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26/07/2024
 

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Câmara aprova prorrogação com a Sogal, mas por um ano

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Os vereadores canoenses aprovaram, na terça-feira, 23, o projeto de prorrogação do contrato com a empresa Sogal. O vínculo do transporte coletivo termina no dia 27, enquanto o do transporte seletivo acaba no dia 3 de novembro. O texto inicial do projeto de lei (PL) 42/2018, divulgado pelo jornal Timoneiro na edição anterior, pretendia uma renovação de 10 anos com a empresa, o que gerou polêmica na comunidade. Já o texto final aprovado pelos vereadores, após o envio de mensagem retificativa por parte da Prefeitura, delimita a renovação do contrato para apenas um ano. Esse é o tempo que a atual gestão prevê para a abertura da nova licitação do transporte da cidade.

Planejamento

Devido à polêmica gerada pelo PL, representantes do executivo estiveram na Câmara prestando esclarecimentos acerca do assunto. O presidente do Instituto Canoas XXI, Francisco Horbe, aponta que o prazo de um ano pode ser curto para realizar a nova licitação do transporte coletivo. “Temos as amarras do contrato com a empresa Aeromóvel”, lembra. Ele explica que para a realização da licitação, primeiro é necessário o Plano de Mobilidade, que já teve seu edital publicado. A estimativa é de abertura de concorrência em dezembro deste ano, com um prazo de oito meses de conclusão. “Se tudo ocorrer normal, sem protelações, no final de 2019 podemos ter uma nova empresa no sistema de transporte coletivo”, conclui.

Explicações

O secretário municipal de Transporte e Mobilidade, Ademir Zanetti, defendeu o trabalho desempenhado pela sua secretaria e elogiou o serviço prestado pela Sogal atualmente, após cobranças da pasta: “A mudança que estamos propondo, a Região Metropolitana não fez. Cobramos para ter uma frota moderna. E me atrevo a dizer, que o que tem de melhor no transporte atualmente no Brasil, se não no mundo, em termos de transporte coletivo, está em Canoas”.

Questionamentos

O projeto recebeu o voto contrário dos vereadores Emilio Neto (PT), Ivo Fiorotti (PT), Maria Eunice (PT) e Dario da Silveira (PDT). O vereador Dario discordou da fala do secretário de Transportes, Ademir Zanetti. De acordo com o legislador, a sociedade canoense “está totalmente descontente com a Sogal”. Ele também não acredita que a licitação ocorra dentro do prazo de um ano, o que levaria a uma nova prorrogação de contrato com a Sogal. O vereador lembrou que a licitação é um compromisso assumido pelo atual prefeito desde a época da campanha eleitoral de 2016, e expressou descontentamento pela demora na concretização da promessa.

Compromisso

A vice-prefeita, Gisele Uequed (Rede), também se manifestou acerca da polêmica. Em nota divulgada em suas redes sociais, ela assumiu compromisso de construir um novo sistema de mobilidade para a cidade. De acordo com ela, a realização da licitação é um compromisso assinado em cartório, junto a Luiz Carlos Busato (PTB), antes da campanha de 2016, e foi uma das premissas fundamentais para que aceitasse concorrer como vice-prefeita. Ainda, segundo Gisele, o texto final do PL 42/2018, deixou mais clara a posição da atual gestão, que é de realização da licitação do transporte coletivo.

Prefeitura explica entraves causados pelo contrato firmado com a empresa Aeromóvel

De acordo com nota divulgada pelo executivo, foram encontrados empecilhos para a realização da licitação dos ônibus, vinculados à contratação da empresa Aeromóvel Brasil S.A: “O aeromóvel é um sistema caro e inadequado para o transporte coletivo segundo a Metroplan, órgão responsável pelo transporte metropolitano, onde se encaixaria o projeto Aeromóvel. O contrato nº 4, de 2014, firmado com a empresa Aeromóvel, prevê a concessão do transporte coletivo para a empresa que viesse a operar, com viabilidade, o aeromóvel. Esse contrato com a Aeromóvel está sendo questionado em processo administrativo no Município, com a possível declaração de nulidade, devido a inúmeros defeitos de ordem técnica e jurídica.” A nota também destaca que a Administração anterior contratou a empresa Aeromóvel para a realização de um “plano de transporte para o Município”, porém esse serviço não foi executado. “Neste momento, a prorrogação se dará por mais um ano, podendo ser prorrogada novamente, caso haja necessidade. Assim que solucionado o impasse envolvendo o aeromóvel, será realizada a nova licitação do transporte coletivo”, completa a Nota.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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