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18/10/2024
 

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Deputado Pedro Ruas quer CPI sobre Farra das Terceirizadas

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Os municípios de Triunfo, Canoas e Guaíba passam por exposição nacional devido a acusações de abuso de cargos veiculadas em reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, 17. Nas imagens, o material denuncia um sistema de fraudes envolvendo empresas de prestação de serviços terceirizados, que servem como cabide de empregos para indicações políticas.

Após a veiculação da matéria, diversos órgãos públicos declararam o início de investigações sobre o caso. Na Assembleia Legislativa não é diferente. O deputado estadual Pedro Ruas (PSOL) já protocolou requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados por empresas terceirizadas no Estado. “A CPI buscará esclarecer situações, identificar responsáveis e localizar a extensão da rede de corrupção”, afirma Ruas. Até o momento, o requerimento conta com três assinaturas de 19 necessárias para a abertura da CPI.

A denúncia

Em Canoas, as denúncias da reportagem partiram da ex-diretora de uma secretaria da administração, responsável pelos contratos na área de assistência social. A ex-diretora afirma que recebeu currículos de trabalhadores enviados por vereadores e assessores da administração. Ainda, com a utilização de uma câmera escondida, a reportagem afirma que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) aceita indicações políticas em seu quadro de servidores. O diretor da empresa, Régis Marinho, afirmou, na gravação, que no recrutamento são criados critérios subjetivos para que esses apadrinhados possam ser acomodados.

Críticas

Pedro Ruas, em entrevista concedida ao jornal Timoneiro, criticou a atuação dos municípios que delegam a prestação de serviços básicos, como a Saúde, para empresas terceirizadas. “Isso coloca em risco a saúde da população. As Prefeituras passam a ter profissionais desconhecidos no ponto de vista técnico. Pedro também destaca que a investigação da CPI será abrangente e estadual: “são escândalos graves, queremos saber como se deu isso, em que momento começou. Isso diz respeito a Canoas, Triunfo, Guaíba e a muitos outros municípios. Se conseguirmos viabilizar a CPI, faremos uma investigação bem ampla”.

Investigação

De acordo com o deputado, a boa relação que mantém com o Ministério Público e o Ministério Público de Contas será crucial na investigação e troca de informações. “Temos que esclarecer quem recebeu o dinheiro, quem contratou e quais profissionais de fato estão envolvidos nisso.” Ruas ainda ressalta que se não conseguir as assinaturas para abrir a CPI, fará a investigação da mesma forma. “Já sabemos que há fraude e irregularidades graves, crimes e corrupção. Já sabemos isso. Só não sabemos quem são todos os criminosos. Com a CPI, saberemos”, completa Pedro Ruas.

O que dizem os citados

A Prefeitura de Canoas se manifestou, em nota. “A Prefeitura de Canoas esclarece que a contratação de funcionários é de livre arbítrio por parte das empresas e que há rígida fiscalização pelos serviços prestados. Quanto ao episódio da denúncia, a Prefeitura de Canoas, quando tomou conhecimento, em maio de 2017, solicitou o afastamento do secretário da pasta, exonerou a referida diretora por cometer fraude e abriu sindicância.” A nota ainda afirma que a Prefeitura de Canoas está tomando todas as medidas para que a verdade seja restabelecida.

O que diz a Câmara de Vereadores

O presidente da Câmara, vereador Alexandre Gonçalves (PPS), anunciou, na terça-feira, 19, a criação de uma comissão especial destinada a analisar as denúncias apresentadas. Alexandre enfatizou que o objetivo será elucidar os fatos de forma transparente. “Todas as demandas que aqui chegam são tratadas com a maior dignidade e dentro da legalidade”, salientou. O vereador José Carlos Patricio (PSD) prestou esclarecimentos à população: “Vivemos uma crise de empregos. Recebo dezenas de pedidos de emprego por dia e encaminho a empresas privadas, liberais e terceirizadas dos poderes municipais, estaduais e federais. Vou continuar atendendo e protegendo os desempregados da nossa cidade”, disse o vereador.

O que diz o Gamp

O Gamp, em nota, afirma que o colaborador citado na matéria já foi desligado da empresa. A empresa ainda reforça que “não compactua com qualquer tipo de irregularidade noticiada, mas ressalta que a edição que o material sofreu pode influenciar na interpretação do conteúdo divulgado”. O grupo também destaca que contrata para seu quadro funcional pessoas que tenham um currículo compatível com o cargo que irão desempenhar, seguindo uma série e critério técnicos.

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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