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01/06/2025
 

Destaques

Venezuelanos chegam com esperança de um futuro melhor

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Esperança e trabalho são as palavras mais repetidas pelos refugiados que chegam à cidade desde a quarta-feira, 12 de setembro. De onde eles vêm, na Venezuela, essas perspectivas estão escassas. O primeiro grupo, de 201 pessoas, desembarcou no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e foi conduzido ao alojamento localizado nas proximidades da Ulbra Canoas.

Carlos Morocoima, 25 anos, chegou ao Brasil através de Roraima, com a esposa Carla Dominguez e o filho Carlos, de 3 anos. Ele afirma que seu trabalho na Venezuela quase não era suficiente para comprar comida: “A situação do meu país é muito difícil. Quero agora trabalhar e começar uma nova vida. Tenho a esperança de crescer aqui. É uma oportunidade muito boa, eu não vou desperdiçar”.

Quem também chegou pronto para o mercado de trabalho é Raul Serrano. Ele diz que faz de tudo um pouco. Trabalhava como atendente em fruteira, fazia serviços de sapateiro, entre outras atividades autônomas, mas que não eram suficientes para a subsistência. “Não dava nem para comprar comida. Por isso estou tão feliz de estar aqui. Fui mais bem tratado do que no meu país”.

Eles fazem parte do primeiro grupo de refugiados. Ao todo, foram 65 crianças, entre 14 dias e 12 anos; 13 adolescentes de 13 a 18 anos; 56 homens de 19 a 53 anos e 67 mulheres entre 19 a 57 anos, totalizando 201 pessoas. Ao todo, a previsão é de que Canoas receba 425 refugiados.

Alojamentos

Os alojamentos foram escolhidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que pagará os alugueis. No acolhimento, a rede de voluntários cadastrada pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social (SMDS) organizou a refeição dos venezuelanos. A Defesa Civil entregou bolachas e pirulitos para as crianças, além de agasalhos. Novos voluntários estão sendo recrutados para auxiliar na adaptação dos refugiados e também estão sendo providenciadas oficinas de língua portuguesa.

“Percebe-se na emoção dessas pessoas o quanto esse momento é especial. A coragem deles em deixar para trás suas vidas, suas casas, seus amigos e familiares precisa ser destacada”, ressalta o prefeito Busato (PTB). A vice-prefeita, Gisele Uequed (Rede), destacou o movimento na cidade para ajudar os recém-chegados: “O engajamento da sociedade canoense está muito forte. Notamos essa solidariedade com os venezuelanos”.

A secretária da SMDS, Luísa Camargo, falou sobre a recepção: “Recebemos crianças, gestantes, idosos, pais e mães de família em busca de um recomeço. Nós estamos trabalhando para que estas pessoas possam se inserir na sociedade e consigam buscar oportunidades de emprego, de geração de renda. Queremos que elas se sintam parte do sistema.”, comenta Luísa.

Verba

A destinação de verbas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) vai custear a estadia dos venezuelanos. As Forças Armadas do Brasil darão apoio no fornecimento de alimentos. Inicialmente, Canoas recebe R$ 1,02 milhão do Governo Federal para custear as necessidades emergenciais dos imigrantes. O contrato tem duração de seis meses, mas na hipótese deste período não ser suficiente para a integração dos venezuelanos no país, o convênio poderá ser prorrogado.

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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