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Rádio Pachola representa torcedor gremista com humor e informação
Marcelo Grisa
Canoas não só tem uma rádio de torcedor para chamar de sua, como também ela é uma potência. A Rádio Pachola (https://www.facebook.com/radiopachola), comandada hoje por Gabriel Lauxen, Juliano Britto e Mário Godoy, tem cerca de 60 mil curtidas no Facebook. É o maior canal não-oficial do Grêmio Football Porto Alegrense. Suas postagens chegam a quase dois milhões de pessoas por mês, e cada transmissão de jogo do time é acompanhada por mais de 2.500 pessoas simultaneamente. São a maior rádio web do segmento no Estado.
A fama e o penta
A relação com o clube é a melhor possível. Graças à cobertura dos jogos que levaram o Grêmio ao pentacampeonato da Copa do Brasil em 2016, eles são considerados a rádio mais pé-quente para o time. “Hoje em dia a gente chega lá na Arena e as pessoas chamam a gente pra tirar foto, dar autógrafo. Isso é muito doido”, admite o locutor Juliano.
Tudo aconteceu muito rápido. A ideia inicial, no começo de 2015, era abrir uma rádio comunitária, que falasse dos problemas de Canoas, mas a história não foi para frente. Os amigos então começaram, no final do primeiro semestre de 2015, a página Grêmio Pachola na rede social. O foco seria a produção de memes e a publicação de análises e comentários em áudio. Mais tarde as duas ideias se juntaram, e já em agosto do mesmo ano os amigos já faziam transmissões e conseguiam cabines de imprensa para narrar jogos do Grêmio ao vivo para o Facebook.
Rádio também torcedora
Apesar de tudo, a experiência com a Pachola não chega a ser uma surpresa para Mário Godoy, que comanda a logística de divulgação e comércio na agora empresa Rádio Pachola. “Na Internet é assim: ou tu cresce muito rápido, ou tu não cresce. Não tem meio-termo”, explica.
Diferente das rádios no dial dos aparelhos, a Pachola atende os torcedores muito mais de perto. São constantes as aparições de jogadores do tricolor gaúcho, e até os vídeos enviados por eles para demonstrar o apoio ao torcedor que acompanha a rádio online. “Nós entendemos que isso é o mais importante, porque nós somos torcedores também. Nosso sucesso também se deve ao atual sucesso do Grêmio, e os veículos tradicionais não têm o costume de ter esse diálogo aberto”, argumenta Mário.
Começando no quarto de Gabriel, a equipe, que conta também com o plantão de Daison Sant’Anna e do repórter Rafael Kehl, a estrutura se profissionalizou. Hoje localizados na Rua Saldanha da Gama, no bairro Harmonia, os sócios constituíram empresa, vendem produtos em sua loja virtual, buscam cada vez mais novos patrocinadores, montaram um pequeno bar e querem ir mais longe na produção de conteúdo.
Canoas forte na Internet
Tudo isso sem sair de Canoas. “Já falaram para sairmos daqui, termos sede em Porto Alegre… Mas no que depender da gente, queremos que esta cidade seja um pólo de negócios na Internet”, diz Gabriel, responsável pela edição e revisão dos posts nas redes sociais da Pachola.
Eles não são os únicos. Como O Timoneiro apontou em matéria publicada em janeiro, há páginas de Facebook canoenses ainda maiores em desenvolvimento. Somente a Canoas Mil Grau, que à época daquele texto chegava a 100 mil curtidas, hoje tem cerca de 135 mil pessoas acompanhando o conteúdo de vídeos e memes falando sobre as virtudes, curiosidades e problemas da cidade.
Negócios por Amor
Dentre os itens que estão na sede da Pachola, além dos equipamentos de transmissão em áudio e vídeo para o Facebook, estão placas do antigo Estádio Olímpico, além de fotos de formações lendárias na história do Grêmio desde sua fundação, em 1903. “Nosso maior sonho é viver desse projeto, por amor ao time e ao que fazemos”, aponta Mário Godoy. A crise financeira que o Brasil atravessa desde meados de 2015 atrapalha, mas não impede a continuidade do trabalho. “Já tivemos 14 anunciantes. Hoje, só três, mas o negócio pelo menos se paga.”
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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.
Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.
No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.
Fechamento
Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.
Niterói
O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.
No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.
Mato Grande
Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.
Casas de bombas
A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.
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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.
Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.
O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.
“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.
Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.
A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.
“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.
O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.
“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.
Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.
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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.
Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.
Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.
Resgate
Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.
No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade. A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.
Prazeres
Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.
“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.
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