível evitar novos casos.
O cenário nacional também preocupa. O Estado do Tocantins confirmou 17 casos de sarampo nas últimas semanas, todos em pessoas não vacinadas e com histórico de viagem internacional ou de contato com viajantes. Também foram registrados casos no Rio de Janeiro (2), no Distrito Federal (1) e em São Paulo (1).
Nas Américas, já são quase 10 mil ocorrências em 2025, com destaque para o Canadá (4,3 mil casos e um óbito), México (3,9 mil casos e 14 óbitos) e Estados Unidos (1,3 mil casos e três óbitos). Na América do Sul, também houve confirmações na Bolívia (222), Argentina (35), Peru (4) e Paraguai (4).
Na União Europeia, mais de 14 mil casos foram confirmados nos últimos 12 meses. Os países com maior número de registros são: Romênia (10.171), França (868), Itália (726), Países Baixos (551) e Alemanha (511). Na Inglaterra, são 674 casos confirmados neste ano.
Dose zero para crianças em cidades de alto risco
Desde junho, a SES está executando um plano de intensificação vacinal para reforçar a prevenção contra o sarampo em 35 municípios considerados de alto risco para a reintrodução do vírus. A medida foi motivada pela confirmação de um caso importado em Porto Alegre, no mês de abril. A estratégia inclui ações específicas voltadas à ampliação da cobertura vacinal e à resposta rápida diante de casos suspeitos.
Entre as medidas adotadas está a aplicação da chamada dose zero da vacina em crianças de 6 meses a 11 meses nos municípios prioritários. A dose adicional não substitui as doses do calendário de rotina (aos 12 meses e 15 meses), mas oferece proteção antecipada em regiões com risco aumentado de exposição ao vírus.
Outras ações previstas no plano incluem:
- Bloqueio vacinal seletivo em até 72 horas após a identificação de casos suspeitos;
- Busca ativa e vacinação seletiva em locais de grande circulação, como escolas, aeroportos, estações de transporte e eventos de massa;
- Revisão da situação vacinal de trabalhadores da saúde e da educação;
- Registro nominal das doses aplicadas nos sistemas oficiais de informação.
A seleção dos municípios levou em conta fatores como localização fronteiriça, baixa cobertura vacinal, alto fluxo de turistas e intensa mobilidade populacional. Estão incluídas cidades de fronteira com a Argentina e o Uruguai, destinos turísticos da região da Serra e Porto Alegre.
Os municípios prioritários são: Porto Alegre, Barra do Quaraí, Itaqui, Quaraí, Sant’Ana do Livramento, Uruguaiana, Garruchos, Pirapó, Porto Xavier, Roque Gonzales, São Borja, São Nicolau, Novo Machado, Porto Lucena, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Derrubadas, Tiradentes do Sul, Chuí, Jaguarão, Aceguá, Canela, Caxias do Sul, Gramado, Nova Petrópolis, Picada Café, São José dos Ausentes, Vacaria, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Guaporé, Nova Prata, Veranópolis e Farroupilha.
O que é o sarampo e como se prevenir
O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas próximas que não estejam com o esquema vacinal completo.
Os principais sinais e sintomas incluem o aparecimento de manchas vermelhas no corpo e febre alta (acima de 38,5 °C), acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite) e coriza.
A transmissão ocorre pelo ar, por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. A pessoa pode transmitir o vírus desde seis dias antes do surgimento das manchas até quatro dias após o aparecimento delas.
A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A cobertura vacinal ideal é de pelo menos 95% para se evitar surtos. No entanto, os dados parciais de 2025 mostram que o Rio Grande do Sul ainda não atingiu essa meta. Os números atuais são: 92,36% para a primeira dose e 77,69% para a segunda.
Quem deve se vacinar
- Dose zero em crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias nos municípios prioritários;
- Crianças de 12 meses a menores de 5 anos: primeira dose aos 12 meses (tríplice viral) e segunda dose aos 15 meses (tetraviral ou tríplice viral + varicela);
- Pessoas de 5 anos a 29 anos: duas doses da tríplice viral;
- Pessoas de 30 anos a 59 anos: uma dose da tríplice viral;
- Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral.
Quem não possui registro ou esquema completo deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima para regularizar sua situação vacinal.
Sarampo no RS
Os últimos casos ocorridos no Rio Grande do Sul, sem histórico de viagem, foram registrados entre 2018 e 2020, com 185 confirmações no período. Após três anos sem registros (2021 a 2023), o Estado confirmou dois casos importados: um em 2024 e outro em 2025. A série histórica de casos, iniciada em 2010 é a seguinte:
- 2025: 1 caso importado
- 2024: 1 caso importado
- 2021–2023: sem casos registrados
- 2020: 37 casos
- 2019: 101 casos
- 2018: 47 casos
- 2012–2017: sem casos registrados
- 2011: 8 casos
- 2010: 7 casos
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